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quarta-feira, 31 de março de 2010

Quando a criança é só uma criança

Nessa minha viagem maternal, acabei virando uma grande participadora de fóruns sobre maternidade e uma ávida leitora de blogs sobre o assunto. Com isso percebo que muitas vezes a informação acaba desinformando.
Deixa eu me explicar... quando éramos crianças, todo e qualquer problema que uma criança apresentava era levado ao pediatra. Ele, e só ele, tinha a autoridade e o conhecimento para examinar, avaliar e diagnosticar uma criança. As mães e os pais, em geral, se limitavam a saber apenas sobre as questões médicas que envolviam seus filhos. Uma vez ou outra eram expostos a outros males através dos filhos dos amigos próximos ou até mesmo de filmes. A maior parte dos nossos pais nunca ouviu falar em Alergia à proteína do leite de vaca, intolerância à lactose, autismo, síndrome de asperger, e assim por diante. Pouco sabiam e pouco se interessavam naquilo que não dizia respeito aos seus filhotes.
Com a internet o acesso à informação foi facilitado e agora mães de todos os cantos do planeta trocam idéias, compartilham suas aflições e medos, contam as histórias de seus filhotes e de todas as mazelas que o acometem desde o primeiro momento de suas pequenas existências. São incontáveis comunidades do orkut, fóruns de debate para mães, grupos virtuais de apoio à mães de crianças com problemas específicos, blogs e websites de pais e mães aflitos que lutam contra essa ou aquela doença, dicas, truques, quebra-galhos de como alimentar, banhar, vestir, lavar, medicar, enganar, criar, educar... ufa! É tanta informação que por vezes as mães ficam tão empenhadas em ler, pesquisar e aprender que esquecem o principal: seus filhos pelo que são!
Não raro vejo grupos inteiros de mães submetendo seus filhos a infinitos exames para investigar um refluxo que ela acha que ele pode ter, ou uma potencial alergia à proteína do leite de vaca que ela está certa que ele tem. Ela leu na internet sobre isso, ela sabe os sintomas e vê que seu pequeno tem alguns deles, ela já o diagnosticou, mas todos os pediatras parecem simplesmente não enxergar ou não querer ver a realidade. Ou ainda, seu filho foi diagnosticado com alguma doença rara e ela pesquisa TUDO o que pode, na internet. Encontra algumas coisas interessantes, mas também muita informação com erro... não importa, se está na internet, é fato, é real e é informação importante, pensa ela. E assim a vida da criança passa a ser vista no foco da doença e de tudo aquilo que a mãe aprende sobre o tema. Tudo o que a criança faz ou deixa de fazer passa a ser visto sob o prisma da "informação" que ela obtem diariamente em suas leituras internéticas.
E foi assim que eu caí nesse texto do blog Amalah (para quem não sabe como funciona, basta clicar no texto marcado que você irá diretinho para o texto da Amy!), uma blogueira de primeira, divertidíssima, que narra suas experiências como mãe. Seu filho foi recentemente diagnosticado com autismo e ela ainda está lutando para entender a questão e todas as peculiaridades do pequeno. Ele, um adorável menininho de quase 5 anos, está reagindo a toda a atenção que recebe. E o trabalho que ela faz com ele, mesmo que, por vezes, ela não consiga reconhecer, é espetacular. Mas, como o fantasma do distúrbio fica assombrando a cabeça dela, e como ela é bombardeada com informações sobre o tema, acaba, por vezes, esquecendo que mesmo uma criança especial, as vezes, é apenas uma criança e terá atitudes compatíveis com isso, o ser criança!
Minha sugestão é que quando você se deparar com um problema com seu filho, pesquise, eduque-se, discuta com outros pais que passam pelo mesmo problema. MAS, nunca esqueça que apesar de qualquer diagnóstico, seu filho é só uma criança e nem tudo o que ele faz é ligado ao problema. Crianças saudáveis e doentes, com perfeito desenvolvimento psicomotor e com distúrbios nesse sentido, crianças que vivem em lares felizes e as que vivem em lares nem tão felizes assim, crianças ricas e pobres, todas elas têm algumas coisas em comum: elas, as vezes, fazem birra e malcriação, elas estranham e reagem negativamente, e as vezes agressivamente, ao desconhecido, elas choram, elas gargalham, elas brincam, ela se irritam com um brinquedo que é difícil demais para elas, elas vomitam, elas ficam gripadas, os narizes escorrem, elas tossem, elas tropeçam e caem, se ralam e choram, elas aprontam, desobedecem, dizem que te amam para, cinco segundos e meio depois, te odiarem, e logo em seguida, voltarem a te amar...
Nem tudo é doença, nem tudo é específico de uma ou outra criança...
Quando a barra pesar e você achar que tem algo errado com o seu filho, ao invés de correr para a internet e pesquisar loucamente, pare, desligue-se de tudo, e olhe apenas para o seu filho, isolado do resto do mundo e perceba que ele é, apesar de tudo, apenas uma criança!

