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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Conversa séria

Alice anda meio bichinho do mato. Ela é, na maior parte do tempo, simpática e falante. Mas, de uns tempos pra cá, quando conhece algum amigo ou amiga nossa, fica tímida e começa com aquela famosa mania infantil de ficar se enfiando por entre as minhas pernas. E, se a pessoa insiste em falar com ela ou pergunta alguma coisa, ela vira a cara. Eu não gosto disso e sempre, assim que ficamos sozinhas, digo a ela que não pode ser assim, que deve sempre falar, educadamente, com as pessoas. Se ela está me dando ouvidos ou não, eu não sei, mas preciso falar, nem que seja para eu me sentir melhor.
Outro dia ela fez uma dessas. O pai, pouco depois, a levou para passear e puxou o assunto com ela. Explicou que era muito feio não falar com os nossos amigos e como ela precisava sempre ser simpática e cordial quando a apresentávamos a alguém. Ela, num tom quasi-cordato, responde: "Tá boooom, pai... mas, vamo paiá de falar de coisa ruim agoia?"

Se aos 3 anos está assim, imagina quando estiver com 15?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O estranho conceito de idiomas

Estamos de férias em Minas Gerais, terra do Bom-dimais da conta, Alice conversa com todo mundo, especialmente com os donos de charretes, pôneis e animais variados. E daí surge a pérola...
"Mãe, aqui eles não falam português... nem Paulista... eles falam difeiente..."

E como tentar explicar que é tudo uma só língua, tudo português?
Ahhh... deixa estar... assim ela se sente poliglota!


(Não resisti contar essa para vocês... mas, agora, de volta às férias!)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

De férias, até da rede

Achei que, durante as férias, eu fosse ter tempo de blogar depois que a Alice fosse dormir, mas, o Hotel faz a linha "descanso a todo custo" e não tem internet nos quartos, só na área social... portanto, internet só quando dá mesmo... assim, até de 27, nada de Mãeternar! Vejo vocês no dia 27!

sábado, 16 de julho de 2011

O conceito de férias

Alice está de férias na escola. Mas, as aulas de natação continuam acontecendo normalmente, sem recesso. Terminando o almoço comuniquei para a Alice que tínhamos que nos vestir para ir na aula de natação.
"Mas, mãe, eu tô di féias!" foi a resposta, num tom meio intrigada.
"Sim, filha, da escola, mas tem natação ainda..."
"Mas, mãe, féias é féias, não tem aula di nada, né?"
"Filha, mas natação é divertido, não é bem uma aula!"
"Mas mãe, aí eu num vô tá di féias!!!"

E o argumento final foi decisivo... ela tem razão: Férias são férias e nada deveria atrapalhar o conceito... férias são dias livres de obrigações. E que ela continue com essa idéia na cabeça pelo resto da vidinha dela porque saber relaxar e desligar é tão importante quanto saber cumprir com as nossas obrigações! Portanto, nessa casa, é oficial... estamos 100% de férias!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A primeira vez sozinha

Na primeira vez que saí de casa sem a Alice, ela tinha uns 15 dias. Eu fui até o supermercado da esquina, comprar tomates. Alice tinha acabado de mamar e eu a deixei com a minha mãe. Entre sair de casa e voltar, devo ter demorado uns 30 minutos, se tanto. Mas já voltei aflita.
Vai parecer maluquice, mas, tudo bem, eu vou confessar porque sei que não sou a única maluca no mundo e vou encontrar quem me entenda nessa blogosfera. Pois bem, durante os 30 minutos que fiquei na rua, a única coisa que eu conseguia pensar era como evitar que alguma coisa me acontecesse, porque eu cismei que se eu fosse atropelada/assaltada/se eu desmaisse/tivesse um infarte ou um derrame, Alice morreria sem mim. Pensei em telefonar para a minha mãe no celular, para avisar a ela que se eu não voltasse, ela deveria ligar correndo para a farmácia para comprar o leite X que era o único que eu admitiria ser dado na ausência completa do peito. Mas, me segurei porque sabia que minha mãe mandaria me internar (ou simplesmente me mandaria para um lugar não muito gentil!).
Voltei para casa e Alice estava ótima. Dormia. Exatamente como eu a deixara, intocada. Mesmo assim, ao vê-la no berço, respirei aliviada por ter chegado em casa sã e salva e por saber que assim que ela sentisse fome, eu estaria ali para amamentar.

