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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Desvendando os números

"Mãe, sabia que eu tenho 30 dedos?" "Como assim? TRINTA? Melhor conferir isso aí, filhoca, acho que você contou alguma coisa errada aí! Conta aí, com bastante atenção!" Daí comecei a ouvir a contagem atenciosa dos dedinhos: "Um, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10... 18, 19, 20, 21... Tem razão mãe, não são 30, são só 21!" "Vinte e um? Como assim, filha... acho que você deve contar de novo, só pra ter certeza..." E lá foi ela de novo: "Um, 2, 3, 4, 5, 6... 18, 19! Mãe, você estava certa, tem só 19!" Tentando conter as minhas gargalhadas, pedi a ela que, novamente, contasse, com calma e um a um. E lá foi ela para a terceira contagem. "Um, 2, 3, 4, 5, 6, 7...19, 20! São VINTE, mãe, VINTE! Affff... eu já estava até meio preocupada!" E eu, bem, só posso dizer que respirei aliviada no banco da frente ao me certificar que minha filha, de fato, não tinha 30 dedos!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Das coisas que os idiotas falam

Éramos os segundos da fila, Lucas já estava perdendo a paciência no carrinho, Alice do lado, comportadíssima, esperando para comer seu tão desejado pão de queijo. Na nossa frente uma moça enroladíssima demorando um tempo longuíssimo para decidir se queria uma porção de pães de queijo com uma água ou um pão de queijo grande com um cafezinho. Quando finalmente se decide, Lucas já estava fazendo os seus tradicionais sons de queixa. Ela se vira para trás, olha para ele, ele sorri, bonzinho e simpático que é. Ela olha para a Alice, que nem está muito prestando atenção nela.
"Nossa, são muito parecidos, né?" Ela diz, pegando no pesinho do Lucas (eu ODEIO quem pega no pé do meu filho sem me conhecer!).
"Aham..." retruco, um tanto desinteressada.
"Você ajuda a sua mãe a tomar conta do seu irmão?" Agora para a Alice.
"Ajudo..."
"Ele já começou a te encher o saco? Já começou a querer roubar todos os seus brinquedos e bonecas?"

Agora, me explica, porque diabos alguém tem que fazer um comentário desses para uma criança de 5 anos?

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O que você vai ser quando você crescer? (vídeo patrocinado)

Alice tinha uns 3 anos quando decidiu, pela primeira vez, o que queria ser quando crescesse. Por conta de uma alergia a uma fralda, ela tinha ido a uma consulta numa dermatologista muito simpática que a conquistou. Depois disso começou a declarar para quem quisesse ouvir:
"Eu vou ser médica, hematologista, que trata do bumbum das pessoas!"
E ai de quem tentasse explicar que não era bem por aí!
O tempo passou, Alice passou a conhecer outras especialidades médicas. Decidiu então que seria médica sim, mas das que "colocam o bracinho das pessoas de volta no lugar" (Alice tinha uma condição chamada pronação dolorosa, que a levava, com freqüência, ao ortopedista).
Mais adiante ela concluiu que não era nada disso que ela queria, ela queria mesmo era ser "vetelinária", para cuidar de bichinhos, que é o que ela mais ama no mundo.
Mas, como ela queria agradar a todos os membros da família, e ao mesmo tempo fazer tudo o que gostava, ela decidiu que seria Veterinária com a mamãe (sabe-se lá porque!), Mecânica de carro com o papai e Costureira com a vovó.
Bem, de uma coisa eu tenho certeza, com tantos empregos, de fome ela não morre!


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(Este post foi patrocinado pelo sabão em pó OMO, para que as patinhas dos animais e a graxa dos automóveis possam, enfim, ser apagadas das roupas da minha pequena profissional!)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Wikimãe

Alice passa o dia perguntando. Pergunta um pouco de tudo, desde coisas banais como o que teremos para o almoço, até coisas filosóficas e complexas que envolvem a origem de palavras que ela ouve por aí e a desconstrução da mesma para entender seu significado.
"Mãe, o que é Capri?"
"Capri?"
"É de Capricórnio!"
"Ahhhh... quer dizer cabra... e córnio é de chifre..."
"Então é uma cabra com chifre?"
"Isso..."
"E, por que eu sou Capricórnio?"
"Porque nasceu no dia 18 de dezembro..."
"Mas, por que quem nasce no dia 18 de dezembro é Capricórnio?"
"Porque a Astrologia definiu isso."
"Mas, por que?"
"Alice, essa é uma daquelas perguntas que eu não sei como responder..."
E, então, ela se cala por alguns segundos (e segundos não é força de expressão... são segundos MESMO!) e recomeça:
"Mãe, por que temos que chamar pé de pé e não de mão?"
"Mãe, por que é que o mar é salgado?"

Não basta ser mãe, tem que ser Wikimãe!