terça-feira, 30 de março de 2010

O coelhinho do caô furado

Por mim, não comemorava a páscoa. Não somos cristãos, não acreditamos na ressurreição e, portanto, a páscoa não faz sentido para nós. Nada contra, sem querer polemizar, pelamordedeus, cada um com suas crenças, mas pra gente simplesmente não há sentido religioso na páscoa. E aí, o que sobra? Chocolate, muito chocolate. Que é ótimo, mas ainda assim sem sentido. Por mim a data passava em branco e pronto. Pra Carol também passaria: por mais que ela visse coelhinhos e ovos na escolinha ela não ligaria o nome à pessoa, ou seja, aquele coelhinho ao domingo de páscoa, e a ganhar ovos de chocolate neste dia. Mas vai explicar pra Ana, que já é uma criança de 6 anos, que não faz sentido, na nossa família, em comemorar a páscoa. .
E aí vem a parte complicada: todas as questões logísticas que estão envolvidas na páscoa, e a saída que sobra para nós, os pais: a mentira. A Ana já me perguntou se é o coelhinho que faz os ovos, e eu disse que sim, é claro. Daí um dia vimos na TV uma fábrica de produção de ovos, e ela ficou em choque. Lá fui eu contar mais uma mentira, que aquelas eram as ajudantes do coelhinho. Gente, será que vale à pena mentir por isso? Sorte que ela ainda não perguntou o que um coelhinho tem a ver com ovos de chocolate.
A outra questão logística é: como o coelhinho sabe qual ovo a gente quer? Ele adivinha? Ou a gente precisa mandar carta, igual pro papai noel? Outro dia ela falou baixinho no carro "um do backyardigans pra minha irmã e um da Pucca pra mim". Sem saber se tinha sido suficientemente convincente, ela completou "Abençôe".
E ontem me disse "pra criança que já tem um coelhinho em casa é bem mais fácil, ? Porque assim ele já sabe. A gente podia ter um".
E eu sigo mentindo, e sabendo que um dia vou ter que admitir que menti. Igual vou ter que fazer com o papai Noel. Podem dizer que é assim mesmo, que faz parte da fantasia, de ser criança, etc e tal.
Mas sinceramente não me convenço!
Má.

segunda-feira, 29 de março de 2010

A transfiguração

Ontem, por volta de meio dia, Alice decidiu que a Alice tinha ido embora e que agora ela era a Cinderela. Normal, né?
Só que a brincadeira perdurou o dia inteiro. Também normal, né?
Então ela foi dormir, como Cinderela (aparentemente a Alice não estava com sono, mas a Cinderela estava MUITO cansada!). E, no meio da noite acorda me chamando e choramingando. Entro no quarto e pergunto: "O que foi Alice, o que aconteceu?"
E recebo a resposta: "Não, mamãe, a Alice foi imboia, agoia é a Cindelela!"
Eu, com sono, nem argumentei e tratei de fazer a Cinderela dormir de novo.
Acordamos atrasadas de manhã e com a correria, eu me esqueci da história. Ela, aparentemente, também.
Quando chego para buscá-la, a professora, morrendo de rir, comenta que durante todo o dia, se a chamassem de Alice, ela dizia que não poderia responder porque a Alice tinha ido embora e que quem estava ali era a Cinderela.
A curiosidade que tenho é se me tornarei a mãe da Cinderela por muito tempo, porque, ela, aparentemente, é bem mais cordata do que a Alice!

domingo, 28 de março de 2010

Pesadelo

Acordei com a Sophia gritando: -Mamãe! Mamãe!
Bem, como foi a segunda noite que ela dormiu sem fralda, é óbvio que pensei......Pronto! Molhou minha cama toda....rs...
Vi que estava tudo em ordem e aproveitei pra levar ela pra fazer um xixizinho básico.
Fui pra minha aula e à noite conversando com a minha mãe contei do meu susto.
Qual não foi a minha surpresa quando minha mãe falou: -Ah...sabe o que foi que ela sonhou?
E a Sophia no colo dela já engatou a continuação da conversa com o seguinte relato:
-O moço jogou eu da jalela (janela) assim ó -balançando os braços pra baixo- A mamãe viu ó, e eu caiiiiiu.
Gelei né?!
Aí a gente falou que tinha sido só um sonho ruim e que ela não precisava ficar preocupada que isso não ia acontecer com ela não...essas coisas...
Essa semana só passou isso na televisão, e por mais que tudo o que ela vê na televisão são desenhos, em algum momento ela deve ter visto alguma chamada na Tv, ou até mesmo na casa dos meus pais...
Affff...
Preciso prestar mais atenção no que ela anda vendo por aí...não dá mais pra achar que não está com a parabólica dela ligada em tudo.
XOXO

sábado, 27 de março de 2010

Minha mocinha!

