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terça-feira, 30 de novembro de 2010

A melhor mãe do mundo

Sou da teoria que a melhor mãe do mundo é aquela que podemos ser para nossos filhos. Porém, ao contrário do que possa parecer, não acho que com isso a gente deva se resignar com aquilo que somos: muito pelo contrário, acho que devemos buscar sempre o questionamento sobre nossa maneira de ser mãe.
Outro dia estava conversando com uma amiga, e ela me contou que está passando dificuldades com o filho. Vejo que ela se sente sobrecarregada, pois acabou de se separar e quer dar conta de ser tudo para o filho dela. Gente, mãe precisa descansar, mãe precisa de um tempo, mãe precisa dormir! Não adianta querer fazer tudo. Às vezes acho que tanta divulgação sobre o ideal de ser mãe acaba nos afetando tão intimamente que a gente não consegue parar pra pensar que a felicidade dos nossos filhos depende da nossa. Mãe precisa estar o dia inteiro com os filhos? Mãe precisa se excluir pra ser mãe? Olha, pode até ser que sim, mas desde que seja algo genuíno, e não porque "disseram" pra você ser assim. Fora os julgamentos: sou uma mãe melhor porque estou mais tempo com meu filho... Argh...
Desculpas pelo desabafo público, mas acho que vocês sabem do que estou falando!
Má.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Pirâmides Majestosas

Alice chegou em casa com uma bandeira do Brasil que tinha feito na escola. Toda orgulhosa, me mostra sua arte e diz:
- Mamãe, canta a música da Piâmide majestosa?
- Qual, filha?
- Da Piâmide Majestosa... a que faz a bandeia nacional subi!
- É a do "ouviram do Ipiranga as margens plácidas" filha?
- ISSO!
E toda contente começou a hastear sua bandeirinha enquanto eu cantava o hino!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

As coisas mais simples

Estávamos passeando, eu, Alice e o meu marido. Nada demais, só um passeio de casa até a feira, coisa que fazemos todo domingo. Alice no meio, entre nós dois, segurando nossas mãos e tagarelando.
Ficou silenciosa por um minuto (acreditem, isso é raro!!!) e nos olhou.
"Eu ADOIO passeá com o papai e a mamãe e a Alice, juntinhos!"
E, voltou a tagarelar.
Olhei pro meu marido, que me olhou de volta. Não precisamos falar nada, era simples assim.
E são as coisas mais simples que me fazem a mãe mais feliz do mundo!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Tempo que passa

Outro dia fui deixar a Carol na escola, e quando entrei na sala tinha três crianças em pé. As crianças eram enormes, e eu pensei "o que este bando de marmanjo está fazendo na sala da Cacá?". Deixei a mochila no lugar e antes de sair olhei mais de perto: aqueles marmanjos SÃO da sala da Carol, são três coleguinhas dela! Meu deus, precisei olhar pros filhos dos outros para, daí, descobrir que a minha filha já está imensa!
De posse dessa nova informação, vi a Carol apagar três velinhas no bolinho que fizemos pra ela neste domingo, dia em que ela completou seus três aninhos. E o mais engraçado- ou cruel- é que nossos filhos crescem, mas a gente não: vai só ficando velhinha, velhinha...
E os parabéns pra minha pequena grande Carolina!
Má.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Jingle Bells!

