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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Mãe artista

- Mããããe desenha uma FACA.
- Desenhar o quê Sophia?
- Uma VACA.
- Filha, uma VACA ou uma FACA?
- Uma FOCA!

- Foca?! Decide o que vc quer. Eu não sei desenhar foca não.
- Hummmm...(dedinho na boca) Uma VACA.

- tsc...tsc...*desenhando exercitando toda a minha capacidade artística desenhando a vaca*
- Mããããe....isso é um PORCO?

-Tá tão feio assim?
- Tá um porquinho bonitinhozinho cute-cute.

-É filha....vc desenha melhor que a mamãe....vai desenhar vai....kkk

Afff....
XOXO

terça-feira, 27 de abril de 2010

O cheiro do Hospital Brasília

O cheiro do Hospital Brasília é como o de todos os hospitais: desinfetante misturado com comida ruim e um pouco de anti-séptico. Tem também cheiro de emergência lotada, um pouco de tristeza e bastante nervosismo.
Mas o cheiro do Hospital Brasília é completamente diferente pra mim. É um cheirinho do curso de gestantes, um cheiro de ansiedade, de novidade, de expectativa e de muita felicidade. Aquele cheirinho de bebê recém-nascido, que só quem é mãe sabe como é... Aquele cheiro do cabelinho grudado, aquele cheiro da craquinha na pele, aquele cheiro dos olhinhos remelentos... Aquele cheiro, enfim, da maior mudança que pode acontecer na sua vida.
Estive lá semana passada fazendo raio-x e, antes que alguém pergunte, não, não quero mais um, mas como é bom sentir aquele cheirinho e ter a lembrança tão viva de cada uma destas emoções!
Má.

domingo, 25 de abril de 2010

A Vacina e a Mentira

Fui vacinar a Alice. Já saindo de casa eu falei para ela que iríamos tomar vacina, todos nós juntos para evitar que ficássemos doentes. Ela aceitou como se nada fosse.
Quando chegamos no posto ela ficou apreensiva com o som do choro das outras crianças. Eu tentei tranquilizá-la dizendo que era só uma mordidinha de formiguinha, mas que depois passava. Ela continuou apreensiva, mas não reagiu de forma negativa. Uma menininha atrás de nós chorava no colo da mãe que, para tranquilizá-la, disse que não doeria nada, e, de quebra, completou: "olha só, ninguém da fila está chorando!"
A Alice olhou para a mulher com uma cara desconfiada e me olhou de soslaio. Depois falou, muito séria, que não queria vacina nenhuma. Expliquei novamente que, infelizmente, não tínhamos opção. Que ia doer só um pouco, rapidinho, depois passaria e ficaríamos protegidos de um "dodói" ruim. Mas ela não estava convencida.
Entramos na área de vacinação. Alice se agarrou no meu pescoço. A mulher com sua filha entrou também. Lá dentro um número de crianças chorando. A mulher volta a dizer para a filha que não ia doer e que as crianças estavam chorando porque estavam assustadas.
Nesse ponto eu já estava irritadíssima com a dita cuja e quase pedindo ao enfermeiro que, por favor, tirasse aquela sujeita de perto da minha filha.
Gente... como assim, não vai doer???? Todo mundo sabe que vacina dói sim... dói pra caramba. Como é que alguém fica dizendo para a filha que não vai doer? É para ensinar a filha que não pode confiar nela?
Chegou a hora da vacina. A Alice chorou, lógico! Eu abracei ela e falei baixinho: "Eu sei, filha, dói, mas vai passar, eu prometo que vai passar!" Ela ainda chorou um pouco, mas um choro contido, afogado no meu ombro, em tom de "doeu, mas vai passar".
A guria abriu um berreiro sem nome. A mãe repetiu as minhas palavras para a filha. A guria pareceu ignorar a mãe e os berros não cessavam, lógico. Se a mãe mentiu dizendo que não ia doer, ela deveria estar com a certeza de que agora mentia também, não iria passar nunca!
E eu tive a certeza de que fiz a coisa certa ao confirmar para a minha filha que iria doer sim, e não tentar, falsamente, confortá-la com mentiras...

sábado, 24 de abril de 2010

Vermelho - tem que parar!!!

