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terça-feira, 22 de setembro de 2009

A mãe que trabalha, mas não trabalha

Lá vou eu no gancho da Mari mais uma vez: eu não trabalho, mas trabalho muito! Quando a Ana nasceu estava terminando a graduação, e quando ela completou um ano estava ingressando no mestrado. Um mês após entrar no doutorado descobri que estava grávida da Carol, e quando ela completar três anos vou finalmente “virar” doutora, ou seja, vivi e vivo a maternidade em meio aos estudos e com a cara colada no notebook.
Tenho plena consciência do quanto trabalho: procuro participantes pra pesquisa, faço entrevistas, transcrevo gravações e filmagens, faço revisão de literatura, escrevo artigos e capítulos de livro, tenho aulas e reuniões. Em suma, escrevo e leio MUITO, em um trabalho que me exige oito horas diárias ou mais. E no final do mês, ainda recebo meu salário, em forma de bolsa de estudos.
Mas nada disso adianta: quando eu digo o que faço me respondem “que bom, né? Só estuda... Ô vida boa a de estudante! E ainda tem muito tempo pra ficar com suas meninas!”.
Tento nem me irritar mais, mas é difícil. E se eu fosse homem? Será que alguém entenderia meu doutorado como algo parecido com um hobby? Ou compreenderia como algo similar a uma profissão?
Afff, dureza.
Má.

Um comentário:

  1. ahaha só rindo mesmo...mas para os outros é sempre mais fácil julgar as situações em que não se vive.

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