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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Sobre a ultrassonografia

As mais radicalmente puristas e naturebas que me perdoem, mas eu não sei viver sem uma ultrassonografia!
Eu sei que muita gente é contra, acha que pode ter efeitos nocivos que ainda desconhecemos, mas, depois de 4 abortos, eu não sei viver sem ver meu filhote pelo menos uma vez por mês!
Meu ginecologista tem um aparelho de ultrassom no consultório e, a cada consulta, posso ver ali o meu pequeno, contar os dedinhos, ouvir o tum tum tum do coraçãozinho dele. É a melhor sensação DO MUNDO!
Aí fico pensando como era possível uma pessoa engravidar e não ver o filho até o parto!!! Veja bem, eu morreria de ansiedade. Seria tanta adrenalina que eu certamente faria mal ao meu pequeno.
Então, amigas que acreditam que nào se deve fazer ultras, sinto muito, mas eu AMOOOOO ver meu pequeno... se pudesse faria uma ultra por semana, no dia do semanersário do Lucas... com direito a bolinho e vela!

(ps - esse post foi motivado pela consulta de hoje, onde vi meu lindinho que se espreguiçou, colocou a mão atrás da cabeça, relaxou para trás, esticou o pé, empurrou a placenta para lá, virou pro lado e dormiu!)

domingo, 25 de setembro de 2011

Preparando para o Futuro

Na TV rolava um show qualquer, de uma bandareca qualquer do Rock In Rio. Eu, pensando com a minha cabeça agora comodista, que se recusa a aceitar ir para um programinha de índio desses, olho para a Alice e digo: "Filha, promete que você só vai curtir show de rock com 20 anos?"
Alice, muito ligada que é, olha para a TV e diz: "prometo, eu não gosto dessa música, é ruim!"
Eu a abraço e digo: "Que bom, filha... que bom que você tem algum gosto para música!"
Nisso, minha mãe, revoltada, exclama ao fundo: "Não, Alice, você pode ir com a mesma idade que a tua mãe foi Bem cedo!"
Alice, meio sussurando, me pergunta, com ar maroto: "Mãe, e você gostava?"
Algo me diz que ela só fez a promessa de não ir a shows para me agradar... socorro... não quero que minha filha vire adolescente!

sábado, 24 de setembro de 2011

Realidade

Alice entra na loja de brinquedos e percebe que todos os brinquedos que ela viu nos comerciais e colocou na lista dela estão nas prateleiras. Sai da loja e exclama: 'Mãe, viu só, os brinquedos da televisão são reais!!!!"

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Os sons que o bebê escuta

Quando Alice nasceu, todo mundo me dizia que bebês pequenos não acordavam com barulhos, mesmo os altos. Eu não acreditava. Só fui mesmo acreditar quando, no primeiro carnaval depois da Alice nascer, ela, que era ruim de cama, dormiu sonoramente enquanto uma banda de carnaval, com direito a carro de som no volume máximo, passava bem debaixo da minha janela. Mas, ao longo dos primeiros 11 meses da vidinha dela descobri alguns sons que a acordavam.
1) Barulho de shampoo encostando no meu couro cabeludo
2) Barulho da minha mastigação na sala de jantar
3) Barulho do meu bumbum encostando no tampo do vaso
4) Barulho da minha cabeça encostando no travesseiro
5) Barulho dos meus olhos fechando no final de um longo dia
Fora esses, nenhum outro!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Da gravidez, do Aborto Retido e Da maternidade

