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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O que o seu filho pensa de você?

Eu adoraria saber o que os meus filhos diriam sobre mim...
A New Perspective For Moms from Elevation Church on Vimeo.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

"Que essa cadeira nunca entre em obra" no Paratodos

Hoje é dia de vestir a orgulhosa camisa da luta pela inclusão e ser a autora convidada do Paratodos! Visitem!!!!
"Que essa cadeira nunca entre em obra" - Paratodos

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Novo Blog no Pedaço

Tem novo blog no pedaço, e esse é do tipo que merece ser divulgado!
ParaTodos: Por um mundo onde ninguém fica para trás


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Já é natal no mundo de Alice

No banho, conversando com Alice sobre as festividades que estão chegando. Falei para ela que ela tinha que pensar nos presentes que ia pedir, de aniversário e natal, para os avós. Lembrei que deveriam ser presentes que não fossem caros demais.
"Mãe, mas brinquedo é sempre caro, né?"
"Alguns são sim, filha. Mas tem muito brinquedo legal que não é tão caro assim e que dá pra pedir. E, dá pra aproveitar que seu aniversário é quase junto do natal e pedir, ao invés de 2 presentes baratinhos, um presente mais caro. É uma idéia bem bacana também. E nem precisa ser brinquedo."
"Ahhh, mãe, mas não dá, porque o presente de natal não é presente caro. Nem precisava dar presente. Porque natal não é sobre presente. É para comemorar o papai noel. Aí a gente só dá umas lembrancinhas, pra dizer que gostamos das pessoas, e não pra dar presente caro! Além do mais, eu já tenho tanto brinquedo, né?"

Pronto, a mãe já pode morrer feliz, né?

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Alicices: O Braille

Visitando o museu, vejo uma plaquinha explicativa em Braille. Chamo Alice e mostro a ela a plaqunha. Ela, atenta, passa o dedo e acha incrível que alguém consiga ler aquilo com os dedos. Explico a ela que é um código, e que os cegos aprendem a sentir o relevo das bolinhas e formar palavras com aqueles códigos.
"Mas, mãe, olha só, se a pessoa é cega, como é que ela vai saber que tem uma plaquinha nesse lugar aqui para ela passar o dedo?"
E assim eu fui obrigada a confessar a ela que a lógico dela era irrefutável e que eu realmente não sabia como sabiam!

terça-feira, 1 de outubro de 2013

"Mesa Feia": Erros na educação

Abri a porta de casa e me coloquei de pé ao lado da porta, para fechar a porta depois que as crianças entrassem. Eu tinha uma bandeja nas mãos. Alice, distraída, acerta a testa na quina da bandeja. Eu a olho e pergunto se está tudo bem, já meio que pedindo desculpas por ela ter batido a cabeça na bandeja.
"Foi sua culpa! Você ficou parada e eu bati a cabeça na bandeja! Você é feia, não quero mais ser sua amiga!" berrou a baixinha aos prantos.
Por alguns segundos fiquei atônita, sem saber o que dizer. Fiquei chocada com a atitude dela, quando eu estava justamente pedindo desculpas por... peraí, porque mesmo? Ahhh... sim, POR ESTAR PARADA!
Aí é que me dei conta do absurdo que estava acontecendo. Do absurdo não, da sequência de absurdos!
Primeiro eu pedir desculpas por estar parada. Mas, ok, quando, sem querer, machucamos alguém pedimos desculpas, né?
Depois pela explosão dela e da rapidez em me acusar e agredir por tê-la machucado quando, tudo o que fiz, foi estar ali, parada.
Respirei fundo e preparei a bronca, eu estava, além de horrorizada com aquilo, magoada pelo fato de que minha filha pudesse acreditar que eu a machucaria de propósito.
Coloquei ela sentada e dei a primeira bronca, por ter me agredido verbalmente, sem demonstrar nenhum respeito. E não digo respeito pelo fato de eu ser mãe, ou superior ou nada disso. Respeito pelo fato de que eu estava pedindo desculpas mas, mesmo assim, ela preferiu me agredir verbalmente.
Ainda assim ela estava furiosa. Acreditava, realmente, que era minha culpa.
Mandei-a pensar sobre porque eu estava tão chateada com ela e porque eu merecia um pedido de desculpas.
Na verdade eu estava tentando entender de onde tinha vindo aquela raiva toda.
Depois de alguns minutos sentada, pensando, ela me pediu desculpas por ter me agredido, mesmo eu tendo pedido desculpas, mas fechou o pedido de desculpas com "Mas, você me machucou, você tinha que ter andado e saído da frente. É TUA culpa se eu me machuquei!"
E me veio um estalo.
"Alice, se você estivesse andando e esbarrasse numa mesa, de quem era a culpa? Da mesa ou tua?" Perguntei, num tom muito sério.
"Da mesa... a mesa é feia porque ela me machucou!" Respondeu Alice, ainda muito brava.
"Mas, Alice, a mesa não pode ter te machucado porque ela não se mexe, ela não faz nada, nada mesmo... ela é um móvel, não tem vida. Se ela não mexe, não pode machucar você... você é quem se machucou, né?" Questionei.
Alice parou e pensou. Ficou ali, de bico, por uns bons 5 minutos.
"Alice," cutuquei "Você realmente acha que a mesa tem culpa se você se machuca nela?"
"Não... mas ela é uma mesa... você não é uma mesa... você tinha que ter saído da minha frente né?"
"Alice, COMO eu poderia adivinhar que você ia esbarrar em mim se eu estava ali, parada, sem me mexer, igualzinho à mesa? Você tem que entender que eu não estava me mexendo, estava PARADA. Antes mesmo de você começar a andar para entrar em casa, eu estava parada! Eu estava igualzinha a uma mesa. Não me mexia. Como eu poderia ter culpa por ter te machucado se eu estava parada?"
Ela só bufou, não respondeu.
"Alice, eu sei que tem gente que, sempre que você esbarra em alguma coisa, ou tropeça ou se machuca, olha pra mesa, pro chão ou para seja o que for que estava no caminho e causou o machucado, e diz 'mesa feia, chão feio, coisa feia, você machucou a Alice'. Mas, entenda, essas pessoas estão erradas! Coisas paradas não podem ser culpadas por você esbarrar, tropeçar ou cair. Só você é responsável por isso, só você! Entenda isso e aí nós duas vamos poder conversar de novo!"
Saí dali e deixei ela sentada, pensando, em silêncio.
Pouco depois ela me chamou.
"Mãe, olha só, é engraçado falar que uma mesa é feia porque eu esbarrei nela... é muito engraçado, porque mesa é coisa, né?"
"Alice, então, de quem foi a culpa do nosso esbarrão?"
"Foi minha, mãe... eu achei que você ia andar e aí esbarrei em você."
"Então, filha, desculpas por eu, sem querer machucado você, ok? E, parabéns, você acabou de virar um pouco mais mocinha por entender que você é responsável pelas coisas que faz e não pode botar a culpa nos outros."

E, a partir de agora, fica terminantemente proibido que qualquer pessoa diga "Mesa feia, machucou a Alice" para a minha filha... aliás, já pode aproveitar essa mesma regra para o meu filho. Tropeçou, caiu, a frase é "tá tudo bem? o que houve, não viu a pedra no caminho?"