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quinta-feira, 28 de março de 2013

Toontastic: A Princesa e a Concha

Depois de muito, cedemos ao IPad e compramos um para a nossa casa. Nele, Alice criou essa animação, eu AMEI!

A Princesa e a Concha - de Alice Perri Neves

quarta-feira, 27 de março de 2013

O inglês

Eu sempre cantei para a Alice em inglês, com frequência nós assistíamos DVDs em inglês e, não raro, eu lia um livro para ela em inglês. Mas, na medida em que Alice foi crescendo, isso foi ficando mais difícil, já que ela já não aceitava o "não entender" o que eu falava.
Mas, na escola ela tem aula de inglês, 4 vezes por semana, e, de boa qualidade. E ela adora as aulas, os personagens do livro utilizado, as músicas que aprende. Volta e meia me surge com uma palavra nova: "Mãe, olha, tem um tiger nessa foto! Tiger é tigre... em inglês, tá?"
Recentemente, não sei se por sugestão da minha mãe ou por curiosidade própria, veio me pedir para conversar em inglês com ela de vez em quando. "É para eu treinar, mãe!"
E eu, lógico, acho graça e entro na onda.
"Mother, you pets?"
"Yes, I have Teca and Luna. How about you, do you have pets?"
"Yes, dogs! You, favorite color?"
"My favorite color is red, what is your favorite color"
"Red, pink and yellow!" (que, não por coincidência são as cores da música que ela adora cantar!rs)
"I love you, mom! You love me too?"
"Yes, I love you too, daughter!"
"I love baby too, mother!"

E assim nossos longos papos em horas de trânsito se tornaram educativos... ainda que um tanto aleatórios! Mas, um dia chegamos lá, e talvez consigamos fazer sentido!

quinta-feira, 21 de março de 2013

A poesia letrada

"Mãe, aprendi uma poesia pra você na escola!"
"Então declama pra mamãe ver?"
"Com M eu escrevo Amor,
com B escrevo Paixão.
Com M escrevo Mamãe do meu coração!"

Então tá, né?

terça-feira, 19 de março de 2013

A TPM

ALice sofre de TPM, das brabas! Desde ontem que anda meio de ovo virado, tentando brigar com a própria sombra. Isso acontece uma vez ou outra. Eu considero isso um treinamento para a TPM. E, vou confessar, Alice treina BEM! Hoje ela entrou na segunda fase da TPM, a tristeza e a melancolia. Fomos a uma festa, do primo mais velho. Alice sentiu-se deslocada, e acabou meio sem ter com quem ou do que brincar. Com isso, em um determinado momento, veio me pedir para ir embora. Como já era tarde e eu sabia que ela estava cansada, acatei, mas falei que precisávamos nos despedir. "Vamos sim, filha, mas não sem antes ir falar com a Tia Ana. Explicamos para ela que estamos cansadas e que temos aula cedo amanhã, e ela entenderá não ficarmos para o parabéns." Falei, calmamente. "Mas, mãe, eu NÃO ESTOU cansada, estou é de saco cheio! Quero brincar e ninguém quer brincar de nada!" Retrucou ela meio brava. "Eu sei, filha, mas não podemos dizer para a tia Ana isso porque não é gentil, então explicamos que temos que ir dormir, afinal, amanhã tem aula bem cedo." Reforcei. "NÃO VOU DIZER ISSO... VOu dizer que estou de saco cheio, porque NÃO ESTOU COM SONO!" Fechou a pequena. Com isso, desisti de tentar a saída educada e fui embora. No carro, Alice desatou a chorar, explicando: "Tomei banho A TOA. Me vesti toda linda A TOA. NUNCA MAIS quero ir a uma festa. NUNCA MAIS quero fazer NADAAAAAAA! Vou sentar na minha cama e nunca mais saio de láááááááá!" falou entre soluços e lágrimas. "Filha, peraí, deixa eu entender... você não vai mais querer ir a festa nenhuma, nem brincar, nem nada?" Perguntei, tentando fazer ela rir um pouco. "NÃOOOOOOOOOOOOOOO...." Retrucou, aos prantos. "Então, deixa eu entender mais um coisa... posso dar teus brinquedos e tua bicicleta?" Impliquei. "PODEEEEEE!!!!!" "Mas, e se você tiver que fazer pipi?" "Eu vou, faço e volto pra camaaaaaaaaaaaaa!" "E se sentir fome?" "Eu vou comer na cozinha e volto pra camaaaaaaaaaa!" "Tá... e, vai ficar sentada na cama sem fazer nada mesmo?" "Vouuuuuuuu... vou ficar só olhando o Lucas brincandoooooo!" Aí vem dizer que criança não tem TPM!