Incrível como aquele serzinho que saiu outro dia daqui de dentro e era tão dependente para tudo agora já se sinta tão dona do próprio nariz e mais, do pedaço... rsrs.

Agora já é toda cheia de opiniões, de vontades, desejos. Adoro quando ela diz, com dedinho no queixo: "dexa eu pensá..." quando lhe pergunto algo. Rsrs. E também tem a dureza de ter uma pequena que é beeem teimosinha, não cede fácil e anda fazendo já suas manhas e birras.

E lá vem a maternidade com novos desafios!! Interessante a tarefa de educar, dar limites, mas sem sufocar, dar liberdade, sem ser laissez-faire. É um teste de sanidade, paciência, amor e perseverança para ambas!

Por vezes é difícil achar o meio-termo, mas com bom-senso, chegamos lá. E erramos, claro que erramos! Mas aprendemos também, e muito!! E assim nossa amizade vai se aprofundando.

E fica mais lindo à medida que vou descobrindo quem é a minha pequena, com suas características e personalidade própria! Claro que ela nos imita bastante, mas já dá para vislumbrar quem é ela por trás das imitações. Acho tão lindo! Diria que é quase como um novo nascimento e me encanta e emociona tanto quanto dar à luz!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Aprendendo as cores

Desde um ano que Alice já era capaz de nomear algumas cores... com 1 ano e meio era capaz de identificar grande parte delas. Ela conseguia, inclusive, já identificar as matizes, as sombras e os tons das cores como sendo originárias daquela cor... portanto, quando via o azul claro ou escuro, anunciava que era azul, sem dificuldade aparente.
Agora Alice entrou na escola e lá, no ano do maternal I, trabalham 4 cores com os pequenos, sendo elas as mais básicas (não vou dizer que são as primárias porque essas são apenas 3 e eles trabalharam 4 delas. Chamo de básicas porque são as 4 cores, digamos, mais simples.): vermelho, azul, verde e amarelo.
Pois eis que uma coisa muito curiosa chamou minha atenção. Em todas as cores, Alice é capaz de identificar matizes (o clareamento com o branco - tais como o azul claro, o verde claro, o amarelo claro) e as sombas (o escurecimento com o preto - tais como azul escuro, verde escuro e amarelo 'escuro'- que nós adultos preferimos chamar de algo como mostarda). No entanto, o vermelho parece não ter essas nuances, portanto, o vermelho claro logo é chamado, por todos, de rosa, e o vermelho escuro, dependendo de quão escuro é, pode ser chamado de marrom. Mas não pela Alice.
Alice conhece o rosa, se eu peço para ela pegar a boneca de vestido rosa, ela vai certeira na dita cuja. Conhece também o marrom, fato que identifico da mesma forma que o rosa. Mas, se eu pego uma coisa rosa e pergunto a ela que cor é aquela, ela é rápida em afirmar que é vermelho. Se insisto e digo que é rosa, ela é categórica em dizer que é VERMELHO! Quando digo que sim, é um vermelho claro, que nós chamamos de rosa, ela me corrige e finca o pé no vermelho! O mesmo ocorre com o marrom, que ela não aceita chamar de marrom, e insiste em chamá-lo de vermelho.
Isso me deixou cabreira, e, como trabalho muito com a questão da cor no meu scrapbooking, passei alguns minutos olhando a roda de cores e tentando entender a lógica da baixinha. E, finalmente me veio uma luz. Ela tem razão em chamar essas duas cores de vermelho. Afinal, é o que elas são. E o que é, realmente, sem lógica nenhuma é nós insistirmos em dizer que o azul claro é azul claro, ou azul bebê, azul cerúleo, ou o que preferir chamar. Já o escuro chamamos de azul petróleo, azul marinho ou seja lá como preferir... mas, é fato que o AZUL sempre permanece no nome! O mesmo ocorre com o verde, que vai do verde claro ao verde floresta, sempre com o nome verde presente! Então, porque diabos temos que insistir que o vermelho claro não tenha o vermelho no nome? Porque temos que travestí-lo em rosa?
E assim, minha mente preocupada de mãe que, por um tempo se preocupou com o fato de que sua filha tinha dificuldades na identificação de cores, se tranquilizou ao perceber que ela percebe sim, apenas tem a sensibilidade de perceber que o rosa e o marrom nada mais são do que diferentes vermelhos.

