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terça-feira, 29 de setembro de 2009

É primavera...

- Mamãe, a primavera chegou?
- Chegou sim, Ana, chegou ontem!
- E por que não vejo as flores pelo caminho?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Página 30...

Minha prima viajou. Deixou os 3 filhos com a mãe dela. No primeiro dia, o mais velho, hoje com 5 anos, resolveu testar seus limites. Durante uma visita à uma tia começou a fazer birra forte. A avó, incisiva, tentando mostrar que ela se imporia nos próximos dia determinou que se ele não parasse, iriam embora. Ele não parou. A avó pegou ele e colocou-o no carro para ir para casa. No caminho, ele em silêncio, furioso, no banco de trás, alcança um livrinho que estava por ali e começa a folhear:
"Página 30... como matar uma avó!"
A avó, no banco da frente dirigindo, ficou em silêncio, tentando não deixar transparecer o riso que prendia.

domingo, 27 de setembro de 2009

Invejinha materna

Outro dia estava na praia com a Alice. Ela brincava com os amiguinhos e nós, mães, batíamos papo de pé. Foi então que veio o amiguinho correndo e abraçou a perna da mãe dele com toda vontade. Só que errou a mira e deu com o nariz na coxa da mãe. Caiu para trás e começou a chorar.
Não consegui deixar de reagir: "Puxa, isso não acontece comigo... a Alice até gosta de dar narigada na minha coxa, acha macia e fofinha!"
A gargalhada foi geral...
Mas, fala sério eu mereço uma amiga toda sequinha e malhada do meu lado nesse meu estado Mãeterno e fofo?

sábado, 26 de setembro de 2009

A mãe lingüista

Uma das coisas que mais me surpreende sobre mães em geral é a capacidade ímpar de identificar as palavras ditas pelos seus filhos.
Fui brindada com um bebê falador. Aos 10 meses, após ver o personagem do Barney, aquele bendito dinossauro roxo, ela exclamou: "BAEI!" e dali em diante não parou mais de falar... Hoje, aos 23 meses, ela já fala com alguma clareza e, qualquer adulto com um pouco mais de paciência é capaz de entender as suas pequenas frases. Mas, mesmo assim, é preciso tentar contextualizar o que ela diz, pois, com uma memória esquisita, do nada ela é capaz de iniciar uma longa narrativa sobre algo que aconteceu no mês passado no parquinho!
Mas me impressiona muito quando chego no parquinho e todos aqueles mini seres humanos começam a falar comigo e eu consigo entendê-los... Alguns falam muito bem, outro fazem sons aleatórios e eu consigo, com precisão, entender o que estão contando ou pedindo! Eu, e quase todas as mães que frequentam diariamente o parquinho.
Outrora, antes de virar mãe, eu provavelmente ficaria enlouquecida, olhando para os pesinhos deles, tentando encontrar a legenda. Mas, hoje, é como se a maternidade tivesse me equipado com uma tecla SAP que é ativada assim que me engajo numa conversa com um pequeno!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Mimi casa mamãe

Alice foi dormir na casa da avó, como faz praticamente uma vez por semana. Na hora de ir dormir, deita com a avó na cama e fica, como de costume, rolando de um lado para o outro numa simulação de frango de padaria. Num determinado momento a avó finge que dormiu. Alice a cutuca e diz: "Coda, vovó, coda!"
A avó, acreditando que essa será a solução para que Alice finalmente desligue os motores, continua de olhos fechados, respirando fundo, imóvel.
Alice se levanta, pega o seu Pooh companheiro, dá um beijo na avó e anuncia: "Bejo, vó! Mimi casa mamãe!" e toma o rumo da porta, decidida.
A avó dá uma sonora gargalhada, resgata Alice de volta para a cama, e Alice, feliz da vida, volta à sua tradicional rotina de frango de padaria até cair no sono.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Soninho....

