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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Pai Vs. Mãe - Cada um no seu quadrado

Outro dia uma amiga, separada, deixou os filhos, pela primeira vez, com o pai, para uma temporada de 15 dias. Inicialmente aflita, ao falar com eles no telefone pela primeira vez, se deu conta que estavam super bem e se divertindo muito. E assim, a aflição cedeu lugar à famosa dor de cotovelo e ao famoso pensamento de que "será que ele é mais divertido do que eu?".
E não precisa ser separada para chegar nesse pensamento. Basta chegar ao final de um dia mais difícil e entregar uma criança birrenta na mão de um pai só para vê-la, de um minuto para o outro, se tornar uma criança gargalhenta. Aqui isso não é raro.
E aí, toda mãe chega, em algum momento, ao pensamento de que "porque é que EU tenho sempre que ser a bruxa meméia, enquanto ele é o paizão divertido? Porque é que meu filho tem que gostar mais de ficar com ele do que comigo?" E, depois de muito ir e vir desse questionamento, foi a própria Alice quem me deu a resposta.
Não existe essa de gostar mais, de ser melhor do que o outro, de ser mais divertido ou mais querido, ou mais seja lá o que for. O pai e a mãe têm papéis diferentes na cabeça da criança. São papéis de igual importância e os filhos gostam igualmente de ambos, mas, sempre colocando-os em seus devidos papéis.
Lógico que a Alice adora fazer uma farra com o pai, até porque ele entra na onda dela e passa HORAS vivendo num mundo de faz de conta, sentado no chão, brincando com ela como se tivesse 4 anos também. Mas, na hora do cansaço, na hora da dor de barriga, na hora do aperto, é para mim que ela vem. E ela deixa isso MUITO claro.
Normalmente ela quer que o pai deite com ela para dormir, isso, lógico, quando quer tudo, menos dormir. Ontem eu disse a ela que seria o pai a colocá-la para dormir, já que no dia seguinte não tinha hora para acordar. Ela, cansada, falou: "Não, mãe, o papai já me botou pra dormir outro dia, hoje é você mesmo!" Recado dado, deitei com ela e em menos de 10 minutos, estava dormindo profundamente.
Quando acorda no meio da noite e o pai vai socorrê-la, ela logo dia: "não, papai, eu queria muito a minha mãe!"
E, pela manhã, quando acorda, ainda sonolenta e querendo um chamego preguiçoso, ela vem para a minha cama, deita bem agarrada em mim e fica, por longos minutos, chemegando e fazendo declarações de amor... só se vira para o pai quando já está desperta e pronta para, adivinha... farrear!
Portanto, na próxima vez que você sentir aquela pontinha de "ciúmes" do marido com a filha, lembre-se que não se trata de mais ou menos amor, apenas de um amor diferente e que na maternidade/paternidade é cada um no seu quadrado!

2 comentários:

  1. mari, o + bonito nesse texto é ver o quanto vc cresceu e amadureceu..........bem vinda ao clube!!!!!!
    bjs e parabens

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  2. Pois é, Mari. Tem coisas que não dá pra substituir. Muitas vezes olhei pra fotos antigas da Isabela, pensando que hoje em dia ela sorri pouco. Fiquei até preocupada, pensando se ela "desaprendeu" a ser feliz.
    Então, ontem, depois de ficar 15 dias com o pai direto, ela estava no colo dele com AQUELE sorriso que de tão grande e feliz os olhos brilham. Esse sorriso dela, não há outra pessoa ou situação que consiga criar igual! Pelo menos por enquanto... ;)

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