A Giullia há algum tempo pedia sempre para irmos logo quando parávamos no semáforo, então expliquei que existe uma regrinha para andarmos nas ruas: respeitar o semáforo. Ela aprendeu imediatamente e ela virou co-piloto, fica sempre falando se está verde e podemos passar. Se está vermelho, decreta logo: "tem que paraaar, tá 'vemelhoooo'!!"
E tem sido uma briga quando, de noite, passamos sem parar por algum local perigoso. É super engraçado, claro! Explicamos que estava muito escuro, tinha gente estranha por ali, mas ela ficou muito brava de qualquer maneira porque o pai fez "coisa errada".

Mas o que mais me chamou a atenção foi repensar alguns valores baseado nisso... Ensinamos as regras e depois nós mesmos nos contradizemos, fazendo diferente! Tá certo, assim os filhos aprendem que as verdades são relativas, que devemos ser flexíveis. Mas também aprendem a dar desculpas para seus comportamentos errados...

É, quem disse que ser humano é simples?? E ser mãe, menos ainda!!! Rsrs.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Em homenagem aos 50 anos de Brasília

-Olha, mamãe, os dois fandangos!


Má.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Fala a boca!

Ok, primeiramente eu acho que falar " Cala a boca" não é um palavão, ou alguma coisa de outro mundo....só acho feio uma criança de menos de 4 anos falando por aí....enfim, é o tipo de coisa que até em alguns desenhos às vezes se escuta falar.
A versão da Sophia, é o tal do "Fala a boca" (tão irritante quanto o cala a boca)...
Tentando fazer ela entender que não é legal ficar falando assim ela vira pra mim e diz:
-Mas mãe...a boca fala...fala a boca! (com direito a dedinho na boca fazendo sinal da boca falando)

É claro que ela não faz idéia do que significa Cala a boca, até porque pelo jeito ela nem entendeu o que é isso. Já que quando ela quer que a gente fale alguma coisa ela solta a versão dela...
Mas é tão, mas tão irritante......affff...
Pior é quando ela fala isso perto de outras pessoas e eu tenho que ficar explicando, ou perto de outra criança que chega pra mim ainda pra falar que ela disse coisa feia....
Olha, não é mole não.
Não sei se deixo ou não de castigo quando ela fala assim, pq afinal de contas, hellooooo a boca fala mesmo, não sei se vale a pena ficar repreendendo e reforçando que não quero que ela fale, porque pelo o que eu me lembro de quando era criança....era mais legal fazer o que não queriam que a gente fizesse.
Tô tentando ignorar, mas não sei também se é o melhor a fazer!
É Super Nanny, se vira com essa agora nega! kkk
XOXO

