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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Bêbedo

Quando estava grávida da Ana, minha irmã me deu de presente um livro bem legal, chamado “como não ser uma mãe perfeita” (http://publifolha.folha.com.br/catalogo/livros/135749/). Em um dos trechos, a autora escreve que a experiência que ela teve com bêbados em geral foi extremamente útil para a sua vida como mãe. Na época não entendi muito bem, mas hoje não só entendo perfeitamente como concordo plenamente! Quem nunca esteve com um sujeito ébrio, daqueles que morre de rir em um segundo e em seguida está chorando desesperadamente? Que diz que “te considera pra caralho” e sem mais nem menos arruma a maior briga contigo? Que canta sozinho, que fala sozinho, que grita, que cai no meio da rua e, ao final, chora um choro sentido, de muito arrependimento?
Gente, crianças são i-guai-zi-nhas!!!! Não são???
Domingo, as meninas acordaram cedo e levamos um pouquinho pra nossa cama, pra descansar mais um pouco. A Carol abriu a persiana e ficou gritando insistentemente, e com muita animação “Bau-au, bau-au”! Obviamente que não tinha cachorro nenhum ali, mas isso era um detalhe. Acho que só não acordou o vizinho porque ele sai cedo pra igreja (e geralmente me acorda). Saímos pra tomar café e ela continuou avisando que tinha um bau-au durante todo o percurso, e só nós não estávamos vendo. Na volta, enquanto conversávamos com a Ana sobre as letras e as palavras ela cantava, bem alto, alguma canção imaginária. À noite fomos a uma festinha, e um dos coleguinhas da Ana pediu pizza. A mãe pegou a pizza e cortou. O menino gritou “EU QUERO PIZZA!” e a mãe disse “olha, está aqui a pizza”. “Você cortou, não era pra cortar, eu corto, eu quero pizza!”. O mundo praticamente havia acabado para ele, que chorava e esperneava. Pra mãe já havia acabado, com certeza absoluta. Fui fazer alguma coisa, e quando eu voltei ele estava tranquilamente comendo a pizza. Pouco depois a Carol ficou feliz demais, Já eram 19hs, ela pouco tinha dormido durante o dia, e eu sabia que aquele arroubo de felicidade só poderia estar sucedendo um arroubo de absoluta irritação e tristeza. E é claro que não deu outra. Pouco depois estávamos nós voltando pra casa. A Carol entrou no carro e dormiu. A Ana disse “eu não estou cansada, eu quero ver filme!”, e no segundo seguinte desmaiou.
É, eu deveria ter convivido mais com bêbados.
Má.

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