Ps - uma coisa curiosa aconteceu nessa saidinha... uma senhora, na fila do supermercado, me percebeu meio aflita, e, talvez pelo fato de que eu estava usando aqueles protetores de peito de plástico duro que nos fazem parecer a Madonna, tenha sacado que eu tinha um bebê em casa... ou talvez tenha sido a cara de quem não dormia a 15 dias, ou a pança que ainda parecia ter um bebê lá dentro... sei lá, o fato é que sacou e me perguntou se eu tinha um bebê pequeno. Quando respondi que sim, ela me olha com um ar meio bravo e pergunta: "mas, você não deixou o bebê em casa sozinho, né? porque tem mãe que é maluca e deixa!"... então tá, né?rs

domingo, 10 de julho de 2011

Férias

Alice está de férias e muito animada com a perspectiva de só ter que brincar (sim, porque na escola, a aula de química inorgânica a deixou ACABADA!!!rs). Mas, seja como for, ela está empolgada e feliz com a idéia de poder brincar o dia inteiro, de ficar na cama até tarde (sei...) de preguiça conosco, de poder ir na casa da vovó quando quiser e, especialmente, de viajar para São lourenço, que ela ama.
Com isso o blog vai ficar temporariamente em segundo plano, virei aqui colocar as Alicices que surgirem quando der... mas até agosto a prioridade será, de fato, proporcionar férias deliciosas para a minha naniquinha!
Boas férias pessoal!

quarta-feira, 6 de julho de 2011

O rabo do meu pai

Na saída do balé, duas amiguinhas da minha filha, irmãs, emburradas. Pergunto o que houve e Alice, a fala-tudo, prontamente explica que uma irmã mordeu a outra durante a aula.
Eu digo que não pode morder, porque quem morde é cachorro, não criança. Aí pergunto para as irmãs se elas latem e têm rabos. As duas, rindo, respondem que não. Digo que então não podem morder.
A mais novinha delas (de 3 anos), me diz que o pai delas tem rabo. Eu, olhando para ela meio brincando, pergunto como é que o pai dela tem rabo se ele não é cachorro, e ela responde:
"É que ele tem um rabo diferente, não é no bumbum, é aqui ó (apontando para a virilha), bem na frente dele!"

E cadê que eu consegui não cair na gargalhada?

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Os "Glóbus"

Já tem um tempo que a Alice me questionou sobre o motivo dela sentir dor quando esbarrava com força em alguma coisa. Expliquei a ela que dentro de nós moram pequenos soldadinhos, e que, quando esbarramos ou nos machucamos de qualquer forma que seja, esses soldadinhos vão até o lugar que machucou para lutar contra a coisa que nos machucou, por isso doía. Ela amou a explicação e desde então, sempre que se machuca, diz que os soldadinhos estão brigando.
Outro dia Alice se machucou e saiu um tiquinho de sangue. Daí ela veio me perguntar porque o sangue saía. Expliquei a ela que os soldadinhos lutavam contra as bactérias, não as deixando entrar, e que se chamavam glóbulos brancos. Mas que eles precisavam da ajuda da aguinha vermelha, chamada sangue, para poder "lavar" o machucado, garantindo que nenhuma das bactérias ficasse ali no machucado, e que esse sangue era a água feita pelos glóbulos vermelhos, por isso era da cor vermelha. Expliquei também que depois que lavavam tudo, os glóbulos vermelhos paravam e ficavam bem quietinhos, até ficarem bem sequinhos e formarem uma casquinha que protegeria o machucado até a pele crescer de novo.
Alice, lógico, AMOU a explicação, e agora, sempre que se machuca já sai logo avisando para quem quiser ouvir: "os glóbus bancus são soldadinhos e tão lutando, e os glóbus vermelhos tão lavando... PAIA DI BIGÁ GÓBUS BANCUS... tá doendo!"
Adoro o fantástico mundo da imaginação da minha pequena!!!