Ontem Alice chegou da escola natalina! Decidiu que queria montar a árvore de natal e não tinha conversa. Colocou seu vestidinho vermelho, seu tutu de natal (não perguntem... é um tutu vermelho que ela encontrou no fundo de uma gaveta e decidiu que era o tutu de natal... eu só aceito, não tendo entender!) e seu chapéu de papai noel e disparou a cantar: "Fa-la-la-la-la-la-la".
Enquanto saltitava ao redor da árvore com os enfeites, pendurando cada um no seu lugar "perfeito", ela fazia pequenos sons de "uuuhs" e "aaahs". Parava, tomava distância da árvore, analisava os espaços e voltava a saltitar e cantarolar e pendurar enfeites.
Cantou seu repertório natalino completo, que se resume ao "Fa-la-la-la-la-la-la", alternado com "Jingle Bells" (num inglês macarrônico delicioso), e com "Ó pinheirinho di Natal... que lindos são seus raios!!!" (Tá, seriam ramos, mas ela cismou que são raios, então tá, né?). E, a cada 20 minutos, num tom um pouco impaciente, ela perguntava: "Já é hoje o natal, mamãe??"
Finalmente, quando terminamos e ela se deu por satisfeita, tomou 3 passos de distância e exclamou, numa alegria inigualável:
- OLHA MAMÃE, tá LINDA, tá MAIAVILHOSA... tá.. tá... tá TÃO ROMÂNTICA!!!!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Histórias Infantis

Eu sou do tipo de mãe que lê as histórias como elas são... personagens morrem, outros queimam a bunda, tem bruxa má, tem maldição... normalmente a história é contada como ela é lida, sem rodeios.
Mas, tem horas que não tem jeito, preciso adaptar porque, sinceramente, acho que algumas pessoas que fazem livros infantis têm titica na cabeça!
Quando recebi os livrinhos da iniciativa do Itaú achei o máximo... dois livros de poesia e parlendas lindos, que Alice ainda é muito nova para captar, mas que ficarão guardados para o futuro; e dois outros livros que merecem ser comentados: O Lobisomem e Os 3 Porquinhos.
Na verdade, eu nem tinha muito me tocado do absurdo que são esses dois livrinhos até que a Má comentou sobre eles. Na verdade, como Alice ainda não sabe ler, eles eram apenas ilustrações, eu não tinha lido o texto para ela... Mas, como considero que a Má é uma mulher de bom senso, sentei e li!
Bem, Os 3 Porquinhos é um clássico, todo mundo conhece, né? São séculos de sucesso, correto. As versões têm pequenas diferenças, especialmente no que diz respeito ao destino do lobo. Em alguns casos ele queima a bunda quando desce pela chaminé e cai na água fervendo, em outros casos a água não é água e sim aguarrás, em outros o lobo foge e nunca mais é visto, em outros ele é cozinhado na panela. São todas formas cruéis, mas são uma punição por tentar comer os porquinhos e, sinceramente, não me incomodam muito. Então eu leio para ela como vier. MAS, não nesse livrinho... a versão desse faz o lobo comer cada um dos porquinhos para, no final, o terceiro porquinho o matar e abrir sua barriga para tirar os irmãos de lá de dentro. Até tentei ler para a Alice como estava no livrinho, mas ela prontamente reagiu: "NÃO MAMÃE, o pôquinho foge paia a casa do rimãozinho dele!!!!" Ou seja, o livro será doado!
E, o que dizer do Lobisomem? Eu não tenho nenhum conflito com contar histórias que tenham lobisomens e vampiros para a Alice, até porque ela sabe diferenciar MUITO bem o que é ficção e o que é realidade. MAS, esse livro é especial! Sim, não se trata da história do Lobisomem! Trata-se da história de um menininho que é, inicialmente, visto como esquisito, e que, quando se descobre Lobisomem vira vítima de Bullying e preconceito e acaba tendo que fugir da cidade para ficar sozinho! Ok, acho que não dá, né??? Será doado também!

Aliás, outro dia fui comer na Churrascaria Porcão com a Alice. Ela ganhou a revistinha "Porcãozinho" para ler na mesa. Qual não foi minha surpresa quando abro a historinha para ler e ne deparo com uma pequena narrativa sobre uma família de Porcos que ADORA comer churrasco, inclusive lingüiça!!!!!

Gente, vamos falar BEM sério aqui, né? Tem gente que faz livro infantil que nunca deve ter visto uma criança na vida, né?

