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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Os pais velhos e os pais novos

A Ana já mudou tanto de escola, tadinha... Vários amiguinhos que vieram e se foram. E nós também, tadinhos, já mudamos tanto de pais de amiguinhos...
Numa das últimas mudanças, ela entrou no primeiro período de uma escola em que a maioria das crianças estavam juntas desde o primeiro ano de vida. Não foi fácil se enturmar, nem pra ela nem pra nós, pois o grupo era bem unido. Mas todos consegumimos, e deste grupo de pais hoje temos grandes amigos, sendo uma mais do que especial, a Lô, que foi quem nos recebeu com mais carinho.
E agora cá estamos numa nova escola. Alguns amiguinhos que eram da turma da Ana também foram para esta escola, mas por questão de idade e pelo ano letivo ter início em agosto e não em janeitro, eles foram para o segundo ano, enquanto Aninha ficou no primeiro. Neste finde tivemos a primeira festinha de escola e fui conhecer algumas mães. Uma desta amigas da outra escola disse brincando:
"Você só quer saber dos pais novos, e os pais velhos aqui???"
Preferir eu até preferia ficar só com os velhos, mas a gente precisa socializar, não é?
Uma escola nova é um grande desafio, não só para os pequenos como também para os pais!
Má.

sábado, 25 de setembro de 2010

O banho do recém nascido

Mais um tópico sobre os recém nascidos... dessa vez, o banho...
Quando eu estava grávida, ou vi VÁRIAS recomendações sobre o banho. Era um tal de "use água filtrada", "não precisa filtrar, mas ferve a água", "compra um termômetro de banho, a temperatura tem que ser perfeita", "não pode dar banho e passar pelo corredor da casa, pode ter uma corrente de ar, e isso é sério", etc.
Aí a Alice nasceu, no dia 18 de dezembro, um calor da peste no Rio de Janeiro.
Na maternidade foi participar do primeiro banho dela. Debaixo da bica da pia de banho, Alice foi lavadinha e ficou toda gostosa. Olhei para o pediatra e perguntei se eu podia usar água da bica mesmo, afinal, era mais simples assim. A resposta foi simples: "Bunda lambe?"
O primeiro mito caiu por terra! Realmente, se não for lavar a boca com enxágue direto, água é água, e nada melhor do que a da bica (diga-se de passagem que a água da CEDAE, no Rio de Janeiro, ao contrário do que pensamos, é SUPER salubre para consumo humano).
Com o calor, água em temperatura "perfeita" era discutível! O que é temperatura perfeita para a água quando temos 40 graus à sombra? Se eu desse banho a 35/36 graus, no termômetro (que eu nunca comprei), eu ia fazer um chá de bebê autêntico! Com isso passei a usar o termômetro "mãoterno"... colocava minha mão na água e, se a temperatura estivesse agradável ao meu toque, era a temperatura do banho... e sem neuras de manter a temperatura estável, né? Com isso Alice acabou com uma predileção para água do tépido para o frio... o que é, pelo que dizem, super saudável!
Aí, tinha uma tal de uma regra de que eu deveria fechar as portas do banheiro e vestí-la sobre o trocador da banheira, para evitar transitar pela casa e expô-la à famosa "corrente de vento" (que, do jeito que falam, parece que era a principal causa mortis dos bebês no passado...). Só que o banho era mais frio do que a temperatura do ambiente, e, no verão carioca, as "correntes de vento" tendem a ser tão quentes que chegam a ser desagradáveis. Portanto, esse mito caiu por terra também. Terminava o banho, enrolava ela tranquilamente e sem neuroses, numa toalhinha, e lá íamos nós, corredor afora, até a cama (eu nunca curti o tal do trocador em lugar nenhum, sempre preferi vestí-la na cama de apoio do quarto). Eu a secava com tranquilidade, janelas abertas e tudo, aproveitando para olhar cada detalhe do corpinho dela, cada dedinho, cada curvinha... e, de quebra, ainda curtia fazer uma super massagem nela! Nunca tive nenhum problema com a tal "corrente"!
No inverno, quando fazia frio, só na hora de dar banho, eu fechava a janela do quarto. Mas, nem era para fugir da tal corrente! Era mesmo porque, convenhamos, corrente ou não, frio saindo do banho é um saco, né? Mas quando o inverno chegou, Alice já não era mais recém nascida (e, do jeito que falam, a tal corrente parece só atacar mesmo bebês muito pequenos).
E, assim, o banho sempre foi simples, sempre foi delicioso, e nunca veio acompanhado de medos e pânicos e manias! Era um banho e só!
E, vou mais longe, sempre lavei o rostinho com a água do banho mesmo (logo antes de colocá-la dentro da água), nunca tive medo dela escorregar das minhas mãos, porque eu sabia que se isso acontecesse, ela sobreviveria... não é uma molhadinha de cara que vai matar um bebê, até porque, bebês, até por volta de um ano, tem o reflexo de não inspirar quando submersos! Dá tempo, tranquilamente, de pescar a cria de dentro da água se ele escorregar!
Enfim, banho tem que ser assim, gostoso e BEM curtido pelo bebê e pela pessoa que dá o banho. É um momento mágico onde aquele serzinho pode se sentir livre em seus movimentos, aproveitando o toque em todo seu corpinho. Até hoje adoro dar banho na Alice (quando ela colabora, porque, falando muito sério, tem dias que ela está com a macaca e resolve dar uma de cascão!).