terça-feira, 23 de março de 2010

amigo imaginário

Uma vez uma pessoa me contou que foi morar com o marido e a filha na alemanha. Ela não entendia nada de alemão, e foi aprendendo aos poucos, mas a filha, naquela facilidade de criança, aprendeu em dois tempos. Ela dizia que a menina estava bem na fase de ter um amigo imaginário, e conversava com ele apenas em alemão. Gente, isso é humilhação com a mãe, não é? Sempre achei o máximo essa história, e ficava pensando se a Ana teria um amiguinho imaginário, para conversar numa língua conhecida apenas pelos dois, ou pra ter mil cenas meio sinistras aqui em casa.
Fecha parênteses.
A Ana sempre foi uma criança muito imaginativa e muito cheia de fantasias. Mas agora, por questão da idade e até mesmo da alfabetização, anda bem mais interessada no mundo concreto. Eu incentivo bastante isso, até porque acho o mundo concreto simplesmente maravilhoso e, apesar do aparente contra-senso, fantástico. A realidade é simplesmente incrível, não é mesmo?
Fecha parênteses.
Hoje no café-da-manhã a Ana me perguntou:
-mamãe, você está ouvindo o que eu estou falando?
Como ela não estava falando nada, respondi que não.
-é porque eu estava conversando com meu amigo, por isso você não ouviu.
Fiquei super animada, pensando que finalmente ela e o amigo imaginário haviam se encontrado!
-quem é seu amigo, Ana?
-Meu cérebro.
Isso que dá criar uma livre-pensadora...
Má.

sábado, 20 de março de 2010

Curiosidade Premiada

Definitivamente entramos na fase dos porques aqui em casa. Entramos porque a filha começa, mas nós é quem temos que nos "virar nos 30" para elaborar uma resposta de acordo com a fase em que ela está. Rsrs.

Sempre me lembro de um livro que tive (e que já passou de geração e está com meu sobrinho) e que eu uso no trabalho com crianças, o Curiosidade Premiada. É uma graça de livro, eu recomendo.

Já teve o dia em que ela não queria comer o ovinho porque tinha pintinho dentro e vieram tantos "porques" que falei que poderia comer porque o galo teria que colocar uma sementinha dentro do ovinho para ter pintinho e ele não colocou, então o ovo só tinha coisa gostosa para comer. Rsrsrs.

Outro dia, andando no carro, ela começou suas reflexões: "Nosso carro é escuro. Nosso carro é azul, né? E exclamou: E QUEM PINTOU????????" Hahahaha.

Aí claro que esta semana veio a fatídica pergunta... rs. Ela sempre comenta que ela estava na minha barriga e nasceu, para me abraçar e beijar. Mas estes dias falou que nasceu, que era nenê, que mamava no meu peito e ficou falando um tempão a respeito. De repente parou, ficou em silêncio e disse "deixa eu pensar..." - com o dedinho batendo no queixo. Fez cara de surpresa e perguntou: "e quem me colocou aí, mamãe???!!". Hehehehe. Pega de surpresa, falei que foi igual a história do ovo, mas que papai colocou a sementinha. Juro que fiquei aflita com medo dela perguntar "como', mas UFA!, a resposta foi suficiente.

Por enquanto......... hehehehehe.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Foi você?

Alice já começou a perceber que tem certas coisas que não devem ser feitas na frente dos outros, já começou a entender o conceito de privacidade. Já não quer que fique ninguém dentro do banheiro quando faz seu cocozinho. Pede ajuda para sentar na privada e depois anuncia: "Agoia você sai do banheio!" E quando acaba, avisa: "Ponto, podi vi, acabei!"
A mais recente novidade no âmbito do 'isso não se faz' é o pum! Antes do desfralde, quando soltava um pum, anunciava para quem quisesse ouvir: "Alice soltou um PUNZÃO!"
Mas, outro dia, soltou um pum no meio de um restaurante. Foi um daqueles indisfarçáveis, sonoros! Ela olha para mim, com a cara mais lavada do mundo e pergunta: "Mãe, qui foi isso? Foi você?"
Rapidamente todos os olhos das mesas próximas se voltaram para mim e as caras eram todas idênticas com pequenas risadinhas contidas! Eu, lógico, quase tive uma síncope de tanto rir... E, no meio de algumas gargalhadas retruquei: "Acho que não, hein, filha... acho que foi a Alice!" E ela começou a soltar uma sonora gargalhada!
E, agora, toda vez que solta um pum que é percebido, já olha para quem estiver por perto e pergunta quem foi o autor do famigerado pum! Quase todos os familiares já pagaram o mico!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Maria mijona?

