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quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O antibiótico

Todo mundo fala maravilhas do talzinho... e, realmente, tenho que confessar que a vida do ser humano melhorou e foi prolongada por ele. Mas, da forma que vem sendo usado, eu tenho até medo dos efeitos que ele terá na vida humana no futuro!
Basicamente, o que eu descobri, depois do evento maternidade, é que antibiótico, para criança, é dado com uma freqüência insana! E, eu não acredito que realmente seja necessário tomar tanto antibiótico assim!
O que eu não consigo entender é que as pessoas (digo, médicos) não percebem que o uso de antibióticos só faz dar força às bactérias causadoras de infecções, gerando nelas uma resistência complicada! Já é sabido pelas indústrias farmacêuticas e pelos pesquisadores, que muitos dos antibióticos no mercado atual, são inócuos para grande parte das bactérias que circulam nas grandes cidades, justamente pelo uso abusivo dessas substâncias!
Quando eu era menina, me lembro de poucas vezes que tomei esse troço. Já na vida adulta, quando tive a minha série contínua de infecções renais, acabei tendo que tomar uma variedade deles e odiei cada minuto daquilo. Depois veio a tuberculose que me colocou num tratamento de 6 meses de antibióticos pesadíssimos. E, finalmente, me vi livre deles! Acho que de lá pra cá (e isso foi em 2000), se tomei antibiótico uma vez, foi muito... e foi só porque eu estava grávida e apareci com uma infecção renal, coisas que não combinam! No mais, sempre fujo e dou um jeito de "pagar para ver" quando aparece uma dor de garganta ou uma outra "infecção" qualquer. Ainda não morri e sou uma pessoa razoavelmente bem de saúde. O que indica que os antibióticos tomados ao primeiro sinal de dor de garganta podem não ser necessários!
Com a Alice não foi diferente. Ela, hoje, tem 2 anos e 9 meses e nunca precisou deles! Já teve suas várias viroses, teve até uma otite simples que, por um erro de um plantonista e uma insegurança minha, a levou a tomar Amoxil. Mas, assim que a pediatra a viu e percebeu que não havia nenhuma infecção real, apenas uma inflamação, suspendeu. E ela seguiu bem e saudável, lutando com suas próprias armas a cada virose que pintava.
Minha filha não é super herói, ela não é diferente da maioria das crianças. Mamou no peito até 16 meses e isso pode ter ajudado, mas não foi decisivo. Conheço muitas crianças amamentadas no peito por longos períodos que vivem tomando antibióticos como se estivessem sempre mortalmente doentes.
Fiquei contente quando encontrei uma pediatra que compartilhava da minha visão: antibiótico só quando realmente há uma infecção!
Me lembro que, na minha adolescência, morando nos EUA, fui parar na enfermaria da faculdade com muita dor de garganta. A médica me examinou e falou que talvez fosse necessário tomar antibióticos. Quem já morou nos EUA sabe que controle de venda de antibióticos, lá, é coisa bem séria. Então, para receitar o antibiótico, ela enfiou um enorme cotonete na minha goela e tirou um esfregaço de lá. Com um simples exame de cultura detectou a infecção e me receitou um antibiótico. E, depois disso, percebi que sempre que eu tinha alguma queixa de dor de garganta, era esfregaço na goela antes de receitar remédios. Só da primeira vez houve necessidade.
Será que não valeria a pena fazer a mesma coisa por aqui?
Alice teve uma virose forte recentemente. Vomitou, tossiu, teve diarréia. Passou, mas ela continuou tossindo muito. Levei a um pronto atendimento (não vou citar nomes, mas era um dos top top aqui no Rio) e, depois de uma radiografia de pulmão (que eu confesso que achei desnecessária, uma boa ausculta teria resolvido o assunto, mas aceitei que tirassem porque tenho PÂNICO de pneumonia!), a médica, imediatamente, diagnosticou uma sinusite (sempre pensei que fosse necessário radiografia de seios da face para esse diagnóstico, mas, pelo que a minha pediatra explicou, com criança pequena nem precisa). Na lata recomendou 14 dias de antibiótico (e ficou com a cara mais surpresa do mundo quando eu falei que Alice só tinha tomado uma vez, por 5 dias e por engano!).
Não conformada com ter que dar antibiótico por 14 dias para a baixinha, liguei para a pediatra que me confirmou o que eu já sabia das minhas leituras: sinusite em crianças pequenas, a menos que esteja causando febre, não se trata com antibiótico. A maior parte dessas sinusites são debeladas com muito soro fisiológico, um mucolítico, e muita hidratação. E, assim, ficamos esperando para ver como a coisa evoluiria.
Infelizmente, 4 dias mais tarde veio a febre. Uma febre atípica, porque enquanto queimava 38.5 de febre, a Alice saltitava de alegria, brincava e sorria. Zero prostração, zero abatimento. O único sintoma que nos fez suspeitar de que algo não estava bem, era a falta de apetite (aqui, quando o meu ralinho de pia se recusa a comer, é porque algo está muito errado)!
E aí não teve solução, antibiótico mesmo.
E assim, minha pequena, aos 2 anos e 9 meses, tomou, pela primeira vez, esse tal do antibiótico! Espero que seja a única por muito tempo!

Um comentário:

  1. MPERRI passei para conhecer seu blog ele é not°10, show, espetacular desejo muito sucesso em sua caminhada e objetivo no seu Hiper blog e que DEUS ilumine seus caminhos e da sua família
    Um grande abraço e tudo de bom
    Ass:Rodrigo Rocha

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