Já chegou o Natal?

Hoje de manhã enquanto eu estava morta enterrada embaixo de 2 edredons deitada no sofá cochilando enquanto a Sophia brincava e assistia desenho na sala ela descobriu que o "Dia das Criancinhas" está perto graças aos mil e um comerciais que bombardearam a TV...e como boa consumista que ela é começou a pedir para compra tooooodos os que passavam.
A mãe mais pra lá do que pra cá, cansada de tentar dormir e toda hora ser interrompida com um compra pra mim e ter que ir variando as respostas entre " mais tarde, quando tiver dinheiro, quando eu ganhar na mega sena acumulada e pede esse pra sua vó, pede pro vovô, e pede pro titio" resolveu mudar radicalmente para o PÕE NA LISTA! Com a intenção de encerrar a conversa por alí pra poder voltar a dormir...
"Mãããããe....Já chegou o Natal?"
"Ainda não filha."
"Mas já é pra fazer lista?"
"É pra a gente poder depois escolher 1 presente da lista das coisas que vc está me pedindo..."
"Ah tá....entendi..........Ah mãe também, o Papai Noel não dá presente....ele só dá balinha não é mãe?"
"É filha....o Papai Noel só dá bala...pirulito né? O presente a mamãe que tem que comprar..."
"É né?!"
***

Numa boa...não vou dizer que Papai Noel não existe até pq ela tira foto com o bom velhinho todo ano no shopping, mas ele só dá bala mesmo......não vou deixar ele ficar com a fama não....enquanto pra comprar o presente alguém tem que ralar pra trabalhar...
XOXO

Saindo de casa com o bebê

Ando nostálgica da fase bebezinho pequeno da Alice. Por isso, pessoal, não se surpreenda se eu aparecer por aqui, vez por outra, falando sobre os primeiros meses do bebê!
Daí que lendo o blog Potencial Gestante, me lembrei da neura que vivemos sobre sair com o bebê pela primeira vez. Tem médico que ainda recomenda que o bebê não deve sair de casa antes de 1 mês, ou 2 ou 3... eu jogo as mãos para os céus que o pediatra que fez o meu parto e atendeu a Alice até os 3 meses não seguia essa tese.
Alice nasceu no dia 18 de dezembro, com um pouquinho de icterícia. Precisava tomar um solzinho pela manhã e meu prédio não tinha play, ou área comum. Eu, morrendo de medo de sair com ela, tentei usar o sol que adentrava pela janela. Mas isso não funcionou! A posição que o sol batia no horário que ela podia tomar sol era difícil demais.
Aí, no 2o dia em casa, tomei coragem e coloquei ela no carrinho e fui para a rua. Andei até o calçadão da praia e percebi que não era esse bicho de 7 cabeças que eu pensava. Ela estava feliz, de bunda de fora, se esquentando no sol. Dez minutos de frente, dez de costas. Aí ela botou a boca no mundo porque tinha fome, e eu sentei na sombra, e amamentei olhando o mar. Descobri uma paz imensa ali. O Baby blues que me assolava desde o dia seguinte ao nascimento dela, parecer sumir. Logicamente adotei a idéia. Diariamente, por cerca de 1 hora pela manhã BEM cedo e mais 1 hora no final da tarde, eu sentava com a minha princesa na sombrinha e ficávamos ali, ela mamando e eu olhando e contemplando. Foi sensacional.
Além disso, com 7 dias de nascida ela encarou o primeiro natal em família. Fomos todos para a casa da minha tia e ela ficou lá no quarto, feliz e dormindo.
Continuou saudável, continuou tranquila (tá... não dormia, mas era cheia de felicidade porque também não se esgoelava!rs).
Na primeira consulta dela com o pediatra, com 10 dias de nascida, tinha engordado quase 1kg e crescido alguns centímetros. Estava bem, sem icterícia. Coradinha (inclusive a bunda, devo dizer) e com uma carinha redonda e deliciosa. Contei para ele, com pânico de levar um esporro sem nome, que eu estava levando ela para o calçadão todo dia, de manhã e no final da tarde. Perguntei se eu estava errada. Ele falou, com toda a tranquilidade que não, sair não era um problema, desde que eu ficasse longe de lugares fechados ou muito cheios.
Tempos depois, conversando com uma amiga, ela me contou a reação do pediatra dela:
1) Quando você saiu da maternidade e foi para casa, tinha um túnel de um lugar até o outro?
2) Você já levou teu filho ao pediatra? Ou o pediatra veio na tua casa?
3) Já levou teu filho para vacinar? Ou a vacina veio em casa?
4) Você abre as janelas do quarto do teu filho e da tua casa? (e é bom abrir, mesmo no frio, porque quarto fechado é um paraíso para os ácaros!)
Aí ela respondeu que sim para tudo e ele falou:
"Então teu filho já saiu de casa, né?"