Adoro ver a Sophia dormir....Além de ser linda, é um misto de silêncio na casa que só acontece quando ela está aprontando alguma coisa normalmente escondida atrás do sofá e aquela segurança de que ela está sã e salva deitada na caminha dela (ou na minha....rs...)
Ela tem um sono muito gostoso....e quando dorme na minha cama acordo às vezes com ela dando gargalhada, sonhando com certeza um sonho muito bom...E eu fico ali olhando com cara de boba...
Raramente ela acorda à noite chorando, mas quando isso acontece....sai de baixo...deve ser capaz de acordar o prédio inteiro ...kkk...e todas as vezes que aconteceu ela estava na cama dela...
Pra provar que ela é filha da mãe dela, adora dormir...você quer me ver feliz, bem humorada? Me deixe dormir 12 horas e depois a gente conversa....kkk....Ela é igualzinha...Nada melhor para começar o dia do que com um BUNDIA MAMÃE....ACÓGAAAAA!!!!! BUNDIA A–TÚ A–TÚ E TÚ (SAP: Bom Dia Mamãe.... Acordaaaaa!!!! “ Bom dia pra tu, pra tu e tú” Música que o Burro canta pro Shrek no III...) E eu ainda ganho um beijinho com o bafinho da manhã....rs...
Diferente da mãe, mesmo quando ela dorme pouco acorda com um sorriso de orelha a orelha...sem dúvida essa parte do bom humor ela herdou do pai, porque eu preciso de um pouco mais de 5 minutos de silêncio para ativar o bom humor mãeterno...às vezes quando ela já acorda papagaiando eu nem falo nada, olho pra ela e levanto a mão e ela vira e fala: Tá mamãe! Calminha... calminha.... (Porque sim, me entregaram um papagaio na maternidade e como fala.......metade dá pra entender e a outra metade eu traduzo......)
É a velha história, em time que está ganhando não se mexe...
Ela demora 5 minutos para pegar no sono se estiver na minha cama, se estiver na dela é mais de 1 hora de choro histérico e ainda assim não dorme....E depois que ela dorme na minha cama ainda posso colocar na cama dela se eu quiser que ela não acorda...
Não abro mão de fazer ela adormecer na minha cama e às vezes passar a noite toda na cama comigo...não me importo de que ela durma comigo,que me chute a cada 5 minutos, que toda vez que eu abra os olhos precise cobrir ela denovo, mas principalmente porque quando ela vira pra mim deitada na cama pedindo minha mão e dizendo que está com medo eu posso dizer que ela não precisa ficar com medo porque a mamãe protege....e me sinto a Super Mãe! rs...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A mãe que trabalha, mas não trabalha

Lá vou eu no gancho da Mari mais uma vez: eu não trabalho, mas trabalho muito! Quando a Ana nasceu estava terminando a graduação, e quando ela completou um ano estava ingressando no mestrado. Um mês após entrar no doutorado descobri que estava grávida da Carol, e quando ela completar três anos vou finalmente “virar” doutora, ou seja, vivi e vivo a maternidade em meio aos estudos e com a cara colada no notebook.
Tenho plena consciência do quanto trabalho: procuro participantes pra pesquisa, faço entrevistas, transcrevo gravações e filmagens, faço revisão de literatura, escrevo artigos e capítulos de livro, tenho aulas e reuniões. Em suma, escrevo e leio MUITO, em um trabalho que me exige oito horas diárias ou mais. E no final do mês, ainda recebo meu salário, em forma de bolsa de estudos.
Mas nada disso adianta: quando eu digo o que faço me respondem “que bom, né? Só estuda... Ô vida boa a de estudante! E ainda tem muito tempo pra ficar com suas meninas!”.
Tento nem me irritar mais, mas é difícil. E se eu fosse homem? Será que alguém entenderia meu doutorado como algo parecido com um hobby? Ou compreenderia como algo similar a uma profissão?
Afff, dureza.
Má.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Bota aqui o seu pesinho...

