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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Colônia de Férias

Esse ano, por conta do meu barrigão e de não estar conseguindo acompanhar o ritmo da baixinha, decidi colocá-la, por uma semana, numa colônia de férias na parte da tarde. Ela, obviamente, amou a idéia de brincar toda tarde com outras crianças. Certo dia, quando eu a levava, ela concluiu: "Mamãe, colônia de férias e tipo a escola, mas é mais divertido porque não me ensinam nada!"
É, digamos que é uma boa pausa da física quântica!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Anatomia Infantil

Alice fazendo pipi me avisa que está ardendo a perereca. Pergunto onde arde, temendo uma infecção urinária.
"Mamãe, está doendo nas bundas da perereca!"
E logo entendi, tratava-se de uma assadura!
E preferi deixá-la com essa nomenclatura, porque, imagine ter que explicar que eram lábios!

Relaxamento

Mãe e filha deitadas na cama. Mãe fazendo a rotina do sono.
Mãe: "Relaxa a perninha, relaxa os olhinhos, relaxa os bracinhos..."
(som de pum)
Filha: "Solta um punzinho..."
(mãe segurando o riso)
Mãe: "...relaxa a boquinha, relaxa a cabecinha..."
(som de arroto)
Filha: "Dá um arrotinho..."
Mãe, não consegue segurar e, lógico, acaba rindo muito e tendo que recomeçar todo o processo!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A ovelha vermelha

Alice cismou que quer criar uma ovelha vermelha. Segundo ela, uma que tenha a lã vermelha sem precisar tingir. O motivo? Sabe-se lá... não sou eu quem vou discutir com ela né?
Então ela decidiu que faria uma poção de criar ovelhas vermelhas. Pediu para a avó providenciar pó de pirlimpimpim (a avó, que não é boba, arranjou o tal pó rapidinho... para os mais entendedores de poções, o pó pode também ser chamado de talco). Misturou ao pó um tanto de tomate picado e cascas de maçãs. Colocou um pouco de água e falou meia dúzia de palavras mágicas. Daí passou a visitar a poção de 5 em 5 minutos para ver se a ovelha tinha aparecido. E ainda avisou a todos que, caso uma ovelha fazendo méééééé aparecesse da poção, era para segurarmos a tal até ela chegar.
E assim, aqui estamos, todos da casa em alerta, junto com uma gororoba de tomates com talco e maças de molho na água, no aguardo da tal ovelha vermelha!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Kasher

Essa vez a história é da minha sobrinha, impossível não compartilhar... impagável!

Aninha: Minha amiga Liat eh kasher!
Mãe: o que eh kasher Aninha?
Aninha: Ela so pode comer carne francesa!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O tal do furo na orelha

