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terça-feira, 23 de março de 2010

amigo imaginário

Uma vez uma pessoa me contou que foi morar com o marido e a filha na alemanha. Ela não entendia nada de alemão, e foi aprendendo aos poucos, mas a filha, naquela facilidade de criança, aprendeu em dois tempos. Ela dizia que a menina estava bem na fase de ter um amigo imaginário, e conversava com ele apenas em alemão. Gente, isso é humilhação com a mãe, não é? Sempre achei o máximo essa história, e ficava pensando se a Ana teria um amiguinho imaginário, para conversar numa língua conhecida apenas pelos dois, ou pra ter mil cenas meio sinistras aqui em casa.
Fecha parênteses.
A Ana sempre foi uma criança muito imaginativa e muito cheia de fantasias. Mas agora, por questão da idade e até mesmo da alfabetização, anda bem mais interessada no mundo concreto. Eu incentivo bastante isso, até porque acho o mundo concreto simplesmente maravilhoso e, apesar do aparente contra-senso, fantástico. A realidade é simplesmente incrível, não é mesmo?
Fecha parênteses.
Hoje no café-da-manhã a Ana me perguntou:
-mamãe, você está ouvindo o que eu estou falando?
Como ela não estava falando nada, respondi que não.
-é porque eu estava conversando com meu amigo, por isso você não ouviu.
Fiquei super animada, pensando que finalmente ela e o amigo imaginário haviam se encontrado!
-quem é seu amigo, Ana?
-Meu cérebro.
Isso que dá criar uma livre-pensadora...
Má.

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