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Patrulha da limpeza

Conversa com Aninha sobre uma coleguinha da escola, que chamaremos aqui de Fulaninha, para não dedurar a porquinha, digo, menininha.
-Mãe, acredita que a fulaninha NÃO lava a mão depois de usar o banheiro?
-Jura??? Que nojo!
-Ela não deve ter pia em casa, né?
-Não, Ana, ela tem sim. Ela não usa porque não foi educada pra usar.
-E acredita que ela quer ser minha amiga?
-E você não quer ser, né? (a mãe ensinando coisa errada)
-Não, mãe, se eu diser que não quero, ela vai ficar triste, né? (a filha ensinando coisa certa)
-Ah tá.
-Eu só não encosto nela.
Mania de limpeza, preconceito e segregação, a gente vê por aqui!
Má.

sábado, 13 de novembro de 2010

TPM

Alice, tem dia, que parece que está na TPM. Hoje foi um desses... estava contente e feliz por ir almoçar conosco em uma churrascaria, com um grupo grande de amigos e alguns filhos de amigos. Brincou, pulou se divertiu, mas, a cada 20 minutos, se magoava com alguma coisa estranhíssima, como a lembrança de um copinho lindo que ela não trouxe para o restaurante (nunca leva copinho para restaurante, mas, vai entender, né?). Logo em seguida, o humor voltava ao normal, ela secava as magoadas lágrimas de seu rostinho, e voltava a brincar!
Se é assim aos 3 anos, temo pelo que será no dia que ela tiver que lidar com hormônios de verdade!rs

terça-feira, 9 de novembro de 2010

E lá se vão 13 anos sem a minha mãe...

Quando eu era criança morava no Rio com meus pais e minhas irmãs, Como sou bem mais nova do que elas, com uns 10 anos elas já tinham se casado e mudado. Meu pai sempre trabalhou e viajou muito, e eu ficava grande parte do meu tempo com a minha mãe. Era ela que me levava pra tudo quanto era lado, e naqueles intermináveis engarrafamentos do Rio, ela reclamava que estava de saco cheio de dirigir. Aí um dia eu falei "mãe, quando eu fizer 18 anos, eu que vou te levar pra todos os lugares".
A promessa não foi cumprida: mais ou menos na mesma semana em que eu tirei a carteira, ela foi internada pela primeira vez. Foram duas internações e dois meses até o câncer vencer a batalha, e não deu tempo de levá-la a lugar nenhum.
Hoje completam-se 13 anos sem minha mãe aqui. Ela não esteve no meu casamento, não viu minha formatura, não esteve comigo quando a Ana nasceu, quando a Carol nasceu, quando minhas sobrinhas nasceram. Há 13 anos não rimos juntas, não brigamos, não implicamos uma com a outra; há 13 anos ela não me dá colo. Tem dias que sinto raiva, fico puta da vida de não ter ela aqui comigo. Na maioria das vezes, entretanto, o que eu sinto mesmo é só saudades, de todas essas coisas, e sobretudo dela, com suas mãos frias, seu abraço quente, seus olhos que irritantemente me conheciam sem que eu precisasse dizer nada.
Me disseram que a falta passa e a saudade fica. A falta ainda não passou, e a saudade sei que vou sentir pra sempre. Por outro lado, sei que tenho muita sorte de ter tido a mãe que tive, ainda que só por 18 anos. E fica aqui minha pequena homenagem no blog a esta grande mulher, a mãe que me inspira a ser a mãe que eu sou.
Má.