Por algum motivo, desde que descobri que abortos espontâneos existiam, eu tinha medo de um dia sofrer um aborto. Minha mãe tinha sofrido um entre meu irmão e eu e, por algum motivo eu lembro de saber disso razoavelmente cedo. E, por algum motivo eu também lembro de temer que o mesmo acontecesse um dia comigo.
O tempo passou, o desejo de ser mãe veio e foi. Já tinha decidido que eu seria uma daquelas pessoas que viveria bem sem procriar. Tinha passado por um relacionamento mal sucedido de alguns anos que tinha me rendido a certeza de que não existia ninguém digno de me tirar da solteirisse que eu tanto estava curtindo, nem de ser pai dos meus filhos. Nenhuma arrogância nisso, apenas uma constatação da decepção inerente a todos os relacionamentos.
E aí, como a vida adora nos fazer surpresas, acabei conhecendo uma pessoa ultra especial que acabou me levando a acreditar que nem todos os homens do mundo eram absolutos canalhas. Passado um tempo e uma enorme perda na família, algumas conversas sobre a continuidade da vida e o significado de passar por aqui sem deixar rastros, acabamos decidindo que era hora de reproduzir.
Imediatamente partimos para as tentativas. Mandamos a pílula para o espaço e calculamos que, dada a idade de ambos (eu com 34, ele com 43), provavelmente demoraríamos um pouco para conseguir o feito. No mês seguinte fiz meu primeiro pipi no palitinho e recebi minhas premiadas listrinhas! Nós nem podíamos acreditar... seríamos pais!
A felicidade durou pouco. Já na primeira ultra, com 7 semanas, o coração estava MUITO discreto... e o outro saco gestacional estava vazio (sim, porque a mira foi tão boa que a gestação era de gêmeos!). Duas semanas mais tarde o Bhgc começou a cair e lá fui eu para a primeira AMIU.
Choro, sofrimento, e uma única certeza: tentaríamos de novo, e LOGO!
Com o aval do meu GO, um ciclo mais tarde lá fomos nós tentar de novo. E dois ciclos mais tarde (e uns 25 pipis no palitinho mais tarde, porque eu fazia o teste caseiro quase que diariamente só de ansiedade!) minhas listrinhas voltaram a aparecer no palitinho!
Dessa vez, ainda que o trauma e o medo estivessem presentes, eu tinha a certeza de que ia dar tudo certo, eu acreditava que dois raios nunca cairiam na mesma árvore. E, quando, na primeira ultra, com 7 semanas, vi aquele coraçãozinho disparado, tive a certeza de que tudo estava certo.
Gravidez perfeita, parto assustado, mas também muito lindo, filha maravihosa. E a noção de que ela seria filha única, afinal, filho é um briquedo caro a beça.
Mas, tudo muda, sempre, e, 2 anos e meio mais tarde começamos a sentir saudades de ter um bebê em casa. Dúvidas foram colocadas de lado quando tivemos a notícia de que meu marido estava com um problema de saúde grave. Tínhamos a certeza de que não queríamos Alice como filha única. E, contentes, colocamos de lado os bloqueios e partimos para a fabricação do nosso segundinho!
Um mês mais tarde lá estavam minhas listrinhas! Alegria absoluta, felicidade sem limites... na primeira ultra, com 6 semanas, nada de coração batendo. Choros, lágrimas, abatimento geral, teorias variadas sobre a causa, mais um AMIU. Nova tentativa. 3 meses após o AMIU, nova gravidez, novamente gemelar. Novamente, na hora da primeira ultra, dessa vez já morrendo de medo, dois corações muito fraquinhos. Dessa vez, como acabamos tendo que esperar um pouco mais para a constatação do aborto (os embriões continuaram com discretos batimentos por mais 2 ou 3 semanas), acabei tendo aborto completo, sem necessidade de inervenções. Mas, sou teimosa, não desisto fácil. Dois meses mais tarde eu já estava grávida de novo, e EM PÂNICO. Não deu outra, nada de batimentos. E lá fui eu, para mais uma AMIU.
Dessa vez eu fui derrubada. Conclui que não queria mais tentar para evitar sofrer. Todos os exames, até agora, davam resultados normais, absolutamente normais. Fomos a uma geneticista e fizemos todos os exames genéticos (dessa vez o material do aborto também foi para análise genética). Ao final tudo o que sabíamos é que eu era uma mulher, ele era um homem, e nosso bebê era absolutamente saudável no que diz respeito à genética. O que indicava que todos os outros também eram.
MAS, num exame de sangue de rotina (que eu já tinha feito umas 10 vezes desde o meu primeiro aborto antes da gravidez da Alice), finalmente apareceu a luz no fim do túnel: positivo para Anticoagulante Lúpico!
Lá fomos nós para o reumatologista que nos passou o protocolo completo de como deveríamos proceder tão logo tivéssemos nosso positivo em mãos: AAS infantil + 2 injeções de anticoagulante diariamente. E, partimos para o que considerávamos a nossa última tentativa.
Logicamente, e como era de se esperar em casa de coelho, um mês depois da nossa consulta com o reumato, eu tive a resposta do positivo. Imediatamente comecei com as injeções. E, com 6 semanas fomos premiados com o inigualável som do tumtumtum que todos os pais tanto amam ouvir!
Não tenho a menor idéia porque desatei a contar essa história, nem onde eu pretendia chegar, mas acho que era mesmo um desabafo. Ou talvez uma necessidade de suprir uma lacuna, a do aborto e da esperança que existe depois dele.
Quando decidimos procriar, ninguém nos diz que existe a possibilidade de termos um aborto. Ninguém nos conta que existe a possibilidade de termos abortos múltiplos. Simplesmente nos dizem, e cobram, a reprodução. Depois do meu primeiro aborto acabei encontrando apoio onde eu menos esperava, num grupo do orkut formado por mulheres que também tinham passado por isso. Esse grupo acabou, depois de muita filtragem, se tornando um grupo que hoje, quase 5 anos mais tarde, ainda é amigo. Todas abortaram, algumas 1 vez, outras mais vezes, todas tiveram filhos depois do aborto. Todas me ajudaram a segurar a minha barra quando vieram os 3 abortos do último ano. E, sem o apoio delas, e do meu GO e do meu reumato, eu certamente não teria tido a coragem de tentar essa última vez e, talvez, eu vivesse minha vida sem conhecer meu menininho.
Então, acho que é por isso que acabei decidindo abrir meu coração aqui, para que outras que venham a passar por abortos saibam que a luz no fim do túnel está sempre acesa e que se o desejo de ter um filho é real, não vale a pena sofrer sozinha, nem desistir!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Das 18.30h as 6.30h