Alice, arteira que só ela, conseguiu torcer o tornozelo. Depois de um dia se recusando a andar, decidi levá-la ao ortopedista. Tirar a radiografia foi uma arte! Mesmo explicando que era só uma foto do pé, ela chorou como se estivessem cortando o pé fora. Mas, tão logo viu a radiografia revelada, decidiu que era muito legal e não parava de mostrar o "pé da A-lice"!
Confirmada a ausência de fraturas, o ortopedista explicou que o tratamento era simples: bastaria mantê-la quietinha e sem pisar sobre o pé torcido por 7 dias, fazendo compressas de gelo 3 vezes por dia. Simples, não?
"Como o senhor sugere que eu a mantenha sem pisar sobre o pé lesionado?" perguntei a ele.
"Basta explicar para ela que ela precisa repousar..." ele respondeu, demonstrando claramente que não tem filhos nem contato com crianças pequenas.
"Ok, e qual é o plano B?" indaguei curiosa.
Ele então explicou que poderíamos imobilizar com uma tala de gesso e uma botinha de gaze. Certamente foi a minha escolha!
E, então, me veio a luz... como convencê-la a ficar quieta para engessar e enfaixar o pé?
"Filha, o tio vai te dar uma botinha super especial!"
"NÃO... não queio!", disse ela, enfaticamente.
"Mas filha, é uma botinha que ninguém mais tem... o Enzo não tem, a Sofia não tem, a Aninha não tem... só a Alice tem essa botinha!!!"
"Aninha não tem?" perguntou, curiosa.
"Não!" respondi.
"Só A-lice tem?"
"Sim!"
E assim, com base no exclusivismo, que eu prefiro não chamar de egoismo infantil, convenci a pequena que ficasse bem quietinha para colocar a botinha. Depois disso foi um tal de mostrar a botinha para todo mundo com empolgação e felicidade!
Mas, nada de andar... simplesmente queria colo e anunciou que "A-lice só coia mamãe!"
Eu já previa 7 dias de sufoco com uma baixinha pendurada que nem brinco no meu colo, o que, certamente, me renderia uma inigualável dor na coluna!
Hoje acordou e pouco depois de trocar a roupa se levantou como se não tivesse com a botinha. Saiu andando, sem nem mesmo mancar. Ao longo do dia ela dançou com a Xuxa, escalou uma estante, subiu e desceu da cama umas mil vezes, e, de quebra, correu!
Acho que o difícil agora será convencê-la, ao final de 7 dias, que precisa tirar a bota!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A mãe que trabalha

Assim que eu soube que a Alice estava a caminho, decidi parar de trabalhar e virar mãe em tempo integral. O que eu nao sabia é que não trabalhar implicaria em tanto trabalho.
Optei por não ter babá. Não que eu seja contra ter babá, mas para mim seria um complemento, para me ajudar nas horas em que eu precisasse fazer alguma coisa inadiável sem minha filha. Mas, na minha cabeça, a idéia de passar o dia num escritório, deixando minha filha na mão de uma outra pessoa, e vê-la apenas por alguns minutos antes de ir para o escritório e depois que eu voltasse, simplesmente não me agradava. E, ainda que eu entenda que isso é necessário para muitas mães, preferi me apertar um pouco, abrir mão de alguns "luxos" para poder estar com ela todos os dias da vidinha dela, afinal, ela só será esse bebê por pouco tempo!
Mas, com essa decisão descobri uma coisa curiosa, as pessoas que não vivem essa realidade tendem a acreditar que mãe que não tem emprego é mãe que não trabalha.
Já perdi a conta de quantas vezes ouvi comentários como: "Você não trabalha? Puxa, que delícia deve ser não ter obrigações o dia inteiro!"
Também já cansei de ouvir o famoso discurso de que a mãe que não trabalha se torna bitolada e só sabe falar de filho, ou pior, que é uma mulher sem independência financeira!
Pois bem, a verdade é que nunca trabalhei tanto. Trabalho 24h por dia e só descanso em raras ocasiões, quando minha mãe me socorre e fica com a Alice por algumas horas para mim. Trabalho na madrugada, trabalho nos finais de semana. Meu expediente, oficial, começa por volta de 7.30h, as vezes até antes disso, e só termina por volta de 20.30h, ou até depois disso. No resto do tempo estou de plantão, e sou mais solicitada do que obstetra que incentiva de parto normal!
No que diz respeito a ficar "bitolada" e só saber falar de filho, bem... realmente não tenho muito tempo de sobra para ler livros e para me atualizar com todas as notícias mundiais. Aliás, nem faço questão, considero que estou em uma licença sabática! Me informo sobre o que me interessa, leio o que estou com vontade, mas não me sinto na obrigação de ler o jornal do começo ao fim! E, realmente, filho é um assunto recorrente no meu dia-a-dia, AINDA BEM! E, na verdade, se bem lembro, minha colegas de trabalho, nos idos tempos de escritório, também tendiam a falar MUITO sobre seus pimpolhos, mostrando trezentas fotos e ligando para eles o dia inteiro... então, acho que o assunto filho ser predominante é um fenômeno materno!
E, finalmente, ouso dizer que nunca aprendi tanto. Nenhum emprego que eu já tive (e acreditem, já tive os empregos mais variados e sempre gostei do desafio de fazer algo que eu nunca tinha feito antes!) me ensinou tanto. Neste meu novo emprego estou aprendendo sobre nutrição, culinária, enfermagem, pediatria, pedagogia, organização de festas, artes plásticas, música, e tantas outras coisas. Sou obrigada, diariamente, a achar soluções para "problemas" novos e das formas mais criativas possíveis.
Por isso, hoje, quando me perguntam se eu trabalho, já respondo logo: "igual uma louca, trabalho MUITO! Mas, não, não tenho emprego remunerado! A minha remuneração é o sorriso diário da minha filha e a certeza de que ela está recebendo a educação que eu desejo para ela..."
Normalmente isso já basta para o meu interlocutor entender a minha mensagem!