Portanto, amigas, respeitando a distância de locais fechados e locais cheios demais, pode sair de casa sim, tá? Faz bem para o bebê respirar ar fresco, faz bem para você olhar algo que não envolva decoração de quarto de neonatos!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Herança

Durante a gravidez a gente fica viajando, pensando se nosso filhote vai herdar nosso cabelo, o nariz do pai, nossa inteligência brilhante ou a teimosia paterna. Pensa, sonha e lembra de várias coisas boas, acrescentando as lindas mãos da avó ou a inteligência do avô. O problema é que nessa conta a gente sempre esquece de somar o problema de pulmão do tio, o câncer da mãe ou o diabetes da avó... Mas estes fantasmas mais cedo ou mais tarde acabam vindo nos assombrar!
E é neste espírito assombrado e temeroso que sempre vamos à oftalmologista. Tenho miopia, astigmatismo e, como se não fosse o suficiente, também tenho ceratocone. Meu marido é completamente míope, e só enxerga graças às lentes de contato. Portanto, temos bons motivos para considerar o check-up anual da saúde dos olhos das meninas uma sessão de tortura.
Mostra as letras, os números, o aviãozinho pra lá, o aviãozinho pra cá; pega o Bob esponja com os óculos, faz o olho do pirata, pinga o colírio, mostra o ursinho que operou os olhos. E após uma hora de ansiedade, a boa notícia: as duas estão ótimas!
UFA!
E até o ano que vem...
Má.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O mundo das mães blogueiras!

Pois é... mãe blogueira é tudo igual, ADORA dividir experiência! GRAZASADEOS!!!! Muito do meu "sofrimento" de mãe de primeira viagem foi aliviado por essas mães pitaqueiras que me ajudavam a ver que aquele sofrimento que eu estava sentindo não era exclusividade minha e que tudo ia passar, e passou, vem passando e vai passar!
Quando nossos pequenos pacotinhos de felicidade chega em casa, não temos muita chance (e, com freqüência vontade) de nos reunir com pessoas que estão passando pelo mesmo momento que nós. E é aí que entra essa blogosfera materna sensacional! Nela conseguimos encontrar um monte de pessoas que acabou de passar pelo que passamos agora, ou que estão, nesse exato momento, sofrendo com as mesmas dúvidas, com os mesmo medos, e com as mesmas angústias que nós.
E, nessas andanças internéticas, acabamos encontrando inspiração para continuar escrevendo e dividindo. As vezes numa resposta a uma postagem de outra mãe, as vezes numa dúvida sobre algum assunto que lemos com freqüência. E foi numa dessas que acabei escrevendo uma resposta que mais pareceu um post, e que acabou virando isso, mas num blog (na verdade dois) alheios! E eu fiquei tão emocionada de ver que consegui ajudar um pouco, e tão homenageada de ter tido um comentário meu tão comentado e tão elogiado que resolvi não reproduzí-lo aqui, mas indicar as duas blogueiras que o publicaram que têm blogs que valem a pena ser lidos e acompanhados!
O tema da minha resposta é a famosa cólica do recém nascido, mas os dois blogs abordam vários outros assuntos que toda mãe deveria ler!
Então aqui vão os links:

Então é isso, amigas seguidoras, blogar e acompanhar a blogosfera pode ser uma coisa muito legal! Além de agregar pessoas com experiências similares, ainda nos fornece preciosas dicas para nos sentirmos mais seguras sobre essa fantástica experiência da maternagem!

sábado, 18 de setembro de 2010

Ficou velho, troca!

