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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

As mães sentem tudo!

Alice já estava na cama, pronta para dormir e me pediu água. Disse a ela para ficar na cama deitada enquanto eu buscava, mas, tão logo eu saí do quarto, pude ouvir seus passinhos no quarto. De longe avisei que não era para ela se levantar, deveria esperar na cama. Quando voltei para o quarto ela, curiosa, me perguntou como eu sabia que tinha levantado da cama. Eu, lógico, disse, brincando, que as mães sabiam tudo porque sentiam tudo...
Assunto encerrado, né?
Não!
Dias mais tarde Alice estava tramando uma tramoia qualquer com o pai. Alguma coisa na linha de alguma bagunça que a mamãe certamente não aprovaria. Alice olha para o pai, preocupada e avisa: "Mas, papai, as mamães sabem tudo, elas sentem tudo!"
Acho que até ela descobrir que essa tal da onipresença materna não passa de um mito, posso ficar tranquila de que não fará nenhuma besteira na minha ausência!rs

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

"Moiango Boboleta"

Coloco a vasilha de vidro com morangos sobre a mesa. Alice, na pontinha dos pés olha a vasilha toda animada. Como ela é fã de morangos, imagino que ela está animada em comer os taizinhos, mas sou surpreendida com um grito eufórico:
"OLHA! UM MOIANGO BOBOLETA"










E não é que era mesmo...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

As Bactérias

Chegando em casa, ainda no elevador, pergunto a Alice se ela quer tomar uma água de coco assim qe chegarmos. Ela, num tom sabichona de fazer qualquer um rir, declara que sim e complementa: "Mas, lembi-se, é peciso lavar bem as mãos puque, olha só..." e me mostra suas mãozinhas, "estão cheias de bactéias!!!"
Quase tendo uma síncope de tanto rir, perguntei de onde ela tinha tirado essa e ela explica que foi da história que ouviu na escola.
Agora, toda vez que faz qualquer coisa, me olha, já rindo marotamente e diz: "Lembi-se, é peciso lavar as mãos!" e morre de rir...
Já, ir lavá-las são outros noventa!rs
(imagem tirada do site: appadvice.com)

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O peixe

Sabe aqueles emails, no estilo "você foi criança nos anos 80"? Tipo você andava no banco da frente sem cinto, você brincava no meio da rua, etc, etc? Pois é, poderia ser acrescentado "você comprava peixes à vontade"! Vocês se lembram, a gente até ganhava peixinhos em festas e feiras, e na maioria das vezes eles já iam direto da rua para o vaso sanitário, pobres bichinhos. Em qualquer lugar se comprava peixes, o aquário era uma tina onde os peixes eram depositados, e assunto encerrado.
Mas é claro que os peixes mereciam um tratamento mais humano, não é mesmo?
Pois bem, Ana quer porque quer um peixe. Aí fomos (tentar) comprar. Chegamos na loja, e a primeira coisa que o vendedor perguntou foi sobre o tamanho do aquário. Respondi, sei lá, tipo assim. E ele "nove litros?", e eu "não sei, moço, sou ruim pra essas coisas". Em seguida ele ficou horas falando sobre a diferença entre o peixe sobreviver em um pequeno aquário ou ter qualidade de vida em um aquário decente. Depois disse que o aquário deve ser montado 40 dias antes da chegada do peixe, já que o ambiente precisa estar adequado para recbê-lo. Nas palavras dele, se entrarmos em uma nave espacial, formos para outro planeta e lá jogarmos água e terra a vida não vai surgir de uma hora para a outra, certo? Precisamos ter paciência até que a vida se forme e possibilite o ambiente adequado para o peixe. Aí eu pensei, sim, serão só alguns bilhões de anos.
Gente, notaram que coisa mais psica??? Que loucura!
Eu realmente acho que o peixe deve ser bem tratado, e que a compra deve ser planejada e pensada por toda a família. Mas tudo nessa vida tem limite.
E é lógico que não conseguimos comprar peixe nenhum. E é lógico que não quero ver a cara deste homem nunca mais!
Má.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A sopa verde