Afff...
Eu toooda orgulhosa da minha pentelhinha porque tinha parado de usar fraldas....usando só para dormir e para sair....
Agora ela inventou uma nova mania....
Ao invés de parar de brincar fica segurando o xixi e aí advinha só o que acontece????
Faz no chão porque não dá tempo de chegar no banheiro...
Outro dia de manhã eu esqueci de tirar a fralda dela e colocar pra fazer xixi, porque minha mãe me chamou no apto dela...
A empregada da minha mãe veio em casa pegar alguma coisa e eu só escutei ela falando:
-Deusa. Pega a fralda aqui na piscina!
kkkk
Ela tirou a fralda e fez xixi no chão....eis então a piscina....
E ela já fez isso mais umas 5 vezes...
Agora tenho que praticamente de hora em hora obrigar que ela vá fazer xixi...e é óbvio que ela realmente não está afim todas as vezes....é mole???
XOXO

quarta-feira, 17 de março de 2010

As viroses

Elas são inevitáveis... toda criança, mais cedo ou mais tarde, será exposta a inúmeras viroses. Umas mais fortes, outras menos. A primeira tende a deixar todo recém pai e mãe de cabelos em pé. Quase todos acabam levando o filhote correndo para a emergência com medo da febre, do nariz escorrendo, da tosse que não para! Chega lá e volta para casa com o famoso diagnóstico de "virose"!
Esse diagnóstico acaba se repetindo várias vezes durante a infância e a maior parte dos pais acaba por se acostumar com ele e nem mais se preocupando tanto. Tomam os tradicionais cuidados de controle de febre, hidratação, cabeceira de cama erguida. Passam uma ou duas noites insones com uma criança com cara de catarro. Depois a vida volta ao normal. Uma vez ou outra são tomados no susto com um episódio de vômito intenso ou com um febrão que parece não ceder por nada nesse mundo.
Outros pais simplesmente não se conformam com o diagnóstico e acabam se enfezando com os médicos. Alguns trocam de médico, outros chamam o médico da emergência de incompetentes, outros praguejam o pediatra que cursou tantos anos de medicina para ser incapaz de dar um diagnóstico mais preciso.
Mas o fato é que Virose parece um diagnóstico vago, mas não é. Todos os outros, tais como dor de garganta, dor de ouvido, dor no corpo, vômito, e tantos outros não são diagnósticos, e sim sintomas de uma, sim, pasmem, VIROSE!
O que é a tal da virose, afinal? Nada mais do que uma contaminação por um vírus. E há tantos deles por aí, e tantos outros que surgem e se renovam a cada ciclo de vida. E porque os médicos não dão nome aos bois (ou vírus, nesse caso)? É simples, porque diagnosticar um vírus específico, em geral, exige um exame de sangue que, normalmente, demora uns 5 dias para sair. Esses exames custam caro, geralmente só é feito no segundo ou terceiro dia depois da contaminação (quando surgem os sintomas), e ainda exigem que se fure a criança, para que? Para ter um resultado quando o ciclo de vida do vírus tradicionalmente acaba. Ou seja, você descobre que vírus te atacou quando a virose acabou!
"Ahhh..." alguns pais praguejam... "mas meu filho já está com essa bendita virose a mais de 15 dias!"... não, amigos, não está... raros são os vírus que sobrevivem mais de 7 dias num corpo saudável. Já dizia um pediatra conhecido meu: "Uma virose medicada dura uns 7 dias, uma cuidada na base de vitaminas, alimentação, hidratação e repouso dura, geralmente, uma semana!"
O que a pessoa tem, depois do 8o dia, quase sempre, são sequelas da virose... ou infecções oportunistas... essas sim devem ser cuidadas com muita atenção, diagnosticadas com precisão e devidamente medicadas por um bom médico!
MAS, cuidado papai e mamãe... existe por aí muito médico que se cansou de ouvir queixas de pais que queriam MUITO um diagnóstico mais preciso do que VIROSE e sairam do médico com receitas de antibióticos todos contentes porque "agora sim meu filho vai ficar bom!"
Antibiótico não cura virose... antibiótico cura infecção bacteriana! Uma virose pode abrir as portas para uma infecção sim... mas virose é virose e infecção é infecção! Só um exame de sangue (um simples mesmo) pode diferenciar uma virose de uma infecção!
Minha filha tem 2 anos e 2 meses... teve MUITAS viroses (ano passado foi um festival de viroses, a ponto dela mesma já saber falar que estava um um "víus"), uma dessas perdurou mais de 7 dias, e evoluiu para uma dor de ouvido. Um médico decidiu dar antibiótico, a primeira vez que ela veria um desses, e, até agora, a última! Pois bem, eu, mamãe crente, dei o bendito antibiótico... mas fiquei encasquetada e no segundo dia resolvi ir novamente ao médico para o tira-teima... não tinha infecção nenhuma! A criatura estava apenas com um tampão de cera no ouvido que, com toda a secreção mucosa causou pressão no ouvido e ocasionou a dor. Mas, eu, com toda minha necessidade de ter um diagnóstico preciso para a virose, acabei induzindo (ou pressionando) o médico que me deu o que eu queria ouvir: um remédio!
Minha filha tomou antibiótico a toa... e pior... começada a série, precisava terminar! Caso contrário, qualquer bactéria presente se tornaria ainda mais resistente ao antibiótico!
Portanto, mamães e papais, se você tem um pediatra em quem confia e ele te disser que seu filho está com uma virose, não conclua que ele está falando isso só porque não tem idéia do que o teu filho tem... acredite... virose é virose mesmo!