Alice era muito apegada à moça que trabalhava na nossa casa desde que ela nasceu, mas que foi embora recentemente. A saída dela, na cabeça da Alice, foi bastante tranquila, até porque aconteceu num momento da nossa vida no qual tinha tanta coisa acontecendo que a coisa toda ficou um pouco em segundo plano. E eu achava que ela nem lembrava muito da "Cacá".
E, lá fui eu levá-la para a escola quando ela pergunta onde está a Cacá. Expliquei que ela saiu da nossa casa, e que agora tínhamos a Rita conosco para nos ajudar.
"A Cacá ficou velha? Poísso você tocou ela?" perguntou.
"Alice, eu não troquei ela. Ela saiu porque tinha um outro lugar para trabalhar, mais perto da casa dela."
"Mas é puque ela ficô velha, né? Aí num sevia mais, né?"
Aí eu me rendi e respondi: "É, filha, foi isso!"
Vai explicar o conceito de emprego mais interessante para uma criança de 2 anos e meio, né?rs

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A Verdade

Estava com umas complicações no banco, e, como todo mundo sabe, resolver complicação de banco é praticamente impossível. Mas, me armei de todas as minhas forças e de uma paciência ímpar e me despenquei para lá. Levei vários brinquedinhos para a Alice e já estava pronta para ficar um bom tempo sentada esperando e depois tentando resolver o problema.
Fui atendida rapidamente, graças ao atendimento prioritário, e Alice estava se comportando direitinho. Mas, como eu esperava, o caixa do banco disse que não tinha como resolver o meu problema, depois de alguma discussão, bastante esquentada, e de meia dúzia de ameaças, da minha parte, de fechar minha conta, me pediram para esperar o atendimento de um gerente.
Lá fui eu sentar e esperar. Alice já tinha se cansado dos brinquedinhos e já tinha começado a explorar o que tinha ali para fazer. Com isso já estava andando de um lado para o outro, cantando e fazendo um pouco de barulho (a típica cantoria e falação de criança procurando diversão). Não sei se por isso, ou porque percebeu que o gerente ia levar um milênio para me atender, ou por pura compaixão, o caixa me chamou de volta e começou a tentar se dedicar bravamente a resolver o meu problema, dessa vez com uma boa vontade incrível.
E foi aí que aconteceu. Alice pediu para vir no meu colo, queria ver o moço. Mas, assim que eu a coloco no colo, ela olha para o caixa, dá uma risadinha, e pergunta a ele, no típico tom de voz infantil que se faz ouvir a quilômetros de distância:
"Moço, puque você num tem nenhum cabelo na cabeça?"
Eu tento segurar o riso, e consigo, com maior eficácia do que o resto do público, pelo menos. E de rabo de olho dou uma repreendida visual na baixinha.
"Mas, mamãe, ele não tem NENHUM cabelo, NENHUM! Ele é MUITO caiéca! Ele é mais caiéca do que o vovô!"
Eu sussuro para ela ficar quietinha. O caixa já está tentando controlar o próprio riso.
"Mãe, tem que falá paia ele que, se botá aguinha na cabeça vai crescê u cabelo... fala paia ele, mãe!"
Aí já não dava mais para aguentar, o banco inteiro veio abaixo de tanto rir, até o caixa "caiéca".

Eu amo o fato de que as crianças falam a verdade, doa a quem doer!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Cuidado, cuidado...

Hoje meu post é um alerta!
Há umas duas semanas um fotógrafo pedófilo foi descoberto aqui em Brasília. Ele era de uma empresa "confiável", tinha estúdio em um bairro chique daqui e fazia fotos de festa, books, etc, etc. Ele foi fotografar uma menina de sete anos e pediu para a mãe aguardar de fora, para a menina ficar mais "à vontade". A mãe estranhou a demora e a porta trancada... Depois disso, a polícia já prendeu o FDP.
Fica o alerta, por mais que pareça confiável, não dá pra baixar a guarda... Infelizmente este mundo tem muita gente ruim, e precisamos preservar nossos pequenos.
Má.