Minha filha vai dormir entre 18.30h e 19h, todos os dias nos quais ela tem aula no dia seguinte. Via de regra dorme por 12h ininterruptas e, quando muito, acorda uma vez, voltando a dormir rapidamente. A aula dela começa as 7.30h, portanto ela precisa acordar as 6.30h.
As pessoas ficam chocadas. Me perguntam como eu consigo fazer isso. E eu sempre respondo que é a coisa mais simples do mundo: ROTINA.
Na minha casa a coisa é bem simples: não existe soneca diurna, janta as 17.30h. Se não tiver tomado banho ainda, toma. As 18.30h está deitada na cama, sem negociações. Tem direito a duas histórias curtas ou uma longa. Apago a luz e, depois disso canto (coitada dela!rs) 2 músicas que ela gosta e silêncio absoluto. Geralmente não preciso mais do que 10 minutos para ela estar dormindo profundamente.
Lógico que tem vezes que ela resiste um pouco mais, que tenta atrasar o relógio da casa, afinal, é criança e criança ADORA ficar acordada "só mais um pouquinho". Mas, como dizem por aí, "a regra é clara". Se tem escola no dia seguinte, até as 6.30h tem que estar na cama pronta para dormir.
E assim, nos finais de semana, ela se auto regula. Lógico que vai dormir mais tarde, mas, raras vezes depois das 8 da noite.
Meus motivos são simples: quero ter vida adulta com meu marido, criança precisa dormir para crescer saudável!
Lógico que isso não passa sem críticas, afinal, ser mãe é ser criticada. Algumas pessoas são rápidas em dizer que eu sou rígida demais, por quase não abrir excessões. Para a Alice não existem festinhas de aniversário depois das 17h em dia de semana, não existe o só mais um pouquinho de televisão, não existe o "só hoje, manhê". Na minha cabeça, férias são para isso, para quebrar as regras, para dormir tarde e acordar tarde. Mas, durante o ano letivo, hora é hora, regra é regra.
Mas, o fato é que passamos, eu e Alice, cerca de 28 meses sem dormir por mais de 4h ininterruptas, e, hoje, dormimos longas horas e, nos finais de semana, ainda acordamos e ficamos rolando na cama por um tempo, vendo filminho no DVD, fazendo cafuné. batendo papo furado. O que era uma tortura se tornou um prazer.
Antigamente, quando chegava a hora de ir para a cama, eu já ficava tensa, nervosa. Hoje, eu fico louca para dar 18.30h, para deitarmos juntas, abraçadinhas, e ler histórias lindas juntas.
Alice, até os 28 meses, era uma criança que se irritava fácil. Hoje é uma criança de muitos sorrisos e poucas irritações.
O esforço diário de cumprir uma rotina rígida se paga quando vejo como, hoje, as nossas vidas são mais leves e estamos todos descansados.
E, agora, com a chegada do Lucas, Alice já anuncia que: "Quando eu for de 4 anos, não vou mais precisar que você fique deitada comigo. Já vou ser mocinha e vou saber dormir sozinha. Você vai precisar ficar com o Lucas, porque ele vai ser bebezinho!". E assim, seja. No ritmo dela e na torcida para que o Lucas venha com o dormidódromo funcionando direitinho porque eu, sinceramente, não sei se aguento o tranco de mais 28 meses sem dormir!

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

As listas de compras

Alice vê pouca TV. Como não tenho NET em casa, só vê mesmo quando está na casa dos avós. Mas, nem por isso está isenta do tão famoso "eu quero isso"...
Quando senta na frente da TV sai pedindo tudo que vê, inclusive coisas como Pediasure (oi?). Sempre temos a mesma resposta: "coloque na lista e no final do ano escolheremos um para o seu aniversário, e outro para o papai noel trazer." E assim, ela fica contente e satisfeita.
Mas, com o advento irmãozinho, essa lista tornou-se solidária. Se antes ela se limitava a querer apenas brinquedos adaptados à sua idade, agora quer também os de bebês, que, segundo ela, é para o irmãozinho dela.
Pelo menos sei que ela pensa no irmão...