terça-feira, 20 de abril de 2010

A escolha do time

Eu detesto futebol! Acho melhor esclarecer isso desde já! Não torço por time nenhum, não assisto nenhum campeonato, não curto copa do mundo. Sou um ET e não tenho vergonha de admitir isso! E, se quiser me ver de mal humor, é só me dizer que tem final de campeonato carioca. Já antecipo os baderneiros, os fogos no meio da madrugada, os bêbados no trânsito. Detesto mesmo, no melhor estilo odeio.com.br!
Mas, moro no país do futebol, na capital mundial da bola em campo. Alias, moro bem pertinho do time com o maior número de torcedores do Brasil, e quicá do mundo. Por isso, é invevitável que o talzinho faça parte do meu cotidiano. Nessa cidade, quem não torce por algum time, é considerado anti-social.
Com isso, minha filhota, que eu imaginava imune a torcida organizada, acabou exposta a esse negócio de sentar na frente da TV para ver um monte de marmanjo correndo atrás de uma bola. Com um avô flamenguista viciado, e um pai botafoguense (ainda que só em dia de final ele queira ver jogos), ela foi contagiada pela noção de ser torcedora.
Não sei por que cargas d'água, decidiu ser flamenguista. Acho que foi só para contrariar o pai, já que cada vez que ela grita MENGO ele faz caretas engraçadas e se contorce todo. Atualmente, ela já solta seu grito de guerra completo "MENGÃO DO MEU COIAÇÃO", olhando para ele com uma cara de malandra que mesmo o mais sério torcedor do vasco cairia na gargalhada.
Para completar, ela adora o hino do Flamengo e o canta à perfeição sempre que vê alguma coisa que alude ao time.
O avô, percebendo que poderia ganhar uma forte aliada em sua torcida, rapidamente comprou para ela uma camisa oficial do time. Ela, lógico, amou e quer vestir a tal blusa sempre que a vê!
A coisa complicou mesmo neste domingo, quando o Flamengo enfrentou o Botafogo na final do campeonato.
Fomos convidados por um amigo do meu marido para assistir ao jogo na casa dele. Seria uma congregação de botafoguenses (e uma idiota chamada Mariana no meio!) fazendo uma torcida unida para mandar uma corrente de pensamento positivo para os jogadores. Tudo lindo, não fosse um detalhe: quando comentamos com a Alice que iríamos ver o jogo na casa do Tio C, ela, quase que imediatamente, desatou a cantar o hino do seu "Mengão do Coiação" e exigiu vestir sua amada camiseta rubro-negra.
Chegando na casa do Tio C, a primeira coisa que fez foi gritar, a plenos pulmões, repetidamente: "MENGOOOOOOOOOO! MENGOOOOO!"
Não houve argumento, não houve suborno (tentaram suborná-la com um chocolate, o que a fez questionar, por alguns segundos, a sua fidelidade ao timão), não houve meios de convencê-la a torcer pelo Botafogo!
Ofereceram a ela uma camisa oficial alvi-negra. Com desdem ela recusou: "Mas, eu já tenho a camisa do MENGOOOOOO!" E, durante todo o jogo, ela cantou e dançou e torceu fervorosamente pelo seu mengão! Ainda que, nem por um minuto, tenha percebido que a torcida era para algo que ocorria na TV. Acredito que ela achava que estava num campeonato de quem torce mais e não na torcida por uma bola acertando uma tela no fundo de uma trave!
Mas, quis o destino que o Flamengo encarasse a derrota. Os botafoguenses gritavam de alegria: "FOGOOOOOOO!". E ela, tão feliz quanto eles, gritava junto: "MENGOOOOOOOO!"
Voltou para casa contente, cantarolando o seu hino favorito: "uma vez famengu, sempi famengu, famengu sempe hei de sê!..."
O pai, rindo, perguntou se ela não tinha percebido que o Botafogo tinha ganho o jogo e que ela deveria estar cantando o hino do Botafogo (que ela conhece, mas simplesmente se recusa a cantar!). Ela, marotamente, olha para ele e canta baixinho: "Uma vez Botafogo, sempi botafogo, botafogo eu sempi hei de sê." Depois, torce o nariz e diz: "Não, papai, tá errado! É (e aqui ela começa a cantar com muita animação e bem alto): UMA VEZ FAMENGU! SEMPI FAMENGU!..."
E, como sempre, cai na gargalhada com as caretas e contorções do pai!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Comparações (2)

Amei o post anterior, da Ka, e coincidiu dela falar exatamente sobre algo que me incomoda, essas tais comparações. E vou além, não é só comparar, mas viver querendo que o filho faça mil coisas, que saiba isso, que saiba aquilo... Gente, como isso cansa! Na idade da Ana, a febre é saber quem já lê e escreve; na idade da Carol, quem reconhece mais cores, letras, números...
AAAAAAAAAAAAAAAARRRRRRRRRRGGGGGGGGGGGGHHHHHHHHHH!!! Que inferno!
Gente, com 10 anos todos os coleguinhas das meninas estarão sabendo ler, escrever, reconhecer letras e formas, e não fará a menor diferença quem aprendeu mais cedo ou mais tarde.
E o ponto fundamental: será que as crianças precisam saber tantas coisas tão cedo? Gente, nós temos o resto da vida para ler, para dar conta de todos os compromissos, para pagar nossas contas, para escrever nossas teses, para fazer IR... Por que não aproveitar a infância para o descompromisso, para as brincadeiras, para curtir a vida? Deixemos as comparações para depois, já que no futuro, elas serão inevitáveis: quem tem o melhor emprego, quem estudou na escola tal, quem sabe chinês, quem casou com o cara mais gato!
Finalizando o post, uma ode a tudo o que minhas meninas ainda NÃO sabem e, assim, deixam a mamãe orgulhosa:
-Ana com muito custo lembra o dia do aniversário dela;
-Carol chama quase todas as cores de amarelo;
-Ana ainda está na fase de escrever espelhado;
-Carol não faz a mínima ideia de que existem letras;
-Ana acha que apenas janeiro e setembro fazem parte do calendário;
-Carol só com mais de dois anos aprendeu a dizer que tem "dois aninhos" e a fazer dois com os dedinhos. Com um ano, quando todas as crianças mostravam, ela respondia que tinha "quatro" anos e não tinha um pingo de coordenação pra mostrar com os dedinhos.
E como é bom ser criança!
Má.

sábado, 17 de abril de 2010

Comparações... com quem??

