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terça-feira, 29 de março de 2011

O que eles aprendem longe de nós

Sou daquelas mães que participam de tudo na vida da filha. Não tenho babá e, até os 2 anos de idade, Alice era um anexo meu. Não estava na escolinha e, com isso, era raro eu ficar separada dela.
Aos 2 anos foi para a escola e começou a ter sua própria vidinha, seus amiguinhos, suas atividades. Mas no Maternal I, pela dinâmica da escola, eu tinha muito contato com a professora e eu a buscava na porta da sala de aula, então acabava sempre vendo e sabendo de tudo que ela estava fazendo por lá.
Esse ano, no Maternal II, a dinâmica é um pouco diferente. Estimulam mais a autonomia e a independência das crianças, com isso eu não tenho mais o contato diário com a professora e o que sei do período que a Alice passa na escola é narrado por ela.
Por um lado eu me sinto carente, eu gostava de saber de TUDO que rolava na escola... meu lado mãezona não tem como negar isso. Mas, por outro, isso deu origem a uma troca deliciosa entre eu e Alice onde ela, diariamente, me conta tudo o que fez na escola. E, a cada narrativa, me encho de orgulho, afinal, não é mais um bebê, é uma menininha que tem histórias próprias para me contar e que escolhe o que vai contar e dividir comigo...
E foi nesse espírito que tive um diálogo alucinante com ela recentemente. Alice, sentada no seu cadeirão, a caminho de um lugar qualquer e eu, distraidamente, dirigindo.
Alice: Mãe, sabia que eu tô istudando a água na iscola?
Mãe: É mesmo, filha, é o que você aprendeu?
Alice: O sol isquenta os rios, o mar e as cachoeias, e aí a água via gotinhas e vão paia as nuvens. Aí depois tudo via chuva. Mas não pode bebe a água dieto, tem que botá no filto paia tiá as bactéias!

E, de um segundo para o outro, vi meu bebê que estava sentada no cadeirão desaparecer e dar lugar a uma criança que aprende coisas de verdade na escola! Ai que saudade de quando tudo o que ela aprendia era a misturar tinta e lambuzar papel!!!!

domingo, 20 de março de 2011

O bilhete!

Ontem a Lorena, uma amiga nossa que é mãe de um amigão da Ana, convidou a Aninha pra ir pra lá. Ela não quis dormir, aí elas combinaram que quando a Ana acordasse podia ligar que Lorena viria buscá-la. Eu conversei com a Ana, pedi pra ela ficar com a gente no domingo, já que na segunda ela veria o João (o amigão). Aninha disse que ele estaria esperando por ela, e que ela daria "só uma passadinha". Bom, as meninas acordaram, fiquei de preguiça na cama e derrepente acordei com a campainha: Ana já havia ligado, a Lorena já tinha chegado e não só ela, como também a Carol, já estavam de mochilas prontas para irem! Para nós, ficou este bilhete:
Bom, então tá, né?
Má.

sábado, 19 de março de 2011

Rapidinhas aos 3 anos

"Mãe, sabia que eu sou um pouquinho você e um pouquinho o papai... por isso que eu chamo Perri Neves. O pouquinho Perri é teu, o pouquinho Neves é dele!"

***

"Mãe, sabia que a chuva é 'pôque' faz calor e o mar, os rios, as 'cachoeias' e as piscinas 'viam' nuvem e depois 'viam' chuva???"

***

"Mãe, médicas de 'péna' e 'baço' podem ser 'bailainas' e 'nadadeias'?" (sobre querer virar ortopedista mas não abrir mão de fazer balé e natação)

***

"Minha 'pancinha' de natação tem dois 'fuiacos'!" (A 'pancinha' vocês já conheciam... mas os 'fuiacos' eu sei que não! Então, para aprenderem do que se trata, basta saber que é um furo com um buraco, ou vice-versa, vai saber!!)

quinta-feira, 17 de março de 2011

O Golfo

Filha (agarrada em seu golfinho de pelúcia): "EU AMOOOOOO o meu Golfinho... quando ele sê gande, vai sê um Golfo lindo!"
Mãe: "É golfinho mesmo, filha..."
Filha: "Purquê ele é piquininho! Quando quecê vai sê um golfo lindo!"
Mãe: "Não, filhota. Não importa o tamanho do golfinho, o nome dele é sempre golfinho. Ele não vira Golfo... Golfo é outra coisa!"
Filha: "O que qué dizê Golfo?" (Ela tem mania de perguntar o que são as palavras que ainda não conhece)
Mãe: "É tipo um lago de mar, filha... o golfinho é o bicho, o Golfo não é!"
Filha (pensativa): "mmmm..."
Mãe: "Entendeu?"
Filha: "Não... então o meu vai chama o Golfinho Golfo, tá?"
Mãe (pensando nas mil coisas que ainda precisa fazer): "Tá!"

quarta-feira, 16 de março de 2011

Vida de mãe - correria!!

