Já tem um tempo que a Alice me questionou sobre o motivo dela sentir dor quando esbarrava com força em alguma coisa. Expliquei a ela que dentro de nós moram pequenos soldadinhos, e que, quando esbarramos ou nos machucamos de qualquer forma que seja, esses soldadinhos vão até o lugar que machucou para lutar contra a coisa que nos machucou, por isso doía. Ela amou a explicação e desde então, sempre que se machuca, diz que os soldadinhos estão brigando.
Outro dia Alice se machucou e saiu um tiquinho de sangue. Daí ela veio me perguntar porque o sangue saía. Expliquei a ela que os soldadinhos lutavam contra as bactérias, não as deixando entrar, e que se chamavam glóbulos brancos. Mas que eles precisavam da ajuda da aguinha vermelha, chamada sangue, para poder "lavar" o machucado, garantindo que nenhuma das bactérias ficasse ali no machucado, e que esse sangue era a água feita pelos glóbulos vermelhos, por isso era da cor vermelha. Expliquei também que depois que lavavam tudo, os glóbulos vermelhos paravam e ficavam bem quietinhos, até ficarem bem sequinhos e formarem uma casquinha que protegeria o machucado até a pele crescer de novo.
Alice, lógico, AMOU a explicação, e agora, sempre que se machuca já sai logo avisando para quem quiser ouvir: "os glóbus bancus são soldadinhos e tão lutando, e os glóbus vermelhos tão lavando... PAIA DI BIGÁ GÓBUS BANCUS... tá doendo!"
Adoro o fantástico mundo da imaginação da minha pequena!!!
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segunda-feira, 4 de julho de 2011
sábado, 12 de março de 2011
Ficar velhinha
"Mamãe, não é que as pessoas que ficam velhinhas vão dumi e discansa i não voltam mais?"
Eu, supresa, olhei para aquela menininha de 3 anos mal feitos, deitada pronta para dormir, e não acreditei que já tinha chegado a hora de falar sobre um assunto tão importante e complexo.
"Mae, puque os velhinhos num voltam mais?" Ela insistiu.
Expliquei a ela que era parte da vida. Expliquei que todo mundo nascia, crescia, ficava velhinho e um dia morria, mas que ela não precisava se preocupar com isso agora porque ninguém estava tão velhinho assim na nossa família.
Ela, com uma vozinha preocupada, explicou: "A bisa é velhinha sim, mamãe..."
E eu fiquei ali, meio sem resposta porque, afinal, ela tem toda razão!
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quinta-feira, 10 de março de 2011
Os porques
Alice, como ela mesma diz, engoliu o bichinho do porque. E assim, é um "porque" depois do outro o dia inteiro.
Mas, recentemente, os questionamentos andam se complicando e eu ando sem respostas para as perguntas que ela inventa.
Só para que vocês possam me ajudar, aqui vão alguma:
"Mãe, puque sai ar da minha bunda quando eu solto pum?"
"Mãe, puque o lábio chama lábio?"
"Mãe, puque a lua é tão longe?"
E eu achava que esse tipo de pergunta só chegava aos 8 anos!
PAULA TOLLER, você me deve explicações!
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Cuidado com o que diz!
Estávamos procurando uma vaga. Era uma ladeira e o flanelinha informou que só tinha vagas no alto da ladeira. Olho para o meu marido e digo: "Não, no alto, com criança pequena, é complicado, né?"
Vamos procurar vaga em outro lugar. Depois de alguns segundos de silêncio (coisa raríssima quando estamos com Alice), vem a vozinha dela: "Mãe, puque você disse qui eu sô difícil?"
"Eu não falei isso, filha... falei que a ladeira é difícil, não você... você é fácil, amor!" expliquei.
"Mas você falô que quiança é difícil i eu sô quiança!"
"Amor, fica tranquila, você é fácil... mesmo sendo criança, é fácil! Difícil é mesmo a ladeira, tá?"
Um novo silêncio e finalmente ela diz: "mmm... tá bom!"
E isso antes de completar 3 anos... socorro!
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Perguntinhas básicas
Mãããe...a comida vai pro coração?
Não filha, a comida vai pra barriga.
Ah tá bom.
Não...como assim?
Mas eu tava na sua barriga.
***
Não filha, a comida vai pra barriga.
Ah tá bom.
***
Mãããe, você me engoliu?Não...como assim?
Mas eu tava na sua barriga.
***
Posso pedir ajuda dos universitários????
Ou matriculo a Sophia agooora em aulas de anatomia???
Falando em aulas de anatomia....kkk...minha mãe também é enfermeira, quando eu tinha uns 8 anos perguntei pra ela inocentemente, como que nascia o neném. Ela podia simplesmente ter falado que saia de lá da periquita...mas não...fez um monte de desenho bem parecido à esse aí de baixo...explicando bem, que o bebê ficava no líquido aminiótico, saia a cabeça depois os ombros essas coisas...e juro...se ela tivesse falado que saia da periquita ou que corta a barriga eu ia ter ficado bem satisfeita...
Aiaiai...crianças curiosas...são uma bênção...mas vou te contar viu...é cada uma!
Acho que vou adotar a versão da Mari...é bem mais bonitinha....rs...
XOXO
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
Uma casa muito engraçada
Alice pegou seu livrinho e o colocou de pé sob as páginas, formando um "telhadinho". Se afastou um pouco e exclamou: "Oia, uma casinha!"
Eu, quieta estava, quieta fiquei. Preferi deixá-la explorar a sua nova descoberta sozinha.
Ela então olha de um lado, olha do outro, coloca as mãos na cintura e diz, curiosa e num ritmo meio inventado:
"Aqui uma casa muito gaçada, num tinha teto, nem pinico..." E, do nada ela para, olha para mim e pergunta, com um tom de indignação:
"Mamãe, é poque num tinha paiede?"
E eu caí na gargalhada, dei um enorme beijo orgulhoso nela e ela nem lembrou mais da pergunta, só caiu na gargalhada junto comigo...
ufa... dessa resposta eu me livrei!rs
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