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O brinco 4....rs...

Esse com certeza é um assunto que rende, e é tão polêmico quanto circuncisão em bebês...
Desde que soube que teria uma menina sabia que ela teria as orelhas furadas e assim como a Jojo sou da política de que se não quer usar brincos ok, não precisa, mas os furos estarão lá caso mude de idéia...
Eu nunca tive a opção de furar ou não a orelha...e na verdade na religião da minha mãe isso é proibido, quando eu decidi que não queria ser da mesma religião que ela (e o resto da família inteira) resolvi furar as orelhas escondida com 12 anos...A primeira vez, pq tive tanto problema com cicatrização que já furei minha orelha 6 vezes...rs...Ao todo 12 furos para só na última tentativa dar certo.
Não queria meeeesmo que minha filha precisasse passar por isso.
E como boa Enfermeira-sangue-de-barata fui eu mesma quem furou as orelhas da Sophia quando ela tinha 2 meses, só depois de tomar a primeira dose da antitetânica.
Se alguém tinha que fazer o serviço que fosse eu, não quis deixar que furassem a orelha dela torta...ou sei lá...na verdade não achei ninguém que soubesse furar...
Mas deu super certo, não teve problema nenhum, eu cuidei direitinho, limpando com álcool 70%, passando pomadinha...tudo que teve direito...
Cicatrizou muito bem e hoje ela adora os brinquinhos dela...
Hoje ela riscou o pé e veio dizer que queria fazer uma tatuagem...(tenho uma amiga que tem no pé)...acho que nem quando ela fizer 18 anos....rs...
XOXO

terça-feira, 15 de setembro de 2009

O brinco 2

Eu também não furei a orelha das minhas filhas quando bebês. A Ana ganhou os brinquinhos, que ficaram guardados. Tive muitas inflamações por conta de furar a orelha, e queria poupar minhas filhas de tal possibilidade. Além disso, acho uma judiação furar orelha de recém-nascido. Além de desnecessário.
Quando a Ana tinha três anos, me pediu para furar orelha. Eu expliquei que doía muito, e tal. Ela continuou pedindo, e eu explicando que seria melhor se ela esperasse. Depois de muita insistência, falei "está certo, vamos furar a orelha hoje!". Ela ficou empolgadérrima. E lá fomos nós pra farmácia. Tadinha, quando o rapaz furou, ela sentiu muita dor, fora o susto da "pistola", e chorou demais! Eu me arrependi e morri de dó, e insisti para que voltássemos outro dia. Ela, do alto de seus três anos e meio me disse "não, mamãe, eu quero furar as duas". As lágrimas escorriam, mas ela sentou quietinha e furou a outra orelha.
Morri de orgulho da determinação da minha menininha!

Mesmo com esta história, não furei a orelha da Carol. Às vezes me dá vontade, mas prefiro esperar o momento em que ela vai querer furar, assim como a irmã vez.
Má.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Pitinha fica, mamãi vai!