Já devem ter notado que dei uma sumida...
Confesso que está complicado administrar a vida de mãe, mulher, profissional e blogueira. Rsrs. Ainda mais porque a filhota começou na escola, adoeceu, o trabalho andou exigindo bastante de mim, a casa idem.
Aí bate aquele desânimo e quando sento aqui no PC e não estou trabalhando, acabo me distraindo nos papos e nos joguinhos de Facebook. Tem horas em que dá preguiça de pensar, outras em que até escrevo um post num rascunho ou no celular e depois, passa tanto tempo, que deleto... rs. Mas sinto saudade desse espaço aqui!!
Veremos se agora com a filhota na escola eu consigo mais tempo e me organizo melhor. Admiro MUITO e cada vez mais a minha mãe e todas as outras mães com mais de um filho. Acho que eu não daria conta, não. Tem horas em que fico tãão exausta com uma só!!
Pensava que iria aprender a fazer isso até ela completar 1 ano, mas ela já tem quase 3 anos e meio e ainda ando atrapalhadíssima!! Será que só eu ou alguém faz coro para eu me sentir menos mal?? Rsrs.
Beijo,

Manhã no parque

Segunda de carnaval, uma manhã tranquila no parque... Tranquila até ouvir a Ana gritando pra carol:
"Carol, não mexe nessa pena, é de um pássaro envenenado que vai te passar virose!"
E depois:
"Caroooool, não pisa na grama, o guarda vai vir e vai te comer!"
Meu deus, estou criando uma neurótica igual a mim!

segunda-feira, 14 de março de 2011

A pancinha

Fomos ao supermercado com Alice. Quando chegamos ela declarou que queria uma "Pancinha". Não entendi bem o que ela queria, mas, tendo em vista que estávamos num supermercado, imaginei que tivesse alguma relação com comida. Ainda perguntei o que ela faria com a "pancinha", ela rapidamente respondeu que serviria para ela deitar sobre ela. Falou alguma coisa sobre o "panção" do pai e, antes que ela chegasse no meu "panção" resolvi mudar de assunto.
Mas ela estava irredutível, repetia o tempo todo que queria uma "pancinha" e, quando fomos embora sem comprar a dita cuja (logicamente, para comprar, eu precisaria primeiro saber o que era!rs), ela se lamentou algumas vezes que teria que viver sem "pancinha" (sim, Alice é dramática e faz esse tipo de queixa!rs).
Na hora de dormir, já aconchegada em sua caminha, Alice voltou a tocar no assunto. Perguntou se poderíamos procurar a "pancinha" em outra loja, já que no supermercado não tínhamos encontrado. Como sou curiosa, e agora estava menos ocupada e dispunha de mais tempo para tentar decifrar o que diabos ela queria, pedi que me explicasse, exatamente, como era essa tal da "pancinha".
Ela explicou: "Uma 'pancinha' paia deitá em cima e ir no mar!"
Eu, animadíssima, exclamei: "LÓGICO, uma PRANCHINHA!!!!!!!"
Ela, me olhou com uma felicidade enorme, mas com um ar meio confuso: "Isso mãe, uma 'pancinha', é o que eu tava falando, uma 'pancinha'!"
Lógico, né? Como é que eu poderia ter confundido com alguma coisa relacionada a comida? Essa mãe, realmente!!!!rs

sábado, 12 de março de 2011

Ficar velhinha

"Mamãe, não é que as pessoas que ficam velhinhas vão dumi e discansa i não voltam mais?"
Eu, supresa, olhei para aquela menininha de 3 anos mal feitos, deitada pronta para dormir, e não acreditei que já tinha chegado a hora de falar sobre um assunto tão importante e complexo.
"Mae, puque os velhinhos num voltam mais?" Ela insistiu.
Expliquei a ela que era parte da vida. Expliquei que todo mundo nascia, crescia, ficava velhinho e um dia morria, mas que ela não precisava se preocupar com isso agora porque ninguém estava tão velhinho assim na nossa família.
Ela, com uma vozinha preocupada, explicou: "A bisa é velhinha sim, mamãe..."
E eu fiquei ali, meio sem resposta porque, afinal, ela tem toda razão!

quinta-feira, 10 de março de 2011

Os porques

Alice, como ela mesma diz, engoliu o bichinho do porque. E assim, é um "porque" depois do outro o dia inteiro.
Mas, recentemente, os questionamentos andam se complicando e eu ando sem respostas para as perguntas que ela inventa.
Só para que vocês possam me ajudar, aqui vão alguma:

"Mãe, puque sai ar da minha bunda quando eu solto pum?"
"Mãe, puque o lábio chama lábio?"
"Mãe, puque a lua é tão longe?"

E eu achava que esse tipo de pergunta só chegava aos 8 anos!
PAULA TOLLER, você me deve explicações!

sexta-feira, 4 de março de 2011

Malas prontas


Estamos começando a arrumar as malas da viagem e, depois de todo o meu discurso sobre a importância de se levar poucas coisas, Carol prepara uma mala básica, só com o que é essencial: várias figurinhas velhas da Pucca, uma joaninha, uma baqueta, uma escova e uma nota de dólar (?).
Má.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Amizade

Que a Carol é doida com a Helena Cardoso, coleguinha da turma dela, há muito eu já sabia. Todo o dia ela tem uma história maravilhosa sobre o que a Helena Cardoso fez ou deixou de fazer, mesmo nas férias, quando não se viam, rsss! Já entendi que Helena Cardoso é a BFF da Carol, mas ontem ela chegou em casa se superando:
"Mamãe, a Helena Cardoso é a minha vida!"
Demais, não é?
E PS, não é o máximo um toquinho de 1 metro ter nome E sobrenome???
Má.