domingo, 12 de setembro de 2010

Uma Chapeuzinho Vermelho nada tradicional

Vocês lembram da história da Chapeuzinho Vermelho? Aquela do Lobo Mau que gosta de comer menininhas e vovozinhas? Pois é, se você achava ruim ter que contar para a sua filha que o lobo mau enganava a pobre menininha, corria na frente, devorava a vovozinha, depois mandava ver de carpaccio de chapeuzinho vermelho e acabava destrinchado por um caçador, prepare-se para esta versão.
Por singelos R$9,90, em lojas como a Casa & Vídeo e Americanas, você pode comprar e se deliciar com a mais bizarra versão dessa tradicional historinha que eu já vi!
Tudo começa com Chapéuzinho Vermelho se apresentando. Seu nome é Ana Cristina, sim, Ana Cristina. Mas, se você tentar chamá-la assim, ela não responderá, pois só atende pela alcunha de Chapeuzinho Vermelho.
Depois de brincar com o seu gatinho, sua doce mãezinha avisa a ela que tem uma notícia que a deixará muito triste: sua querida vovózinha está muito doente. Chapeuzinho de esgoela de tristeza. Mas é tranquilizada pela mamãezinha que diz a ela que tudo ficará bem se ela levar uns docinhos para a vovozinha. Mas, Ana Cristina, digo, Chapeuzinho, tem medo da floresta, porque acredita que lá encontrará um leão selvagem ou um monstro terrível. Mamãezinha a tranquiliza e avisa que o único perigo é mesmo o lobo que ronda o pedaço. E chapeuzinho se põe a caminho.
"Pela estrada afora, eu vou bem sozinha, levar esses doces para a vovozinha..."
Epa, o que é isso? Chapeuzinho é interceptada por uma estranha borboleta que nada mais é do que o lobo disfarçado. Curiosamente, o lobo, ao vestir-se de borboleta (que mais parece uma abelha), consegue também voar!
Chapeuzinho e o lobo conversam longamente e, finalmente, o lobo consegue (não lembro bem como) fazer com que a Chapeuzinho demore mais do que ele para chegar na casa da vovozinha.
Lá, ele entra e devora a vovozinha de uma só bocada. Veste-se com as roupas da boa velhinha e deita-se na cama.
Pouco depois chega a netinha, contente e feliz, cantarolando até a porta. Quando entra, ao ver aquele lobo fantasiado de vovozinha (esse lobo é ardiloso, consegue enganar direitinho!), o questiona sobre seus grandes olhos, se queixa do fedor que a vovozinha exala e sugere um bom banho. Explica que a vovozinha está muito parecida com uma borboletinha muito feia que encontrou pelo caminho. Mas não se dá conta que é ele mesmo, o terrível lobo, que a devora de uma só bocada também.
Empapuçado de tanto comer, o lobo acaba caindo no sono. E aí começa a melhor parte da diversão!
Chapeuzinho encontra-se com a vovozinha dentro da barriga do lobo e fica muito contente de estar com ela. Mas, precisam arquitetar um bom plano para sair dali logo.
"Estou ouvindo alguma coisa!" diz a vovozinha.
"Puxa, vovó, você até escuta bem direitinho para alguém da sua idade" responde, bizarramente, a netinha amada.
E, vovó estava certa, era um caçador que passava pelo caminho. Elas gritam bem alto, e ele, curiosamente, escuta e começa a travar uma longa conversa com elas sobre como seria a melhor forma de tirá-las de dentro da barriga do lobo.
O caçador sugere usar uma tesoura bem pontuda e afiada para abrir a barriga do bichano e resgatá-las. Mas vovozinha é politicamente correta e não acha que devam fazer nada que possa matar o lobo. Além do que, diz ela, a tesoura poderia ferir ambas, já que está tão apertado dentro da barriga desse lobo. Ele então sugere que ele coloque fogo no lobo, assim, a pele se queimará toda e elas poderão sair. Vovó, novamente tomada por uma consciência ecológica ímpar, diz que não. O fogo, além de queimá-las, faria mal ao lobo! Afinal, ele só precisa é de uma boa lição!
O caçador pede um tempo para pensar na melhor solução, diz que precisa espairecer, que vai dar uma volta e assim que tiver uma idéia, voltará para salvá-las. Vovozinha diz que vá, mas que volte rápido, pois logo o lobo entrará em processo digestivo e o ácido gástrico vai acabar derretendo as duas vítimas dentro daquela barriga.
A essa altura, vovó pergunta a chapeuzinho se ela tem alguma idéia para iluminar o ambiente, pois é mais fácil pensar com luz. Chapeuzinho pensa, pensa e tem uma idéia. Lembra-se da bola de cristal mágica que ganhou da vovozinha e que sempre carrega consigo. Assim, iluminadas pela bola de cristal mágica, elas conseguem ver onde estão. Chapeuzinho assusta-se com as costelas do lobo. Vovó fala meia dúzia de coisas que não fazem o menor sentido.
O take agora é do lado de fora da barriga do lobo. O lobo, dormindo, começa a expirar uma fumaça estranha pela boca e pelo nariz. "O que será isso?" pergunta o locutor. "Sim, é a fumaça causada pela bola de cristal mágica de chapeuzinho!"
O lobo começa a convulsionar. São convulsões suaves, pelo menos. Mas há tosse também. Depois de um bom tempo de convulsão, o lobo começa a ver flores enormes girando e se pergunta se está na história da Alice no País das Maravilhas. Do nada ele vê um gato preto, ou será um urubu amarelo! O lobo está confuso, nada faz sentido (pelo menos nisso eu e o lobo concordamos)! Não, não é nem um gato, nem um urubu! É a vovozinha rodando no ar, como uma bala de canhão muito lenta. E, o que é aquilo ao lado dela? Sim, é a Chapeuzinho que também roda no ar lentamente. O lobo as tossiu para fora!!!!
O lobo finalmente para de ver coisas e começa a caçar seus alimentos favoritos novamente. Mas, espertas e com a ajuda do caçador, vovozinha e chapeuzinho colocaram pedras fantasiadas com suas roupas (pausa para o comentário da Alice: "Mãe, elas estão cobertas de sujeira!"). O Lobo, guloso e apressado, as devora de uma só bocada e tem uma baita de uma indigestão.
E assim, o lobo aprendeu que nunca mais podia comer pessoas e Chapeuzinho e sua querida vovozinha viveram felizes para sempre!