Alice ainda não entendeu o conceito de integridade física. Constantemente me pede, ao final do banho, que eu tire a cabeça dela, como faço com as bonecas, para tirar a água de dentro. Mas hoje ela se superou...
Ela sempre dorme fazendo carinho numa pinta que tenho no rosto (sempre quis tirá-la, e agora é a coisa mais amada da minha fiha, vai entender!). Hoje estava na casa da avó na hora da soneca e cismou que queria que a avó a colocasse para dormir, mas, exigia que a minha pinta ficasse! Custou muito para que conseguíssemos fazê-la parar de dizer: "Pitinha FICA, mamãi VAI!".
E, sinceramente, acho que ela foi vencida pelo cansaço e não pela compreensão de que é impossível separar a pinta do rosto!

domingo, 13 de setembro de 2009

Alice no país dos idiomas variados

Alice ADORA ouvir pessoas falando em outras línguas. Desde de pequenina que eu a coloco para ver Barney em inglês, e ela até já canta a música da Chuva o seu inglês inventado. Não é raro vê-la andando pela casa em dias chuvosos e cantarolando "uain uain, go uei... pei!".
Além disso já adotou várias das expressões que eu uso com freqüência, como "As if", "Yes!!!!", "cooool". Se ela sabe o significado de cada uma eu não sei, mas sempre as usa nos contextos mais variados!
Agora conseguimos nossa cidadania Italiana. Com isso comecei, como brincadeira, a falar com ela em Italiano. Ela morre de rir. Quando pergunto: "Sei mia picollina meravigliosa?" Ela já abre um sorrisão e sai correndo de farra.
Outro dia estávamos no parquinho aqui perto de casa. Uma senhora chegou com sua netinha pequena, de cerca de 6 meses. Alice logo foi olhar, pois está numa fase "neném" que ninguém segura. Percebo que ela começa a falar alguma coisa para a tal senhora que a coloca sentada no banquinho e conversa longamente com ela. Quando chego mais perto percebo que a senhora estava falando num idioma ininteligível para mim. E Alice respondia sim ou não para cada pergunta dela. Finalmente, tomada pela curiosidade, perguntei para a tal senhora que língua era aquela que falava: "Russo" diz ela... Achei graça, mas nem dei bola.
Pouco depois fomos embora. Coloco Alice no carrinho dela e digo a ela que se despeça da "tia". Ela olha para a senhora e, rindo, diz: "iba"...
Será que aprendeu a falar Russo? Será que isso foi uma tentativa de "spassiba" (aliás, a grafia disso é um mistério para mim, ok?), que é obrigada em russo???
Meu deus... minha filha é um papagaio!rs

Ficando maluca

Estou tão acostumada a mandar a Sophia parar de tirar coisas da boca que esses dias esqueci que tinha dado um biscoito pra ela comer (ela demora tanto pra comer que dá até pra entender porque eu esqueci)e acabei brigando com ela e mandando ela tirar da boca...
Coitada ficou olhando pra minha cara sem entender nada...
Aff...férias djá!
XOXO

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O brinco

Assim que descobri que eu teria uma menininha eu já previ a novela que o assunto brinco renderia. Eu não gosto da idéia de furar a orelha de um bebê, não só pelo fato de que estaria abrindo uma "ferida" desnecessária num ser que ainda não é vacinado contra tétano, mas também pelo nervoso de trocar roupinhas o tempo todo correndo o risco de puxar o brinquinho numa dessas. Além disso eu odeio dormir de brinco, acho que incomoda como nada nesse mundo, como poderia forçar minha pequenina a dormir com os brincos desde o início da vida.
Decidimos, eu e o marido, que não furaríamos até que ela nos pedisse os tais brincos.
É lógico que Alice ganhou alguns pares de brincos assim que nasceu, inevitável. E eu os adorei, estão lá, guardadinhos para o dia em que ela disser que quer usá-los. Mas será uma decisão dela, sobre o corpo dela e não uma imposição minha. Eu mesma só furei minhas orelhas aos 10 anos e acho legal minha mãe ter me deixado tomar essa decisão por minha conta.
Mas, a decisão de não furar orelhas já me rendeu, e ainda me rende, uma quantidade incontável de comentários, dicas, sugestões e críticas.
Já ouvi de uma pessoa que eu seria a culpada pela confusão da identidade sexual da minha filha. De outra, tive que ouvir que eu traumatizaria minha filha pelo resto de sua vida fazendo-a "diferente" das outras. E também que ela ficaria tão traumatizada com a dor que sentiria ao furar as orelhas mais velha (essa foi a máxima, aos 10 anos a dor "agonizante" seria um trauma, mas, aparentemente, com poucos dias de vida bebês seriam insensíveis à dor... vai entender!).
Além disso recebi críticas severas de sábias pessoas que eu encontrei em elevadores, filas de vacinação e afins.
Certo dia eu estava desfilando (sim, minha fiha não passeia, DESFILA!) com minha pequena pelas ruas do bairro. Ela, toda linda e empacotada num lindo vestido cor-de-rosa engomado, com direito a um enorme laço de fita, igualmente cor-de-rosa, devidamente colado com fita dupla-face no alto de sua linda e redonda cabecinha. Enfeitando o carrinho havia uma linda bonequinha cor-de-rosa, para finalizar o look minha-mãe-realmente-acha-que-sou-boneca. Pois bem, foi nesse contexto que uma senhora se aproximou do carrinho e exclamou, naquele tom típico de senhoras idosas falando com bebês retardados e surdos: "Que meninão lindo!".
Minha expressão mista de surpresa, susto, raiva e frustração deve ter dado a ela a dica de que ela me devia uma explicação, e ela continuou: "Para mim, pode usar rosa, pode usar fita, o que for... sem brinco, é homem!"
Na hora me deu um branco... só sentia vontade de furar os olhos da tão distinta senhora. Virei a cara, e me mandei dali com a minha linda princesinha.
Mas hoje, já mais tranquila e menos puerperal, eu talvez respondesse com muita calma: "Não senhora, a senhora é que se engana, ela tem um brinco sim, só que o coloquei no clitóris querida!"
E passar bem!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Nem de graça