Não furei as orelhas da Alice quando ela nasceu. Tive vários motivos para isso e não me arrependo nem por um segundo. Antes que me perguntem quais eram os motivos, eu já vou enumerar os principais para me poupar o trabalho futuro.
O primeiro e mais forte motivo foi pediátrico. A vacina antitetânica não seria dada até os 6 meses e eu não via, nem meu pediatra, nenhuma justificativa concreta para abrir uma ferida na orelha da minha filha e expô-la, por vaidade materna, a essa doença. Além disso, eu olho um bebê pequeno e sempre vejo um cabeção com roupinhas pequenas. Com isso eu tinha terror da idéia de ficar botando e tirando roupa com o risco de agarrar na roupa e machucar a pequena. Sem contar que eu, mãe de primeira viagem, tinha MUITA coisa nova para me preocupar e não sentia a necessidade de ter que me preocupar com um brinco, com a possibilidade de puxá-lo por engano num movimento brusco, com a idéia de uma tarrachinha cair e minha filha, acidentalmente, se engasgar na dita, ou pior, no próprio brinco. Finalmente, eu mesma tive a escolha de ter ou não orelhas furadas. Furei as minhas aos 9 anos, por opção. Preferi dar a ela a mesma oportunidade de escolha. As orelhas são dela, não minhas, não me senti no direito de determinar que ela tinha que ter as orelhas furadas.
Não, não estou julgando ninguém e acho que no assunto brincos, cada um sabe o que faz e ninguém tem nada a ver com isso. Da mesma forma que me irritava profundamente ter que ouvir críticas sobre eu não ter furado as orelhas dela quando ela nasceu, não critico quem fura as orelhas de suas filhas nesse momento. Cada um é cada um e, quando não se trata de algo que vá afetar a coletividade, tem mais é que fazer como bem entende! A minha escolha foi essa e meus motivos foram esses... punto e basta.
E então, aos 4 anos, ela me pediu para colocar brincos de orelha furada. Argumentou seus motivos e conversou com o pai. Mostrou-se decidida. Expliquei a ela que doeria um pouco na hora de furar e perguntei se ela tinha certeza de que queria mesmo os brincos. Ela confirmou. Dei a ela uma semana pensando em outras coisas, sem falar no assunto. Mas, no final da semana ela me perguntou claramente: "E, aí, posso furar a minha orelha?"
Então lá fomos nós. Ela decidida e eu com a certeza de que ela tinha feito a sua escolha. Assim que o primeiro furo foi feito, ela puxou um bico e segurou o choro. Eu a tranquilizei, explicando que doia mesmo e que ela poderia chorar a vontade. E as lágrimas rolaram soltas. Eu a abracei, e ela chorou suas grossas lágrimas de dor. Eu me arrependi da minha escolha e avisei para ela que, caso quisesse desistir, poderia, sem problema nenhum. Que poderia também voltar no dia seguinte para terminar a outra orelha. Mas ela ficou firme e disse que iria terminar a outra orelha. Veio o segundo furo e mais lágrimas rolaram, grossas, rosto abaixo. Eu a abracei forte e falei que sentia orgulho de como ela era decidida e madura por ter levado a cabo uma escolha dela. Perguntei se queria ver como tinha ficado.

Com lágrimas rolando ela pulou da maca e correu para o espelho. Olhou de um lado e do outro, sorrindo e chorando. Sentia-se a mais linda do mundo, e estufava o peito para dizer que "doeu muito, mas ficou lindo". Para o registro, abriu um sorrisão, ainda com olhos banhados. Ainda perguntei se ela, sabendo que doeria como doeu, teria, mesmo assim, escolhido colocar o brinco, ela confirmou que sim.
Voltei a ter a certeza de que eu tinha feito a coisa certa. Eu dei a ela a chance de, pela primeira vez na sua curta vidinha, decidir o que queria fazer com o seu próprio corpo. Dei a ela a chance de exercitar sua maturidade plenamente. E ela exerceu, com louvor!
Parabéns, filhota, você está ainda mais linda!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Os pelos

"Mãe, porque homem tem barba?"
"Porque? Pra proteger o rosto!"
"Mas, e mulher não precisa proteger o rosto?"
"Precisa, mas é diferente!"
"Como assim?"
"Filha, é uma história longa e complicada, quer mesmo que eu tente contar?"
"Quero!"
"Então, tem muito tempo, as pessoas ainda eram chamadas de Neandertal. Aí, os homens iam pra floresta* caçar, e as mulheres ficavam na caverna cozinhando. Como eles iam pra floresta* caçar, precisavam dos pelos no corpo e no rosto para ficarem protegidos de arranhões e do frio. Aí as coisas foram mudando, as pessoas passaram a morar em casas, já não caçavam mais, mas os pelos dos homens ficaram, entendeu?"
"Mas, então, quem caça agora?"
"Ninguém caça... vamos ao supermercado!"
"Então não precisa mais dos pelos?"
"Não, não precisa..."
"Mas, então, porque homem tem barba?"

Respira, respira... Alguns minutos de silêncio no carro.

"Mãe, acho que já sei porque homem tem barba e pelinhos no peito!"
"É filha? Porque?"
"Foi assim, um monte de bruxas más queriam casar com uns príncipes. Aí elas jogaram uma maldição neles e transformou eles todos em feras, cheios de pelos e com uma juba grandona. Aí eles conheceram princesas que deram beijocas neles, e eles voltaram a ser príncipes... mas ficaram alguns pelinhos!"
"É... talvez tenha sido assim... quem sabe, né?"


