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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Senso de oportunidade

Alice não é dada a malcriação. É uma criança obediente, na maior parte das vezes. Aceita bem o não e não é de ficar pedindo mundos e fundos. É lógico que tem dia que faz das suas, como toda crianca. Tem lá suas teimosias e tal. Mas nada que uma boa negociação não resolva. Só tem uma situação que não tem negociação, não tem bronca, não tem conseqüência*, não tem absolutamente nada que a faça parar com a malcriação. Geralmente esse é o mesmo dia que eu estou gripada, um lixo, um trapo, com nariz de chafariz e cabeça de bigorna!
Eita senso de oportunidade, não?


* na minha casa, quando eu era criança, os castigos consistiam em ter um brinquedo tirado temporariamente de nós, sentar para pensar no que fizemos, deixar de fazer um programa legal, ou algo do gênero. Basicamente é a mesma coisa que eu faço com a Alice, mas, por algum motivo a linguística moderna acha mais correto chamar isso de "conseqüência", então, pelo bem da minha sanidade e para evitar que saiam me crucificando como se eu fosse uma torturadora de filhos, eu adoto o novo termo.

Um comentário:

  1. eu também uso este termo acrescido do "imediata"!
    quem me ensinou foi uma psicóloga, mãe de duas meninas. eu disse a ela que me incomodava com a palavra "castigo" e ela me ensinou esta. não só uma mudança semântica, mas de atitude também. normalmente ela "perde" algo relacionado ao ato errado praticado.

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