(Eu e mammys, há 30 anos)

sábado, 6 de novembro de 2010

Rapidinhas Verbais

Alice: Mãe, tua sombancelha é linda!
Eu (com cara de hein????): Obrigada filha!
Alice: O teu céblo também é!
EU: O meu O QUE, filha?
Alice: O céblo, sabi, atás do olho!
Eu: O meu CÉREBRO, filha?
Alice: É, isso, o CÉBLO!!!!
(então, tá, né?rs)

Alice: Mãe, o que é abafado? (ouvindo a história do Pooh que ficou com a cabeça presa dentro do pote de mel e ficava com a voz abafada)
Eu: (cobrindo a boca com a mão, para mostrar) É quando a voz fica assim, ó... com uma coisa cobrindo...
Alice: Não, mãe, num mosta, eu queio em palavinhas!!!!

SOCORRO... ABDUZIRAM MEU BEBÊ E BOTARAM UMA GURIA HILÁRIA NO LUGAR DELA!!!!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A expectativa de fazer tudo de novo

Alice nasceu com o dormidódromo quebrado... depois de muitas reclamações com o fabricante, consegui, finalmente, que a peça fosse trocada, e hoje, dorme que nem um anjo por 12h ininterruptas. Mas, não se enganem, foram quase 2 anos e meio de luta e noites infindáveis tentando descobrir que peça estava com defeito!
Com isso, eu sempre disse que Alice seria filha única. Eu não conseguia conceber a idéia de mais 700 e tantas noites insones! Mas, passou, e eu comecei a ficar com saudades de ter um pequeno serzinho gostoso e cheirosinho (as vezes nem tão cheirosinho, mas era gostoso mesmo assim!) agarrado em mim noite adentro. Acreditem, isso é possível!!! Toda mulher tem um lado meio masoquista que diz: "Mais, mais, quero mais tortura, quero mais noites insones!!!!
Então pintou a vontade, e depois a decisão de queremos mais um. Passamos a ouvir alto as pequenas vozes que gritavam, em coro: "MAIS UM! MAIS UM! MAIS UM!"
E reinauguramos a fábrica, com toda a força! Rapidinho veio o mais um... mas nem tudo é perfeito e como tinha sido quando desejamos tanto a Alice, antes do sonho, veio um pequeno pesadelo. Agora acordamos e nos demos conta que os pesadelos não podem nos impedir de sonhar. E estamos de volta ao sonho... só resta agora a natureza colaborar e aprovar o projeto!
Portanto, estamos agora vivendo a expectativa de fazer tudo de novo... quem sabe no ano que vem, nessa mesma data, eu não estarei blogando com um pequeno serzinho pendurado no peito???

terça-feira, 2 de novembro de 2010

O dinheiro e mais filhos

Já contei aqui que sou da era do rádio, né? Até vejo uns jornais na TV, dou uma geral nas manchetes do UOL e leio um jornalzinho no fim-de-semana, mas gosto mesmo é de ouvir as notícias no rádio.
Esses dias estava ouvindo o "seu consultor financeiro" na BandnewsFM (gente, desculpa, não sei o nome do cara!), e ele estava falando que dinheiro não deve ser o fator definitivo para decisões importantes na vida, incluindo uma das mais importantes de todas: ter o primeiro, ou o segundo, o terceiro, etc, filho.
Ele defende essa ideia dizendo que sempre se dá um jeito, sempre se ajustam as despesas e que mais um filho acaba cabendo no bolso da família. Há sempre cortes- seja na diversão, seja no consumo de supérfluos, ou mesmo cortes em partes importantes, como mercado, vestuário, etc. Ele defende, ainda, que esse ajuste gera algo muito mais importante do que dinheiro para a família: felicidade.
Muito interessante pensar sobre isso, não?
Quando Ana entrou na escola nova, que era bem mais cara, pensei que fôssemos ter que renunciar a várias coisas que nos traziam prazer. Hoje, 4 meses após a entrada na nova escola, não percebi grandes mudanças no cotidiano por conta de cortes nos gastos, e vejo ela tão feliz na escola que não tenho dúvidas que compensou.
Talvez, ao pensar em mais um filho, de fato seja isso que acontece: o sofrimento vem por antecedência, mas tudo se resolve.
E aí, bora planejar mais um, minha gente?
Má.