Eu sou uma pessoa calma na maior parte do tempo, mas se há algo que me incomoda e irrita profundamente são as comparações em geral.

No caso dos filhos, então, acho totalmente non sense e descabido alguém se aproximar de uma mãe para fazer comparações com seus próprios filhos, que por vezes já são até adultos (e vai saber se essas memórias não são até distorcidas, não?).

Quando alguém começa a frase: "na idade dela..." eu já abstraio o pensamento para não me irritar! Ou: "mas ela AINDA usa fralda?!". Mãe tem que ter paciência redobrada: para educar o filho e para aguentar as tentativas de intromissão alheia! O pior é que vejo sempre mães aflitas porque seus filhos não fazem isso ou aquilo como os outros da mesma faixa etária.

Gente, cada criança é única!! Cada uma tem experiências diferentes, vivencia de maneira diversa os acontecimentos, tem seu ritmo. Mesmo crianças da mesma família podem ser extremamente diferentes no desenvolvimento. Não dá para comparar, competir! Algumas vezes nossos pequenos são mais lentos em algumas áreas, mas podem ser ótimos em outras. Ou não!! -  como diria Caetano. Rsrs.

O importante é que eles tenham os estímulos adequados e que possamos deixá-los crescer, naturalmente, sem apressarmos ou seguramos o desenvolvimento deles. E que nossos filhos tenham a liberdade de serem eles mesmos, sem serem depósito das nossas expectativas.

Eu permito que a Giullia cresça à medida que ela pode e deseja, que ela aprenda o que está apta e não tenho pressa alguma! A minha única urgência é que ela seja ela mesma e seja uma criança feliz! :D

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Festinhas infantis = parte 2


Eu sou do tipo que curte montar as festas de aniversário da minha filha. No apagar das luzes de cada uma das festas, eu já estou pensando e bolando coisas para a próxima. Não gosto de festa em casa de festa, acho caro demais e nada personalizado. Também não sou fã de decoração comprada ou alugada pronta. Existem umas MARAVILHOSAS, mas, além de caras, acabam ficando todas um pouco parecidas. E, as mesas ficam lindas, mas, em geral, têm tanta coisa sobre elas que mal vemos o pequeno assoprador de velas do outro lado na hora do parabéns.
Outra coisa que tenho dificuldade é com os tais animadores. Lógico que é divertidíssimo para os pequenos ter um grupo de animação daqueles que bota abaixo o salão. Mas, em geral, no final da festa temos crianças hiper excitadas nas mãos e uma boa dor de cabeça por conta daquela música aos berros. Fala sério, né, gente... criança por si só já faz uma zoeira inacreditável, se ainda me jogam o repertório completo da Xuxa no ouvido em volume máximo, não tem como eu sair de lá pensando direito. Isso sem contar as inúmeras festinhas onde acabo ouvindo funks variados, músicas sertanejas fora de série, e outros gêneros musicais muito discutíveis para crianças.
Enfim... o que eu queria dizer é que curto um animador tranquilo que toque um violão, coloque uma música baixinha, proporcione brincadeiras legais que não involvam egotrips, mas que estimulem as crianças a brincarem juntas e se divertirem como o que são: crianças.
O bolo eu gosto de fazer em casa (fazer nada, peço para alguma santa tia que saiba fazer, porque eu sou uma negação na cozinha!) e decorar do meu jeitinho. Acho LINDO aqueles super bolos com pasta americana, cheio de detalhes e esculturas, mas, a grande verdade é que são raros os bolos desse tipo que são genuinamente gostosos. Não há nada, para mim, como um delicioso bolinho caseiro!
E, finalmente, chegamos no item que motivou meu discurso: as fotos. Nada no mundo me deixa mais irritada do que ficar sendo seguida numa festa. Tenho horror a olhar as pobres crianças nas festas tendo que parar de brincar para fazer mil poses sob orientação de um fotógrafo que diz: "Agora vira assim e sorri para mim... isso, para, não se mexe agora!". Normalmente esse fotógrafo está acompanhado de um assistente (as vezes mais de um) que fica segurando um super holofote sobre a criança (o que, no verão carioca, equivale dizer que a criança sua como uma condenada!) e servindo de "leão de chácara" para evitar que as outras crianças esbarrem no equipamento, invadam a cena fotográfica, chamem a atenção do amiguinho aniversariante, e dai vai. Não raro, essa equipe conta também com um cinegrafista que segue o aniversariante para todo canto... até para o banheiro eu já vi seguir!
Mil vezes já levei empurrões e pisadas no pé dessas equipes. Minha filha, quando tinha pouco mais de 1 ano, levou uma bundada de um deles,ficou um clima horrível entre a equipe de filmagem e eu.
O pior é quando acontece da pessoa contratar um fotógrafo por recomendação da cicrana que viu as fotos da festa da fulana que é vizinha da prima da tia dela, e aí, depois de todo esse bafafá, depois de pagar uma pequena fortuna a ele, o tal te entrega um CD com mais de 600 fotos RUINS! Isso mesmo, acontece, viu!
Amiga minha contratou por recomendação de uma amiga que conhecia uma fotógrafa "legal" e acabou com fotos fraquíssimas, que qualquer pessoa com uma camera digital maneirinha poderia ter tirado!
Eu, por isso, prefiro mesmo contar com as fotos dos tios, primos, sobrinhos, amigos. É mais barato e acabo com fotos super legais e pessoais de vários momentos e lugares da festa. Mas, se você pretende contratar uma equipe, minha sugestão é que contrate alguém que você já viu trabalhando, que respeite o fato de que está circulando no meio de um monte de crianças pequenas, que entenda que não se trata de fotos da Xuxa, e sim de uma criança que quer se divertir na própria festinha, que tenha muita paciência para tirar trezentas fotos da criança pulando, fazendo careta, reclamando, chorando, para que consiga uma foto legal dela abraçada com os avós... E, principalmente, peça para ver o book do fotógrafo! Se possível, peça para amigas que contrataram o fotógrafo para te mostrar o resultado final das fotos da festa... books são fáceis de ficar lindos porque selecionam apenas poucas das milhões de fotos tiradas ao longo de uma carreira e que passaram por um bom photoshop! O resultado final das fotos de uma festa de uma amiga poderá te dar uma idéia bem mais legal de como é, realmente, o trabalho desse fotógrafo...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Casamento