Eu só percebi que era considerada mãe pela sociedade quando comecei a receber conselhos de outras mães...
Passar pela maternidade sem receber nenhum conselho deve ser como assistir o Domingão do Faustão e não ter Vídeo Cassetada...você pode ter certeza de que algumas são muito boas (pouquíssimas...rs...) mas a maioria é muito bestas....e que no fim você acaba dando risada...mas sem elas fica vazio, sem graça....rs...
Sempre vai ter alguém pronto para te dar um conselho ou uma diquinha....
Confesso que os melhores conselhos que recebi foram da minha mãe, mas também, pra quem trabalhou mais de 10 anos em berçário de hospital não poderia ser diferente...
Agora o Top-Top de conselhos que eu recebi foram esses dois....que só reforçam que se conselho fosse bom não se dava e sim vendia...

• Passar caldo de carne na cabeça da Sophia porque era bom pro cabelo crescer.
• Dar água pra ela em casca de ovo, ou em uma concha para ela desenrolar a língua e falar direito.

O primeiro conselho foi mais um comentário de uma amiga que a mãe dela fez isso com ela quando ela era criança (imagina só....criança cheiroooosa) e o segundo foi dado por uma pessoa que eu nunca tinha visto antes, que a Sophia estava brincando com o filho dela em uma fila....
Não fiz nenhum dos dois...mas fiquei imaginando de onde é que o povo tira uma coisa dessas.
Será que é só comigo ou alguém mais já recebeu um conselho meio sem pé e nem cabeça???

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Essa coisa do sono...

Esse é um assunto recorrente na minha vida e na vida de muitas outras mães: o sono!
Alice já chegou para mim com o chip do sono defeituoso. Ainda na maternidade, onde quase todo bebê dorme tranquilamente, Alice não dormia! Na primeira noite dela, com suas singelas 19h de vida, mandei ela para o berçário para tentar descansar... já eram quase 2 horas da manhã e eu precisava descansar um pouco do dia tão agitado. Avisei à enfermeira que quando ela tivesse fome, poderiam trazê-la para mim... e lá se foi minha pequena, de olhinhos arregalados para o bercário. Pouco antes das 5 horas da manhã eis que chega a enfermeira com ela aos berros e se saculejando toda. Explicou que tentou até adiar a vinda um pouco, mas que ela já estava chorando tinha mais de meia hora... Todas as noites na maternidade a cena se repetiu. E em nenhum momento do dia ou noite Alice dormiu por mais do que 1 hora seguida!
Em casa a coisa se repetia todos os dias e noites. Eu vivia pequenos turnos de 3 horas que eram formados por mamada-fralda-soninho... meu sono se limitava a pequenos cochilos de 40 minutos. Eu vivia constantemente com a sensação de ter acabado de desembarcar de um vôo noturno muito longo!
Todos me diziam que ia passar, que logo ela estaria dormindo bem melhor... esse logo não chegou. Aos 15 meses ela ainda acordava todas as noites de 3 em 3 horas e de dia as sonecas deixavam muito a desejar!
Eu já tinha lido todos os livros, todas as teorias, técnicas e maçetes publicados em todos os idiomas ocidentais. Eu já tinha inventado todas as técnicas que eu conseguia pensar. Nada funcionava!
Resolvi que tudo era por conta de eu ainda amamentar, afinal, Alice era viciada no peito. O desmame foi tranquilo e em menos de uma semana ela já nem lembrava para que servia o peito.
O sono melhorou... de fato melhorou, não posso negar... Alice passou a acordar uma ou duas vezes por noites e até chega a dormir uma noite inteira quando a lua se alinha com Marte. Mas dormir ainda é um desafio e eu sonho em descobrir a solução definitiva.
Acredito que no dia em que eu tomar coragem e passá-la do berço para a caminha, tudo se resolva. Ou, quiçá, no dia em que ela tiver totalmente desfraldada e não mais acordar com a fralda cheia de pipi. Senão, talvez, no dia que ela começar a estudar. Bem... de qualquer forma, depois que ela completar 15 anos, vou deixar que ela se vire na madrugada acordada, eu vou é dormir!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