Eu não sei quem foi que deu esse DVD para a Alice, e tenho certeza de que teve excelentes intenções. Mas, infelizmente, não sei se foi o ácido que os criadores do desenho tomaram, ou as pedras fantasiadas de vovozinha, ou o urubu amarelo, mas alguma coisa destruiu o disco de forma irreparável. Alice, conformou-se, e aceitou assistir desenhos menos surtados. E eu, a partir de agora, sempre assistirei todo e qualquer vídeo que a minha filha receba de presente, mesmo aqueles que tiverem a aparência mais inofensiva do mundo!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Como se divertir bem cedinho

Alice acordou com tudo hoje. Falante e conversadeira. Segundo ela mesma, tem dia que ela fala mais que o burrinho do Shrek!
E lá estava ela se vestindo com o pai quando declara:
"Tem uma pipoquinha coçando no meu bumbum, passa Cetilan?" (Cetrilan é uma pomada contra assadura MARAVILHOSA que eu uso nela vez ou outra)
Quando, ao passar Cetrilan, a pipoquinha não desapareceu, ela manda:
"Acho qui o Cetilan tá quibado, passa nebacetinho?"
Gargalhadas gerais e seguimos com o processo de ficar prontas. Logo depois de escovar os dentes, ela olha para o antibiótico e diz:
"Ponto, os bichinhos do dente já foiam imboia, agoia piciso do meu remedinho!"
Dei o antibiótico (é muito bom quando a criança lembra que tem que tomar, facilita tanto a vida de mãe!) e ela, satisfeita, diz:
"Agoia eu já tô melhó, possu i paia a iscola!"
Ouço a porta abrindo, é a diarista chegando. A pastora alemã, que vai para a casa da vovó quando chega a diarista, ainda estava em casa. Corro e a tranco no meu quarto. Alice, corre para a diarista e diz:
"Rita, quasi que você foi comida pela Luna!"
Mais gargalhadas, deixo o marido providenciando a remoção da canina para levá-la para a escola. Assim que entra no carro, Alice pergunta:
"Si o Mecedão quebá, vamu robá um outo carro do vovô?" (O mercedão é o carro "antigo" que o pai comprou e que ela AMA!)
Saio da garagem e ela, olhando para os lados, declara:
"Ixi, mãe, isquecemo o papai!"
"Não filha, ele não vem conosco hoje, ainda não estava vestido."
"O papai é muito lédo di manhã, né?"
Gargalhadas soltas e nos aproximamos da escola.
"Mãe, sabe que si a amiguinha mi modeiá, eu choiaiá?"
Risos incontroláveis e a certeza de que talvez esteja chegando a hora de começarmos a aplicar os verbos no futuro da forma mais gramatical que existe!
Acordar bem cedo assim vale até a pena, né?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O "unicórnio"