terça-feira, 16 de março de 2010

Abdução?

Após um longo e tenebroso inverno, recebemos o convite para um casamento. Fomos num em 2005, mas foi tão chumbrega que nem valeu; o último bom foi o meu, mas não conta, porque não bebi, não comi e praticamente não dancei- tirando a valsa, que dancei irritada porque o DJ não parava de pedir "uma salva de palmas para os noivos", por mais que eu pedisse pra ele ficar quieto.
Enfim, este ano terei não apenas uma, mas duas oportunidades de "fazer cabelo e maquiagem", ficar linda e me esbaldar em duas super festas. As meninas vão com a gente, mas vou dar um jeito de convencer a ex-babá a ir conosco, pra que possamos curtir la vida loca, ao menos por meia hora. Enfim...
Ontem resolvi fazer algo que estava adiando: experimentar meu lindo vestido de festa, comprado para a minha formatura, em 2004. Eu sabia que ele não ia fechar, mas não imaginava que ele não fosse nem passar do ombro!!! Gente, quando usei ele a Ana tinha só 8 meses, eu estava amamentando! A carol já está com mais de 2 anos, e eu estou muito mais gorda do que estava! Que coisa mais triste. Onde foi parar aquela moça de braços e finos e sem papo?
E a questão é: passar fome até julho para entrar no vestido ou me resignar e alugar um?
Dúvidas, dúvidas.
Má.

sábado, 13 de março de 2010

O Cupi

As 2 da manhã ouço uma tosse estranha. Me levanto e vou ao quarto da Alice e descubro que ela passou mal e, segundo ela "cupiu na cama todinha". Eu tenho estômago fraco e não posso ver alguém passando mal que passo mal junto, por isso, pedi socorro ao marido, que é melhor nesse departamento do que eu.
Demos um banho nela e ela pareceu ter melhorado. Mas, pouco depois, passou mal novamente. Fui tentar limpar o chão, enquanto meu marido a segurava, mas, é lógico que me veio um enjôo sem nome. Meu marido logo assumiu a posição de limpeza e me deixou com ela.
Alice, rindo, declara: "olha, mãe, a gente copi e o papai lava!"
Não teve como não rir...

PS - as "cupidas" perduraram por umas 2 horas, chegamos a levá-la até a emergência com medo de uma desidratação. Mas, ao final ela acabou melhorando sem nenhum medicamento e hoje está nova em folha!

Inversão de papéis!

A Giullia sempre foi carinhosa e amorosa, mas sempre me surpreendo mais e mais com o jeitinho tão meigo e com tamanho amor por mim... Porque a gente sabe que o amor por elas é tão intenso que fica inigualável e indescritível, mas sentir-se correspondida é tão delicioso!

Fiquei bem gripada e um tanto afônica por alguns dias e então experimentei uma dose de atenção redobrada por parte dela, que queria me dar comida na boca, penteava meus cabelos, me pedia para deitar no colo dela e ficava fazendo carinho e cantando para eu dormir.

Achei tão lindo o cuidado, até porque ficou claro para mim que é assim que ela me vê cuidar dela. Emocionante...

Além de tudo ficou mais independente ainda, querendo fazer tudo sozinha e eu fiquei ali, olhando a minha menininha que cresceu e já usa, toda orgulhosa, a linha Crescidinhos, porque não é mais Bebê há tempos!

Deu uma injeção extra de ânimo e consegui dar conta dela + casa + trabalho numa boa.
Mas claro que a veia cômica dela não deixou de existir nem nestes dias (é uma figurinha!) e toda vez que ela ia me chamar, falava beeeem rouca: mamããe! E ríamos as duas!

Ficar doentinha passou a nem ser tão ruim!!! Rsrs.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Coração de ervilha...

Esse é o tamanho do meu coração no momento.
Minha mãe veio me contar uma conversa da Sophia com meu irmão.