2 + 2 = 11!

Eu era uma, derrepente virei nós, depois viramos três e agora somos quatro. Ô família grande! Na hora de entrar no carro, fazer mala, comprar passagem de avião ou ficar hospedado na casa dos outros, fica ainda mais evidente. E uma coisa legal de sermos quatro é que a combinação dos nossos fatores fica mais complexa e divertida: eu e Di, eu e Ana, eu e Carol, Di e Ana, Di e Carol, Ana e Carol, Di, eu e Ana, Di, eu e Carol, Di, Ana e Carol, Eu, Ana e Carol e eu, Di, Ana e Carol. Ufa!As possibilidades de diversão são fatoriais!
No domingo à noite, o pai levou a Ana para assistirem, só os dois, ao espetáculo da "Bela e a Fera" que teve aqui em Brasília. Ele contou pra ela que seria um programa de moça grande, e que iriam só os dois. Eu falei que seria como um baile, e que ela deveria ir linda... E lá se foi minha moça, de vestido quase longo, meia-calça e sapatilhas saindo com o pai, também muito elegante, para o seu programa de gente grande. Ela estava radiante!
Enquanto isso, eu e Carol nos divertimos tomando um longo banho e nos curtindo no nosso programa à duas de gente pequena.
Maravilhoso!
Má.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Gada Fuva

Alguém me explica porque diabos minha filha é capaz de falar XUXA com perfeição, mas não consegue pronunciar chuva??? Toda vez que ela fala sobre a chuva, o que sai é o fuva! Mas, a de se convir que nada é mais fofo do que ela me pedindo pelo "gada fuva"!
Quem tiver curiosidade de ouvir o precioso "gada fuva", é só dar uma olhada no último vídeo da figurinha: http://www.youtube.com/watch?v=XLmnsJvdBHM

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Já?!

É, a novela Caminho das Índias está acabando....
Não estou triste por causa do Raj ou do Bahuan, e sim porque não vou ver mais minha pequena indianazinha, se sacudindo, pedindo para amarrar a fralda como se fosse um Sari (só que claro, deixando o bumbum inteiro de fora...rs...), balançando os braços como cobrinha, fazendo Namastê com as mãos, e cantando leru-lira-leri-lari-lê (versão em Sophiês)toda a vez que escuta a musiquinha da abertura da novela...kkk
Tão bonitinha!
Mãe é um bicho bobo mesmo né?!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Dedinho 2

O post do dedinho rendeu, e por isso segue a parte dois!
Mari, também acho que ela vai largar quando estiver pronta pra largar, mas não sei se quero esperar até lá. Entendo o ato de chupar o dedinho algo que era, inicialmente, uma necessidade, mas que virou um hábito, sem que ela de fato precise disso. Acho que só falta ela entender que não precisa!
Jojo, ninguém merece histórias escabrosas!
Arnaldo, procuramos usar sempre a constância e a coerência aqui em casa, pois eu acho que é a única “receita de sucesso” para a educação. O cantinho da reflexão já foi usado algumas vezes com a Ana, mas neste caso da Carol não seria o melhor, simplesmente porque ela não está fazendo nada de errado...
Tatty, quero saber TUDO sobre essa redinha que, sinceramente, não consegui entender como funciona, rsss!
E vamos que vamos! Quem falou que ia ser fácil criar estar criaturinhas?
Má.