Alice AMA sopa. Desde pequena ela curte comer um sopão caprichado cheio de legumes, carne, frango, ou como ele for. Especialmente se vier coberto de queijinho ralado! Traça um prato fundo bem cheio e ainda pede bis.
Recentemente anda ligada na cor das comidas. Então, agora, o frango ela come porque é da cor da pele dela e faz a pele ficar macia, o feijão ela come porque faz o pretinho dos olhos ficarem brilhantes, o arroz porque faz o branco dos olhos e os dentes ficarem ainda mais branquinhos, e assim vai... Com isso, come de tudo!
Foi então que cheguei com a sopa dela, que normalmente tem aquele tom de burro quando foge bem tradicional das sopas infantis, mas que, dessa vez, tinha levado brócolis, portanto tinha ganho um tom esverdeado. Ela olha a sopa intrigada e declara: "Mas, mãe, essa sopa tá vede!"
Eu explico que sim, porque ela tem arvorezinha que ela adora e a arvorezinha é verde, por isso a sopinha é verdinha.
"Mas, mãeeeeeee, é muito vede!!!! Ela é tãooooo vede, ela é tãoooo feia e vede!" ela exclamou, num tom que estava entre a revolta e o nojo.
Eu explico a ela que a sopa está uma delícia, tomo uma colherada (e realmente estava deliciosa) e provo para ela que é boa. Ela começa a chorar, inconsolável, dizendo que "essa sopa é muito feia, ela é vede, eu gosto da sopa nomal, a sopa rosa, a que é pink, da minha cor favoita!"
Eu, que sou daquelas mães que não substitui comida e que, quando a criança faz birra, prefere deixar a criança sem comer do que ceder ao escândalo, olhei para ela e disse que se ela quisesse comer, ótimo, caso contrário, iria ficar com fome mesmo, porque essa era a sopa que tinha e que ela iria comer.
Me levantei e levei a sopa para a cozinha. Voltei para a sala de mãos vazias e sentei, calada.
"Mãe, mas ela é vede e eu não gosto de sopa vede!" insistiu Alice.
"Tudo bem, então, amanhã, quando tiver a outra sopa você come, hoje fica sem, né?" expliquei.
Alice pensou, pensou, pensou. Limpou os olhos, deu uma última fungada e declarou: "Tá bom, eu como a sopa vede..."
E comeu, inteirinha, lambendo os beiços.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Energia das crianças

Alice dorme 12 horas por noite. Geralmente dorme direto, ainda que, vez por outra, me chama, mas logo em seguida dorme de novo. Acorda às 6.30h pronta para o dia. Já sai de casa toda falante e gargalhona. Vai de casa até a escola falando sem parar (ela herdou o gene da tagarelice da mãe dela!rs). Chega na escola ligadíssima. Já no pátio começa a brincar com os amiguinhos.
Ela fica na escola até meio dia. Sai de lá almoçada e pronta para os eventos da tarde. Não tira mais sonecas.
Segundas e quartas ela tem balé, terças e quintas tem natação. Chega das aulinhas a tempo de um bom banho, um jantar gostoso e é hora de dormir: 18:30h.
Mas, no meio tempo eu fico tentando acompanhar a energia dela. Quando chega hora dela dormir, ela ainda está a toda e eu já estou caindo pelos cantos.
Eu preciso descobrir de onde ela tira tanta energia para pegar um pouco dela para mim também!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Sobre sono e escola

Gente, e quando eles falam dormindo? É muito engraçado, não é?
Por aqui as meninas dialogam, riem, brigam, gritam... Tudo no maior dos sonos. Já achei que minhas filhas fossem meio sonâmbulas, mas agora acho que faz parte da idade. Carol tem muito disso, Ana já diminuiu muito. Ou seja, o negócio é achar engraçado e tentar não se assustar quando ouve uma frase doida e aleatória no meio da madrugada!

E as crianças, todas readaptadas à escolinha? Por aqui, sucesso total, ufa!
Má.

