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domingo, 9 de setembro de 2012

Doce infância

"Minha filha não gosta mais de Little Einsteins tem muito tempo, ela gosta de coisas mais mocinha, sabe?" diz a mãe de uma menininha de 6 anos, enchendo o peito de orgulho.
"Graças a Deus, minha filha não quer mais ouvir a Galinha Pintadinha, prefere Kate Perry/Michel Teló/Luan Santana." Exclama a outra ao ver sua filha de pouco mais de 5 anos pulando, freneticamente, ao som de um desses artistas de gosto duvidoso.
Isso não aconteceu uma vez, nem com uma pessoa específica... é uma cena que eu vejo e revejo, mudando apenas o tipo de "pseudo amadurecimento"da criança em questão.

Hoje fomos ao Jardim Botânico assistir ao teatrinho de fantoches do Papavento pela milésima vez. Alice, que já viu o tal teatrinho tantas vezes que já conhece as falas, ria e gargalhava nas mesmas piadas e brincadeiras de sempre. O sorriso dela tomava todo o seu lindo rostinho de olhos iluminados. E eu, bem, eu me emocionei olhando aquilo.
No alto dos seus 4 anos e meio, quando já proíbe que se refiram a ela como bebê e já anuncia que é quase uma adulta, ela curte loucamente um teatrinho bobinho de fantoches com piadas repetidas ad infinitum. Ela ainda é APAIXONADA pela Galinha Pintadinha, e, é começar a passar na TV que ela dança, canta, pula e se diverte. Os desenhos do Little Einsteins ainda a fascina, e ela, incansavelmente, bate nas perninhas para ajudar a nave a levantar vôo.

"Mãe, o Papavento é de verdade?" ela pergunta na sua inocência infantil ao sair do Teatro.
"Não sei, Alice... o que você acha?" devolvo, não querendo acabar, nem alimentar uma fantasia infantil tão linda.
"É que ele fala que nem menino, e, atrás do palco, só tem menina... então não pode ser nenhuma dela falando por ele..." ela questiona, sem saber se deve ou não continuar acreditando no Papavento como uma menino boneco de verdade.
E, depois ela para de perguntar e deixa claro que pouco importa a ela se ele é ou não de verdade, o que importa é que ela ainda o ama e ainda vai amar por muito tempo.
E eu, sigo achando maravilhoso ver o Papavento pela milésima vez, ouvir Galinha Pintadinha dia sim e dia também, sentar ao lado dela e bater minhas mãos nas minhas coxas para ajudar a nave a levantar vôo. Sigo torcendo que ela continue vivendo essa doce infância da forma mais infantil possível, sem Kate Perry, sem Telós e Santanas.
Porque a verdade é que a infância acaba rápido e nunca mais volta... e ela terá o resto da vida dela para viver a não-infância!

Um comentário:

  1. Parabéns Mari, concordo plenamente com vc! criança tem que viver a infância, ela passa tão rápido.... aqui em casa vamos de Cocoricó ad infinitum, mas tb tem U2, Queen no carro... amo crianças que são SÓ crianças...

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