A Sophia adora a idéia do "Camanento"...
A madrinha dela vai casar e eu vou ser madrinha dela, então hoje vamos dar uma olhada em vestidos de noiva e a Sophia vai junto.
Na hora do café da manhã minha mãe falou pra ela que ela ia junto pra ver o vestido do casamento da tia Dal...ela está careca de saber que ela vai casar, mas mesmo assim soltou essa:
-Mãe....ela vai casar com um príncipe?
-Não exatamente filha. (com risadinhas de brinde)
-HUmmmm.....ela vai beijar o sapo e pluft?
-kkkkkk....Sophia, ela vai casar com o tio Rubem, esqueceu?
-Ah...tá....

5 minutos mais tarde eu me arrumando e minha mãe dizendo que já tava bom que era pra eu parar de enrolar, fui inventar de dizer que tava me arrumando pra ver se arrumava um noivo dando bobeira pra mim também.
-Mãe, você não pode casar!
-Porque?
-Você não pode casar com o tio Rubem!
-kkkkkkkk...Filha, a mamãe não vai casar com o tio Rubem, ele vai casar com a tia Dal!
-Ah bom...rs...

Aiaiaia....
XOXO

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A abstração na mente infantil

"Alice, vamos logo porque estamos em cima da hora!" exclamei pela manhã enquanto ela enrolava para pegar sua lancheira e eu via os minutos passando com a certeza de que chegaríamos atrasados na escola.
Olho para trás e vejo uma pequena criaturinha, com cara de confusão, olhando para o chão sob seus pés e procurando alguma coisa.
"O que foi, filha? O que você está procurando?" Perguntei.
"Manhê, cadê a hoia? Num tô em cima não!" Respondeu ela.
Não é preciso dizer que caí numa sonora gargalhada e tive que reduzir o ritmo da manhã para tentar explicar para ela o que eu tinha dito... em vão, é lógico!