Reinterpretando informações

Lendo o post da minha xará no Pequeno Guia Prático, sobre o filme Enrolados eu fiquei pensando se sou muito atípica, ou se tem outras mães que, como eu, ajudam os filhos a reinterpretar informações mastigadas de forma a romper determinados tabus.
Então, fomos ver o filme. Alice amou, eu amei, o pai amou. Mas, no final, quando rapunzel tem suas longas madeixas cortadas e elas se transformam em cabelos castanhos, Alice, aflita, me perguntou: "Mas mãe, o cabelo dela eia mágico, agoia num é mais!"
Pacientemente expliquei a ela que não eram os cabelos que eram mágicos, que a magia estava dentro dela e ela só achava que a magia estava nos cabelos, e ainda dei o exemplo: "Depois que o cabelo dela é cortado e fica castanho, ela salva o príncipe dela com a lágrima dela, viu só? Não é o cabelo, é ela que é mágica."
E ainda completei explicando a ela que enquanto Rapunzel tinha longos cabelos loiros, ela era prisioneira numa torre, não conhecia os pais de verdade e não podia virar princesa ao lado do príncipe dela (para a Alice, todo mundo por quem uma mulher se apaixona é um príncipe!).
No final de muita conversa e muitos porques, Alice finalmente concordou que a Rapunzel era até mais bonitinha de cabelo "escuio e cutinho!"
Portanto mamães, antes de arrancar os cabelos achando que os filmes darão um péssimo exemplo para as suas princesinhas, encontrem formas alternativas de explicar o que está rolando na tela, não é difícil, basta soltar a imaginação!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Brigando com a vovó

Por motivos de força maior precisamos todos nos hospedar na casa dos meus pais. Alice ficou animadíssima com a ideia de ter papai e mamãe dormindo com ela na casa da vovó. Mas, coincidiu de eu ter uma consulta de médico de última hora no horário dela dormir, e do marido ficar preso no trabalho até mais tarde.
A avó foi colocá-la para dormir, e ela resistiu, disse que só dormiria com os pais. A avó tentou distraí-la e ela, danada, avisou para a avó que não eram mais amigas. A avó pergunta quem irá, então, levá-la ao teatro e ao cinema, já que não são mais amigas. Alice se vira para a parede e pergunta: "Paiede, você me leva paia o teato e o cinema?"
A essa altura a avó tentou cantar para ela que, danada da vida, disse que não queria a música. A avó, rapidamente disse que não cantava para ela, mas para a parede.
Alice, esperta, olha para a avó e pergunta: "e a paiede tá gostando?"

E, frente a isso tudo, eu me calo porque me ensinaram que com gente lelé não se discute!rs

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Resolvendo Problemas

Alice e eu estávamos numa biblioteca, daquelas bem à moda antiga mesmo, sabe? Daquelas que cada livro tem uma fichinha de empréstimo no fundo, presa com um clipe.
Alice folheava um livrinho qualquer, sentadinha numa mesinha, e eu olhava nas prateleiras procurando por livros que poderiam interessá-la.
"Mãe, vem aqui?" pediu.
"Já vou, filha, estou olhando livrinhos"
"Mas, mãe," com a voz meio aflita.
Quando olho, ela estava aflitíssima tentando recolocar o clipe que tinha escapulido de volta no livro.
"...é que... seiá qui você consegue resolvê esse ploblema?"
E assim, lá fomos nós aprender a resolver problemas juntas! E, pior, sem poder rir!


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Trauma de chupeta invertido

Alice começou aula hoje. Estava eufórica com a idéia de que não está mais no Maternal I. Depois de muitas conversas preparatórias, ficou contente porque não é mais um bebê, e sim uma menina grande, portanto ela vai pro Maternal II.
Quando estávamos saindo de casa ela me olha, seríssima, e diz que precisa levar a chupeta dela para a escola para dar para um dos bebês do Maternal I, porque, como menina grande do Maternal II ela não precisará mais da chupeta... perfeita a lógica, né?
Seria, não fosse o fato de que Alice nunca chupou uma chupeta*!rs


*Antes que achem que eu sou mãe anti-chupeta, Alice nunca chupou chupeta porque não quis... eu bem tentei oferecer!