sexta-feira, 15 de março de 2013

Lucas: 12 meses

Lucas completou seu primeiro aniversário no dia 1o de março. Celebramos em petit comitê só com a irmã, nós e os avós, um bolinho nu, decorado pela Alice, meia dúzia de pratinhos, copinhos e chapéus de papel. Muito amor e alegria. Perfeito! Lucas é adorável. Um bebê delicioso, cheio de charme. Amo cada pedacinho dele e a cada dia que passa tenho a certeza de que ela é o menininho mais lindo do mundo. Diferente da irmã, Lucas, aos 12 meses, não fala nada além de "ahhhhhh", seguido de um dedo em riste que aponta na direção daquilo que quer. Comunica-se perfeitamente dessa forma. E não mostra nenhuma intenção de ir além do "ahhhhh" por enquanto! Tal qual a irmã, não demonstra nenhum interesse em andar. Está feliz da vida engatinhando e andando agarrado aos móveis da casa! E, ainda que isso seja bem cansativo para mim, eu acho o máximo... sempre amei aquela bundinha de fralda rebolativa pela casa. Dorme direitinho, só acorda umas 2 vezes entre 19.30h e 6.30h. As vezes acorda 3 ou 4. As vezes vai parar na minha cama porque estou cansada demais para ficar sentada com ele na poltrona até ele cair no sono de novo. Outras vezes mama rapidinho e capota de novo no bercinho dele. E eu adoro as duas situações. Acordar com ele agarradinho em mim na minha cama é delicioso! Estou exausta, isso é lógico, mas, sei que isso logo acabará e eu morrerei de saudades de cada momento que passei acordada na madrugada com ele! Ainda mama, em livre demanda, e não demonstra o menor interesse em desmamar. Eu amo amamentar, e, as vezes, no cansaço extremo ou após uma bela mordida, penso em desmamar. Depois passa o pensamento e eu continuo amamentando, e amando cada segundo disso! Um dia eu sei que ele vai desmamar, e eu, bem, vou sentir uma saudade enlouquecida dele agarradinho em mim, me olhando com aqueles olhos amendoados que só surgem quando ele está no peito. Lucas é um jacaré, já tem 8 dentes bem nascidos! O sorriso dele é delicioso, cheio de dentinhos esbranquiçando aquela boquinha tão bem recortada. O sorriso dele é meigo, é cativante. Não tem a gargalhada solta que nem a irmã tinha, é bem mais contido no "gargalhometro", mas dá umas gargalhadinhas bem gostosas, especialmente para a irmã. Lucas é APAIXONADO pela irmã. Quer fazer tudo que ela faz e ficar com ela o tempo todo. E esse amor é retribuído. Algumas vezes dá confusão. Ele ama tanto que acaba, no seu jeitinho todo especial e sorvetão de ser, destrambelhadamente machucando a irmã. Ela chora, briga, diz que queria ter tido uma irmãzinha, e não um irmãozinho, porque meninas são mais jeitosas e não a machucariam. Mas, 10 minutos mais tarde ela muda de idéia e já o ama loucamente de novo. Não consigo lembrar como era não amar o Lucas. É como se ele sempre tivesse existido nessa família que ele veio completar. Parabéns, Lucas, e obrigada pelo seu primeiro ano enchendo essa família de alegria!