Sophia- Cadê a vovó Wandinha? (a bisavó)
Pablo- Tá na casa dela.
Sophia- Você tem mãe?
Pablo- Tenho.
Sophia- Cadê ela?
Pablo-Tá na casa dela. (longa história, a mãe dele mora em Miami)
Sophia- Você tem pai?
Pablo- Tenho.
Sophia- EU NÃO TENHO PAI.

Nesse momento eu já comecei a chorar...óbvio!
E a conversa daí continuou a desenrolar...até que ela descobriu que o vovô dela é pai do tio Pablo...
Eu esperava de verdade que essa conversa viesse lá pros tempos de escola, tipo em épocas de Dia dos Pais...
Meu coração tá mais pro tipo purê de ervilha...misturado com sei lá o que.
E sei que não posso fazer nada.

quarta-feira, 10 de março de 2010

O tal do lobo mau

Sempre criei a Alice sem medos. Nunca omiti nada das histórias infantis, sempre deixei-a ver os filminhos da Disney inteiros, sem mascarar cenas que pudessem causar medo. Sempre fiquei perto para responder perguntas e acudir na hora de um eventual medinho. E ela sempre reagiu bem a isso. Adora ver filmes de animação, nunca pareceu se incomodar com nenhum personagem.
Quando ela indicava não gostar de um personagem, como a madrasta da Branca de Neve, eu deixava claro que era só um filminho e que a madrasta não poderia sair do filme, portanto ela não tinha porque ter medo. E tudo ia muito bem... Até o dia que assistiu a um filminho com uma amiguinha.
O filminho ela já tinha visto dezenas de vezes, mas a amiguinha reagiu com medo e fugiu do quarto nas horas em que a tal da bruxa apareceu. Alice pareceu não entender muito o motivo das fugas e não demonstrou reações a isso.
Mas, desde então, quando aparece algum personagem de "medo" em um desenho, ela declara que não quer mais ver aquela cena e pede para pular. Eu explico que não tem porque ter medo e que se pular, vai perder um pouco da história. Se ela insiste, e tem vezes que não insiste, eu pulo a cena.
E agora surgiu o tal do lobo mau. O mesmo que ela adorava dizer que estava chegando, o mesmo que ela ria a se acabar quando virava bolo, na linda história da Chapeuzinho Amarelo, de Chico Buarque. Esse lobo, que até pouco tempo atrás virava um "bolo de lobo fofo", agora virou motivo de muito medo. E, pela primeira vez em sua vida, Alice acordou chorando inconsolavelmente por conta dele. Ainda que eu tenha explicado que o lobo mau mora dentro do livrinho e que quando o livro está fechado, ele não tem mais como sair dali, ainda que eu tenha explicado que não há como um lobo entrar em nossa casa, pois nossa cachorra é brava e o faria ir embora, ainda que ela tenha me confirmado que entendeu isso tudo, ela ainda tem medo do tal do lobo...
E agora é esperar o tempo passar e o lobo mau sair do imaginário do medo de novo... até lá eu já estou prevendo algumas corridas no meio da noite para abraçá-la apertado enquanto ela se convence de que, só por essa noite, é seguro dormir, pois o lobo não virá...

terça-feira, 9 de março de 2010

Saudade aliviada

Quando a Carol estava com dois meses encontramos um casal de amigos na farmácia. Eles disseram "ah, que gracinha, ela é linda, parabéns", etc, etc, como todos sempre dizem. Mas ela, mãe de dois pré-adolescentes, falou uma coisa que eu nunca esqueci: "dá uma saudade aliviada".
Gente, tem tradução melhor para o sentimento de ver um bebê tão pequenino depois de já ter os seus maiores? Você já passou por toda aquela loucura há alguns anos, daí vê aquela coisinha linda, cheirosa, indefesa e chorona e morre de saudades... Mas ao mesmo tempo olha para os seus e pensa "ufa, já passei desta fase"!
Semana passada recebemos aqui a Luíza, a filhinha de 4 meses da minha amiga Flávia. Ela é um amor, um anjo, um bebê inexplicável- se as minhas tivessem sido assim, e eu tivesse dinheiro, estaria no décimo- e adorei conviver com ela. Mas daí foi a minha vez de sentir a saudade aliviada, e uma sensação de libertação por já ter passado por isso tudo!
Mas será que algum dia a saudade será mais forte do que o alívio?
Má.

domingo, 7 de março de 2010

Apreciação da arte para menores

Alice teve sua primeira experiência em um museu de arte moderna. Ao se deparar com uma enorme escultura com formato discutível, olha para uma passante e pergunta, em bom tom: "Quem fez cocô aqui?"
O pior é que ela estava com toda a razão, era mesmo uma porcaria!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Tá que tá!