-8hs da manhã-
Sophia: Mãe...eu não quero ir vestida de unicórnio pra escola...
Eu: Tá bom filha, você não vai vestida de unicórnio (????)
Sophia: Mas mããããe....eu falei que não quero ir de unicórnio!?
Eu: Que unicórnio menina? Onde você tá vendo unicórnio aqui? Só tem um menino e uma menina desenhados na blusa.....eu hein?!
Sophia: Mas mããããe, você disse combinado que não ia de unicórnio!!!!
Eu: Santo Deus...dá paciência...me mostra esse unicórnio menina...que eu não tô vendo!!!
Sophia: Mãe, não quero ESSE unicórnio! Pegando a blusa do UNIFORME da escola e sacudindo como se fosse a coisa mais óbvia do mundo que aquilo é um unicórnio!
Eu: Filha, o nome disso não é unicórnio...é u-ni-for-me.
Sophia: Mãe! (séria) Eu não quero o fififorme!
Eu: U-ni-FOR-meee
Sophia: U-ni-COOOOOOR-niooooo
Eu: ok. ok.....veste logo essa blusa que a gente já tá atrasada....vai de unicórnio mesmo, tá linda...

Oque não faz com uma mãe o mal humor matinal né? 100% vencida pelo cansaço...
XOXO

O antibiótico

Todo mundo fala maravilhas do talzinho... e, realmente, tenho que confessar que a vida do ser humano melhorou e foi prolongada por ele. Mas, da forma que vem sendo usado, eu tenho até medo dos efeitos que ele terá na vida humana no futuro!
Basicamente, o que eu descobri, depois do evento maternidade, é que antibiótico, para criança, é dado com uma freqüência insana! E, eu não acredito que realmente seja necessário tomar tanto antibiótico assim!
O que eu não consigo entender é que as pessoas (digo, médicos) não percebem que o uso de antibióticos só faz dar força às bactérias causadoras de infecções, gerando nelas uma resistência complicada! Já é sabido pelas indústrias farmacêuticas e pelos pesquisadores, que muitos dos antibióticos no mercado atual, são inócuos para grande parte das bactérias que circulam nas grandes cidades, justamente pelo uso abusivo dessas substâncias!
Quando eu era menina, me lembro de poucas vezes que tomei esse troço. Já na vida adulta, quando tive a minha série contínua de infecções renais, acabei tendo que tomar uma variedade deles e odiei cada minuto daquilo. Depois veio a tuberculose que me colocou num tratamento de 6 meses de antibióticos pesadíssimos. E, finalmente, me vi livre deles! Acho que de lá pra cá (e isso foi em 2000), se tomei antibiótico uma vez, foi muito... e foi só porque eu estava grávida e apareci com uma infecção renal, coisas que não combinam! No mais, sempre fujo e dou um jeito de "pagar para ver" quando aparece uma dor de garganta ou uma outra "infecção" qualquer. Ainda não morri e sou uma pessoa razoavelmente bem de saúde. O que indica que os antibióticos tomados ao primeiro sinal de dor de garganta podem não ser necessários!
Com a Alice não foi diferente. Ela, hoje, tem 2 anos e 9 meses e nunca precisou deles! Já teve suas várias viroses, teve até uma otite simples que, por um erro de um plantonista e uma insegurança minha, a levou a tomar Amoxil. Mas, assim que a pediatra a viu e percebeu que não havia nenhuma infecção real, apenas uma inflamação, suspendeu. E ela seguiu bem e saudável, lutando com suas próprias armas a cada virose que pintava.
Minha filha não é super herói, ela não é diferente da maioria das crianças. Mamou no peito até 16 meses e isso pode ter ajudado, mas não foi decisivo. Conheço muitas crianças amamentadas no peito por longos períodos que vivem tomando antibióticos como se estivessem sempre mortalmente doentes.
Fiquei contente quando encontrei uma pediatra que compartilhava da minha visão: antibiótico só quando realmente há uma infecção!
Me lembro que, na minha adolescência, morando nos EUA, fui parar na enfermaria da faculdade com muita dor de garganta. A médica me examinou e falou que talvez fosse necessário tomar antibióticos. Quem já morou nos EUA sabe que controle de venda de antibióticos, lá, é coisa bem séria. Então, para receitar o antibiótico, ela enfiou um enorme cotonete na minha goela e tirou um esfregaço de lá. Com um simples exame de cultura detectou a infecção e me receitou um antibiótico. E, depois disso, percebi que sempre que eu tinha alguma queixa de dor de garganta, era esfregaço na goela antes de receitar remédios. Só da primeira vez houve necessidade.
Será que não valeria a pena fazer a mesma coisa por aqui?
Alice teve uma virose forte recentemente. Vomitou, tossiu, teve diarréia. Passou, mas ela continuou tossindo muito. Levei a um pronto atendimento (não vou citar nomes, mas era um dos top top aqui no Rio) e, depois de uma radiografia de pulmão (que eu confesso que achei desnecessária, uma boa ausculta teria resolvido o assunto, mas aceitei que tirassem porque tenho PÂNICO de pneumonia!), a médica, imediatamente, diagnosticou uma sinusite (sempre pensei que fosse necessário radiografia de seios da face para esse diagnóstico, mas, pelo que a minha pediatra explicou, com criança pequena nem precisa). Na lata recomendou 14 dias de antibiótico (e ficou com a cara mais surpresa do mundo quando eu falei que Alice só tinha tomado uma vez, por 5 dias e por engano!).
Não conformada com ter que dar antibiótico por 14 dias para a baixinha, liguei para a pediatra que me confirmou o que eu já sabia das minhas leituras: sinusite em crianças pequenas, a menos que esteja causando febre, não se trata com antibiótico. A maior parte dessas sinusites são debeladas com muito soro fisiológico, um mucolítico, e muita hidratação. E, assim, ficamos esperando para ver como a coisa evoluiria.
Infelizmente, 4 dias mais tarde veio a febre. Uma febre atípica, porque enquanto queimava 38.5 de febre, a Alice saltitava de alegria, brincava e sorria. Zero prostração, zero abatimento. O único sintoma que nos fez suspeitar de que algo não estava bem, era a falta de apetite (aqui, quando o meu ralinho de pia se recusa a comer, é porque algo está muito errado)!
E aí não teve solução, antibiótico mesmo.
E assim, minha pequena, aos 2 anos e 9 meses, tomou, pela primeira vez, esse tal do antibiótico! Espero que seja a única por muito tempo!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Ocorrências