terça-feira, 13 de abril de 2010

As origens da agressão

Semana passada assistimos, na UnB, o filme "Aux origgines de l´agression", uma produção canadense com os maiores pesquisadores sobre a agressão humana. Eles apontam, no vídeo, que um dos maiores erros entre os estudiosos do assunto é só começar a se preocupar com a agressão na pré-adolescência, ou só na adolescência mesmo. A agressividade está presente desde as primeiras horas de vida, e faz parte da base do desenvolvimento humano. Entre dois e três anos, de acordo com os pesquisadores, os nossos pequenos seres chegam ao ápice da agressividade: o temperamento é muitas vezes colérico, e a relação com as outras crianças e com os adultos próximos é muitas vezes permeada por muitos tapas, batidas, mordidas, socos, beliscões e gritos. Se você, por exemplo, não passa a manteiga no lado do pão que seu pequeno queria, se diz que não pode sair de chinelo em um dia frio, ou guarda um brinquedo um pouco à esquerda do lado certo, pronto: motivos perfeitos para uma reação desmedida de fúria, choro, raiva e tudo o mais. As filmagens feitas em ambiente escolar espantam e assustam: um monte de criancinha fofas e lindas se matando em plena sala-de-aula! Segundo os especialistas, se uma criança de dois anos tivesse 1,80m e 90kg iria matar muita gente com tanta agressividade! Mas aí aparece o que nos salva desses pequenos agressores: a fala! Aos poucos essa habilidade vai se desenvolvendo, e as crianças conseguem comunicar a raiva, a frustração e a ira falando, explicando, argumentando.
Interessante, ?
Má.
Para quem se interessar sobre o tema, um material muito interessante está aqui.

domingo, 11 de abril de 2010

Aprendendo as "letrinhas"

A minha pequena não vai à escola ainda, mas já sabe cores, formas, musiquinhas e cia, ainda mais porque a mamãe dela aqui é formada em magistério e lecionou para tiquinhos até a faculdade.

Agora ela se interessou pelas letras e me pede sempre para ensiná-la. Começou com a brincadeira de teclar, claro, porque esta geração quase que vem com um mouse embutido... rsrs.

Aprendeu o G de Giullia, as iniciais de pai e mãe, e foi pedindo mais e mais, para minha surpresa. Bem, aprendeu quase todas as letras e vai associando a pessoas queridas, objetos que gosta e personagens.

Já reconhece as letras por aí, surpreendendo até as pessoas na rua . Adora entrar em sites com joguinhos (Facebook inclusive) e cuidar de peixinhos, brincar com bichinho, ver videos de personagens queridos e tudo o mais. Clica direitinho e agora repara em cada letra que vê!

Aí outro dia pediu: mãe, escreve Giu-lli-a. Escrevi e ela logo foi fazendo suas constatações: "G de Giullia, I de inteligente - e tem dois!! - U de uva - A de André e tem dois L!! Já sei: um de vovô Luiz grande e outro do vovô Luiz pequeno! "

E assim entendi porque o nome dela tinha que ter dois L mesmo! Hahaha.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Como eu nasci

Um dia Alice me declarou que queria voltar para a minha barriga e nascer. Eu achei engraçado e imaginei que tivesse escutado isso de alguém. Ela começou a me pedir para contar a "históia de quando eu eia piquinininha", e eu comecei a contar sobre como ela morava dentro da minha barriga, onde cresceu até ficar pronta para sair. E como o médico me ajudou, tirando ela lá de dentro, porque ela era grande e eu não conseguia tirá-la sozinha. Expliquei que assim que ela saiu, chorou porque queria ficar juntinho de mim e que o pai dela, emocionado porque estava apaixonado por ela desde então, me trouxe ela. Contei a ela como foi legal porque ela veio pro meu colo com tanta fome que se agarrou no meu peito e mamou muito.
Toda vez ela ri, e pede para contar de novo. E eu conto.
Depois de um tempo ela começou a contar a história por conta própria. "A Alice tava na baíga da mamãe e o médco tiô ela de lá. Aí ela choiô e quiia mamar."
Agora Alice vai ganhar um primo. E ficou curiosa sobre o nenem que está na barriga da tia. Eu expliquei que era como o nascimento dela. Mas ela queria saber como o nenem entrou lá. Expliquei que o tio dela havia colocado o nenem lá dentro. Ela se deu por satisfeita e conta, alegre, para todo mundo que o tio colocou o priminho dela dentro da barriga da tia e que quando o médico tirar ele de lá, ele vai chorar e vai querer mamar.
Acho legal que ela aceite tudo isso sem mitos, sem perguntar mais do que é capaz de compreender. E espero que eu sempre encontre a forma correta de explicar a ela, sem cegonhas, sem usar artifícios, como é que os nenens são feitos.
Não gostaria que, na eventualidade de uma gravidez minha, ela criasse fantasias sobre como a mãe foi parar com o irmão dentro dela.
Tarefinha complexa esse de ser mãe!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Educação financeira