De vez enquando escapole um desses assuntos de adultos perto da Sophia, a gente evita o máximo porque a parabólica está sempre ligada.
Estavamos no carro, eu, minha mãe, e a Sophia...
Mãe- Eu acho que sua amiga não vai ser feliz no casamento não.
Eu- Por quê?
Mãe- Ah...Porque o cara se mostrou um bundão quando ela ficou doente...
Parabólica, digo, Sophia - Vóóóó (mega indignada) Você viu a bunda dele?
Mãe- Viiiii (dando corda)
Sophia- Você viu a bunda bilada (pelada)? De fora? A bunda dele sem cueca? O bundãozão dele? (caso alguém não tivesse entendido, ela deixou beeem explicado....kkk)
Mãe- (tentando consertar né?) Não, não precisa tá sem cueca pra ver o bundão não. Tá vendo aquela mulher alí (apontando pra uma dona passando na rua)...Olha lá, dá pra ver o bundão dela e não tá pelada.
Sophia- Ah tá...Minha mamãe tem bunda grande

E claro...como não poderia deixar de ser, sobrou pra mim., né?
E meu medo dela relacionar a bunda ao dono da bunda....já que estávamos indo bem encontrar o casal em questão.....ia me matar de vergonha....mas ainda bem que não aconteceu!

PS: Minha filha adooooora a palavra BUNDA! Tô ferrada...já tentei de tudo quanto é jeito trocar pra bumbum, mas....não teu certo....alguma dica? Alguma Super Nanny de plantão???
XOXO

quarta-feira, 3 de março de 2010

Ninador automático

Quando a Alice era pequena, eu passava horas a fio sacudindo o carrinho suavemente para ela dormir... teve uma fase que ela só aceitava dormir de dia se fosse num carrinho em movimento. Meu braços e pernas ficaram exaustos. Eu queria ter ouvido falar nesse produto nessa época, certamente teria encomendado um...
Essa varetinha "mágica" nada mais é do que um ninador de carrinho automático! Você prende a varetinha na haste do carrinho com as tirinhas de velcro e VOILÁ... o carrinho será ninado para você!
Se quiserem ver mais fotos desse produto e outros produtos bem divertidos para crianças, dá um pulinho no blog Kids Modern.

terça-feira, 2 de março de 2010

Agenda?

A turminha da Ana está trabalhando o fonema "s", e ontem foi dia de fazer uma ssssssopa. Veio o recado na agenda: trazer 1 litro de leite e 2 batatas. Mochila pronta, Ana e o pai seguindo pra salinha, e encontram uma amiguinha com a sua mãe. Rodrigo fala:
-Hoje a mochila está pesada, com o leite e a batata!
E a mãe da coleguinha:
- Que delícia, Ana, seu lanche hoje vai ser leitinho com batata?
Rodrigo desesperado:
-Hoje não era o dia da sopa???
A mãe desesperada:
-Hoje era o dia da sopa???
Ela abre a agenda e sim, hoje era o dia da sopa. O ingrediente da amiguinha, que já estava completamente arrasada, era um frango. Reação do Rodrigo, simpático e solidário até dizer chega:
-Essa sopa vai ser vegetariana, hehehe!
E sai a mãe correndo para comprar o frango...
Moral da história: nunca se esqueça de ver a agenda, mesmo aos sábados OU escolas, pelamordedeus, não mandem gincanas para os pais às sextas!
Má.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Efeito Escola

Hoje completa um mês que Alice entrou para o mundo acadêmico. É pouco, mas, para ela, é uma enorme parcela de vida.
O curioso é que vejo mudanças nela a cada dia. Já vejo traços de independência que antes não estavam ali, vejo um desenvolvimento verbal incrível, também um desenvolvimento psico-motor. Além de ela ter, de uma hora para a outra, decidido que enquanto está acordada, não usa mais fraldas.
Hoje cheguei a me assustar quando minha filha, aquela mesma com quem eu lutava bravamente por horas para colocar no banho e depois na cama, olhou para mim e declarou que queria tomar banho porque estava com sono... COMO ASSIM???
Entendam que em janeiro eu ainda me degladiava com um pinguinho de gente que se recusava a dormir, não importava quão cansada estivesse! Em janeiro o processo dormir levava, em geral, entre 40 minutos e 3 horas!
Como é que agora ela vem com declarações simples como esta?
"Mamãe, tô cum sono... podi tomá banho e i paia a caminha da Alice?"
E eu, no susto, atendi seu pedido prontamente. Trinta minutos mais tarde ela já dormia sonoramente e eu já estava aqui, sentada, pensando no que eu deveria escrever!
Santo Deus, EU AMO A ESCOLA!