Definições por Alice

Alice: "Aí a triangulinha se apaixonou pelo triângulo..."
Avó: "O que é apaixonado?"
Alice: "É encantado"
Avó: "E o que é encantado?"
Alice: "Ai, vó, você só quer saber coisa de namoro!"
Avó: "Mas, é que eu não sei o que é!"
Ailce: "Quem é o teu marido?"
Avó: "O vovô..."
Alice: "Então, você é a apaixonada dele..."

E tenho dito!

domingo, 11 de setembro de 2011

Um pouco de Cultura e de Solidariedade

A TUCCA, Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (), tem um projeto de música muito legal. São 4 DVDs com apresentações musicais feitas no Teatro São Paulo. O projeto aproxima as crianças da música erudita com muita leveza e de forma super divertida. Alice ganhou 2 dos DVDs, esse:
e esse:
Ela ficou hipnotizada assistindo. Me deu vontade de sair correndo e comprar os outros dois! E, não bastasse o projeto ajudar a criança a ter um primeiro contato delicioso com a música clássica, a renda da venda dos DVDs vai toda para a TUCCA, e para as crianças que ela atende. Recomendo!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Dia de pai e filha

Hoje precisei trabalhar num bazar o dia inteiro. Normalmente eu deixaria a Alice com a minha mãe, para meu marido poder dormir um pouco mais no feriado, mas minha mãe está viajando. Precisei acionar papai para dedicar o dia para a Alice.
Ela não está habituada a ficar sem me ver um dia inteiro. Geralmente passamos nossos dias juntas e, mesmo quando ela dorme na avó, só saio de lá depois do jantar e chego de volta até a hora do almoço...
Como achei que ela pudesse estranhar, preparei bem ela dizendo que ela passaria o dia com o pai e precisaria tomar conta dele.
O dia começou cedo. As 6.30h ela enfiou a carinha na fresta da porta do meu quarto e perguntou: "Mãe, já tá de dia? Já é o dia especial?"
Coloquei ela na cama e consegui enganar ela até 7.30h com um filminho no DVD portátil. Levantei e deixei ela ali enquanto me arrumava. Logo antes de sair, falei para ela que podia acordar o pai. Ela rapidamente o fez. Depois, de um salto, pulou para o chão e confessou para a pastora alemã: "Luna, hoje é um dia muito especial, vou ficar o dia INTEIRO só com o meu pai e minha mãe vai tabralha!" (agora que aprendeu a falar o R, deu de colocar o dito nos lugares mais improváveis da palavra!).
Pediu para vestir sua roupa de Aurora para ir até a padaria comprar pão com o pai que, segundo suas instruções, deveria ir vestindo a fantasia de Mr. Maker que eu tinha feito para o animador da sua festa de aniversário de 3 anos. O pai, que não é bobo, logicamente obedeceu!


Fui embora e deixei meus dois amores para se virar sozinhos!
O dia deles transcorreu como ela queria... pintou com pincéis, com as mãos, com os pés... pintou papel, a camisa do pai (a que ele estava vestindo!), o bauzinho que tinha ganho de lembrancinha na festa... lavou-se na bica do pátio e aproveitou para lavar o carro, coisa que ela mais adora fazer. Depois tomou um super banho 'lava nada' com o pai. Foram comer crepes de chocolate no shopping, voltaram e assistiram Bambi juntos. Depois brincaram de pique-pega no pátio (nessa altura marido, que não está acostumado com um dia inteiro de molecota de 3 anos de idade) e, finalmente, subiram para casa para brincar de desenhar até eu chegar.


Foi maravilhoso chegar em casa e encontrar, além de um quarto revirado por um pequeno tufão chamado Alice, uma criança contente e satisfeita e um pai feliz e orgulhoso (e com o ego do tamanho de um mamute!rs). Acho que precisarei me ausentar com mais freqüência!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Filosofices

Alice anda filósofa. Hoje a sua cama foi levada embora, para dar espaço para a nova cama que chega na semana que vem. com isso, o colchão está no chão. Ao deitar teve duas grandes "filosofices": 1) "mamãe, eu vou dormir numa cama sem cama!" 2) "Sabe pra que serve o COL? Para botar no chão! É o Colchão!" Ai ai ai... tem como ficar séria? ps - hoje recebi um comentário anônimo no limite do cretino! Entendam que publico TODOS os comentários assinados, mesmo os que me criticam. Comentários anônimos, no entanto, só são publicados quando não são negativos. Se você quiser me criticar, por favor, tenha a hombridade de dar sua cara a tapas, combinado? Não dialogo com covardes!