Quase não assisto TV, mas sou completamente viciada em ouvir notícias pelo rádio. Se estou no carro- sem as meninas- é certo que estarei ouvindo a CBN ou a BandNews. Adoro os comentaristas, e pela CBN gosto de ouvir o Mauro Halfeld, que fala sobre dinheiro. Esses dias ele estava falando sobre a educação financeira das nossas crianças, e disse que quando o filho dele fez sete anos ele passou a dar uma semanada. Ai, meu deus, na verdade agora não lembro se era semanada ou mesada, e este é um ponto fundamental, não é? Bom, enfim, desculpem minha gafe, mas semanada ou mesada, o fato é que ele conta que o dinheiro do filho dele é dividido em três partes: Um terço vai para os gastos corriqueiros, as besteirinhas: o Halfeld júnior compra chiclete, bala, revistinhas e outras bobagens com este dinheiro; O segundo terço é guardado para contribuir na compra de coisas mais caras, que ele queira muito, como uma bicicleta ou um videogame. Ele não paga tudo sozinho, mas contribui com os pais na hora de efetuar estes gastos. A última parte é reservada para doações.
Achei muito interessante, em primeiro lugar, a idade escolhida. De fato me parece que aos sete anos a criança já tem uma boa noção do dinheiro, do que quer e da importância de guardar uma parte. Alguns teóricos dizem que entre sete e 11 anos a criança aprende a se educar em relação à grana, e que este primeiro contato é fundamental para todos os seguintes. Também gostei da participação na compra de coisas maiores: a criança pode contribuir com pouco, mas certamente sentirá orgulho por ter ajudado. Quanto à última parte, fico em dúvida... Acho que separar um dinheiro e apenas doá-lo para uma entidade, ou coisa assim, me parece uma certa demagogia, tipo "pronto, assunto encerrado, agora posso gastar sem culpa". Acho que vale mais usar este dinheiro para comprar algo para uma criança mais pobre que já seja conhecida, ou comprar roupas e ir pessoalmente levar em uma creche carente, por exemplo. Acho que assim, de fato, a criança não apenas contribui financeiramente, mas se envolve com quem precisa.
Muito bom para refletir!
Má.

domingo, 4 de abril de 2010

Pezinhos

Hoje encontrei com uma amiga e seus dois filhos. O mais velho é amiguinho da Alice, cerca de 2 meses mais novo do que ela. Uma espoleta deliciosa. A filha tem 4 meses, está na fase de mamar no peito, fazer mil sons deliciosos, descobrir que tem mão, pé, e boca. Está alerta para tudo que se passa ao seu redor e é atraída por qualquer coisa que balance, tenha cor ou faça barulho... e tem os pés mais deliciosamente redondinhos do mundo!
E, então aconteceu, me veio aquele momento pulo do gato... eu tenho saudades de pés deliciosamente redondinhos! Tenho vontade de fazer um parzinho de pés assim de novo. Até porque, eu sempre quis ser mãe de uma menina e já sou, agora gostaria de tentar ser mãe de um menino... mas também gostaria de ser mãe de outra menina! Acho que o que eu quero mesmo é ser mãe de mais uma criança!
Mas aí pinta aquela famosa dúvida: Posso pagar por isso? Porque, na verdade, não existe nada mais caro no mundo do que pezinhos deliciosamente redondos!
Bem, o que importa é que aonde tem um desejo tem uma forma, não é mesmo?
Agora é partir para determinar o momento mais adequado para contrair essa dívida tão maravilhosa e mandar brasa.
Para me encorajar, resolvi perguntar para a Alice se ela gostaria de um irmãozinho ou irmãzinha. E, ela, numa reação absolutamente contrária a que eu imaginava, e, talvez servindo de "grilo falante" para uma mulher hormonalmente encorajada, declarou sem titubear: "Num queio um rimãozinho, rimãozinho é ruim, num gosto de rimãozinho!"
E agora é decidir e convencer a baixinha que "rimãozinhos" são sensacionais!