Ontem a Ana passou pela primeira vez na enfermaria da escola nova. Nada demais, uma coceira na mão (?) e um braço todo esfolado após um tombo. Mas este foi o primeiro B.O. da escola nova, e achei interessante, pois vem com várias informações, não é só um "sua filha se ralou toda, passamos um soro, tchaubeijos". Tem uma parte onde vêm descritas todas as ocorrências possíveis, para a enfermeira apenas assinalar. Lá estão os pânicos maternos: febre, dor de cabeça, sangramento, dor de ouvido, flatulência... Peraí, flatulência??? Como assim? Dor de gases é um horror, mas se cada criança tiver que ir à enfermaria quando estiver com flatulência, a equipe da escola não faz outra coisa...
Má.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A imaginação em benefício próprio

No supermercado, Alice sentadinha no carrinho dela. Já meio de saco cheio de ficar ali, vamos para a fila, que demora, como sempre. Ela me pede para tirá-la do carrinho e eu peço que espere só mais um pouco, pois já é a nossa vez e depois vamos embora. Ela se mexe e remexe, tentando se livrar do cinto de segurança e pedindo que eu a solte. Eu volto a pedir só mais um pouquinho de paciência. Ela olha para mim, com ar de sofrimento intenso e grita, para quem quiser ouvir: "Mas, mamãe, tem uma minhoca me mordendo!"
Eu mereço!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Usando o cadeirão no carro

E não é que a minha filhota virou matéria do RJTV por conta disso?
Quem quiser ver, aqui vai o link:


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Ninho vazio

Confesso que estou aqui, meio perdida... Marido me acordou e disse que já estava saindo para trabalhar. Até aí tudo bem. E complementa: "a Giu tb acordou e quer ir comigo, já se arrumou e arrumou a mala dela sozinha! Tudo bem?"

Concordei, desci e vi uma garotinha toda radiante me dizendo que ia "talalá" com papai e que ia levar umas bonecas. Eu, meio dormindo ainda e meio atônita tb, concordei. Despediu-se e saiu. E eu estou aqui, tentando digerir o vazio que ficou....

O marido ainda falou: mas a mamãe vai ficar sozinha, não quer ficar com ela? Resposta? Não, pai, tá tudo bem, ela sabe ficar sozinha. KKKKKKKKKKKKK E de noite a "gentes" (ela sempre fala no plural - rsrs) volta!

Se ela soubesse que na teoria é simples, mas que mãe é um bicho estranho e estou aqui toda perdida sem ela... rsrs. Que ao mesmo tempo em que fiquei (idiotamente) me sentindo um pouco rejeitada, triste, por outro lado achei linda a independência dela, a determinação, ela ir organizando suas próprias coisas para levar.... fica tão claro que ela cresceu! Mãe é um ser estranho e contraditório, não?