* Eu sei que não era necessariamente na floresta, mas, a simplificação fez-se necessária!

domingo, 15 de janeiro de 2012

A fruta e o mel

Alice ADORA comer fruta com mel... dito isso a conversa teria feito sentido...rs

"Mãe, o coco não quer sair... está preso!"
"Tem que comer mais frutas, minha filha... frutas ajudam o coco a sair! Amanhã vou comprar mel pra ver se você come mais fruta, né?"
"Mas, mãe, mel NÃO É fruta!"

Ai, meus sais!rs

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Pai Vs. Mãe - Cada um no seu quadrado

Outro dia uma amiga, separada, deixou os filhos, pela primeira vez, com o pai, para uma temporada de 15 dias. Inicialmente aflita, ao falar com eles no telefone pela primeira vez, se deu conta que estavam super bem e se divertindo muito. E assim, a aflição cedeu lugar à famosa dor de cotovelo e ao famoso pensamento de que "será que ele é mais divertido do que eu?".
E não precisa ser separada para chegar nesse pensamento. Basta chegar ao final de um dia mais difícil e entregar uma criança birrenta na mão de um pai só para vê-la, de um minuto para o outro, se tornar uma criança gargalhenta. Aqui isso não é raro.
E aí, toda mãe chega, em algum momento, ao pensamento de que "porque é que EU tenho sempre que ser a bruxa meméia, enquanto ele é o paizão divertido? Porque é que meu filho tem que gostar mais de ficar com ele do que comigo?" E, depois de muito ir e vir desse questionamento, foi a própria Alice quem me deu a resposta.
Não existe essa de gostar mais, de ser melhor do que o outro, de ser mais divertido ou mais querido, ou mais seja lá o que for. O pai e a mãe têm papéis diferentes na cabeça da criança. São papéis de igual importância e os filhos gostam igualmente de ambos, mas, sempre colocando-os em seus devidos papéis.
Lógico que a Alice adora fazer uma farra com o pai, até porque ele entra na onda dela e passa HORAS vivendo num mundo de faz de conta, sentado no chão, brincando com ela como se tivesse 4 anos também. Mas, na hora do cansaço, na hora da dor de barriga, na hora do aperto, é para mim que ela vem. E ela deixa isso MUITO claro.
Normalmente ela quer que o pai deite com ela para dormir, isso, lógico, quando quer tudo, menos dormir. Ontem eu disse a ela que seria o pai a colocá-la para dormir, já que no dia seguinte não tinha hora para acordar. Ela, cansada, falou: "Não, mãe, o papai já me botou pra dormir outro dia, hoje é você mesmo!" Recado dado, deitei com ela e em menos de 10 minutos, estava dormindo profundamente.
Quando acorda no meio da noite e o pai vai socorrê-la, ela logo dia: "não, papai, eu queria muito a minha mãe!"
E, pela manhã, quando acorda, ainda sonolenta e querendo um chamego preguiçoso, ela vem para a minha cama, deita bem agarrada em mim e fica, por longos minutos, chemegando e fazendo declarações de amor... só se vira para o pai quando já está desperta e pronta para, adivinha... farrear!
Portanto, na próxima vez que você sentir aquela pontinha de "ciúmes" do marido com a filha, lembre-se que não se trata de mais ou menos amor, apenas de um amor diferente e que na maternidade/paternidade é cada um no seu quadrado!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Lógica irrefutável

"Mamãe, você podia pintar seu cabelo de preto, né?" disse Alice ao ver uma caixa de tinta de cabelo na farmácia.
"Tô mesmo precisando, mas só depois que teu irmão tiver fora da minha barriga!" respondi, prontamente.
"Mas, porque não pinta agora?"
"Porque não pode pintar cabelo quando o bebê está na barriga!"
"Ué, mãe... mas é pra pintar o cabelo da cabeça, não o da barriga!"

E não é que faz sentido!