quinta-feira, 14 de março de 2013

Tem dia que a corda estica

Já tinha 3 noites que eu não dormia direito, as crianças acordando direto. Então o sono estava pesado. Daí que fui me abaixar para pegar o naniquinho de 10kg e, pimba, uma dor fortíssima no meu ombro. Mal conseguia mexer o braço esquerdo. A dor era tanta que eu tinha a sensação do braço estar pesando uns 100kg. Mesmo parado, doía. Somou-se a isso o fato do Lucas, por estar acordando muito durante a noite, estar chorão e exigindo muito de mim. Só queria colo o dia inteiro. Mas, como todo bebê de 1 ano, não parava quieto quando vinha para o colo. E o ombro, a cada movimento, parecia queimar. Não deu outra, no meio da tarde o cansaço venceu e eu desabei. O choro subiu fácil. Na hora eu estava na aula de acrobacia da Alice, onde todos me conhecem e, imediatamente, ficaram preocupadíssimos que alguma coisa podia ter acontecido para me ver assim, porque quase sempre sou sorridente e brincalhona. E eu tive que explicar: "não é nada, a corda esticou e quebrou, só isso... faz parte de ser mãe, né?" As pessoas idealizam a maternidade, acham que é tudo lindo e maravilhoso. E, quando alguém ousa reclamar de qualquer coisa, sempre aparece alguém para soltar a infâmia de que "ser mãe é padecer no paraíso"! Ok, vamos por partes nessa daí. Sim, eu AMO ser mãe e não trocaria esse meu "emprego" por nada nesse mundo. AMO meus filhos e ADORO estar com eles sempre. Optei por não trabalhar fora de casa, justo para isso, poder tê-los comigo sempre. Mas, vamos combinar que nem por isso a minha vida é só delícias! Existe o lado B dessa vida! Mãe que não trabalha fora e não tem babá, não tem trégua, não tem férias, não tem final de semana, não tem expediente, não tem pausa. Mãe que não trabalha fora e não tem babá não pode ficar na cama no dia que está com febre e com dor. Mãe que não trabalha fora e não tem babá fica de plantão dia e noite, noite e dia, 24 horas por dia, 7 dias por semana, 12 meses por ano, sempre, sempre, sempre! E isso, acreditem, não é pra qualquer um. Mãe que passa o dia inteiro com filho ouve voz de criança o dia INTEIRO, faz exercício físico o dia inteiro, dificilmente passa um dia sem ouvir um choro, raras vezes passa um dia inteiro sem ouvir pelo menos uma manha, por mais educadinho que seja o filhote. Mãe que não trabalha e não tem babá tem que se programar com 1 ou 2 meses de antecedência, porque um simples imprevisto, como uma ida a uma emergência ortopédica, exige um exercício de "você pode pegar pra mim, dá pra você ficar com ele, será que te atrapalharia?" Mãe que não trabalha fora e não tem babá, na hora que o bicho pega, prefere adiar uma visita à emergência do que deixar o filho em casa com alguém. A mãe que não trabalha fora e não tem babá tem que se virar em 2, 3, ou 4 quando um filho, ou dois, adoecem. Tem que encontrar uma fórmula mágica de ficar com os dois quando choram de noite. Mãe que não trabalha fora e não tem babá, tem dia, e são muitos deles, que chegam ao final do dia cheias de dor de cabeça e nem mesmo um bom remédio resolve, porque os filhos (praticamente todos os exemplares do mundo) não chegam ao mundo com controle de volume, e, pedir para um filho para de chorar é compreensível, mas pedir para uma criança parar de brincar alegremente e em voz bem alta com seu irmão querido que, por sua vez, grita de alegria com tudo que a irmã faz, não é razoável. Então, você que está pensando em viver essa experiência de ser mãe que "não faz nada", que "fica em casa o dia inteiro", pense bem se tem estrutura para isso, e, se decidir que tem, bem, aceite o fato que tem dia que a corda estica e estoura, e, nessa hora, esteja onde estiver, você vai desatar a chorar que nem bezerro desmamado, porque, veja bem, você é humana! Mas, lembre-se que vai passar e que, no final, tudo vale a pena. Na hora que seu filho te der aquele abraço na cama e te disser que te ama, você vai conseguir re-afinar essa corda que esticou...